“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

PERSEVERAR É PRECISO

  ACREDITE, O AMOR PODE BROTAR NOS LUGARES MAIS IMPREVISTOS



PERSEVERAR É PRECISO!


NÃO SE DESCUIDAR DE CUIDAR SEMPRE DA ALMA

Depois de Jesus ter apagado um incêndio numa colina, que se alastrava perigosamente para algumas casas, usando apenas as suas Palavras...”Para aí! Morre! Eu quero!”...

É um grupo de umas duzentas e cinqüenta pessoas, no máximo, compreendendo neste número os bem pequeninos, que ainda estão mamando, os que acabaram de ser desmamados e estão choramingando, um pouco despertos, ou que estão dormindo, sem nada saberem do perigo que correram.
“A paz esteja com todos vós. O Anjo de Deus vos salvou. Louvemos juntos ao Senhor.”
“Tu nos salvaste! Tu estás sempre presente, onde houver fiéis que creiam em Ti!”, dizem muitas das mulheres... E concordam, sisudos, os homens.
“Sim. Onde há fé em Mim, aí está presente a Providência. Mas, tanto nas coisas do espírito, como nas da matéria, é necessário agir com uma contínua prudência. Quem foi que acendeu o fogo nas acendalhas? Provavelmente a centelha que escapou dos vossos fogos, ou então um raminho que algum dos meninos quis acender no fogo para divertir-se, agitando-o e jogando-o de cima para baixo, com a falta de juízo de sua idade. De fato, é bonito ver uma flecha de fogo, sulcando o ar, quando ele já vai ficando escuro. Mas vede só o que pode fazer uma imprudência! Pode causar grandes ruínas. Uma centelha, ou um raminho caído sobre as eriças secas, bastou para incendiar todo o vale, e, se o Eterno não me tivesse mandado, o bosque se teria transformado em um braseiro, que teria consumido, com o avançar do fogo, os vossos bens e as vossas vidas.
Assim acontece com as coisas do espírito. É preciso que seja contínua e prudente a atenção, para que uma faísca de fogo, uma centelha não se apegue à vossa fé, e a destrua, depois de ter sido incubada, inadvertidamente, pelo coração, formando um incêndio querido por aqueles que me odeiam, e, provocado para fazer-me ficar sem meus filhos. Aqui o fogo, apagado em tempo, mudou-se o maléfico em benéfico, destruindo a charneca inútil, que tínheis deixado crescer no vale, e preparando-vos com a destruição e com a adubação pelas cinzas do terreno de que, se fôsseis voluntários, poderíeis desfrutar com culturas úteis. Mas nos corações é bem diferente o que acontece! E, quando nele todo o Bem tiver sido destruído, nada mais, a não ser as sarças, por serem a palha do demônio, é o que pode nascer.
Lembrai-vos disso, e vigiai contra as insinuações dos meus inimigos que, como umas centelhas infernais, serão jogadas em vossos corações. Estai, pois, preparados para a luta contra o fogo.
E qual é essa luta?
É uma fé sempre mais forte, uma vontade inabalável de ser de Deus. É um pertencer ao Fogo Santo. Porque o fogo não come fogo. Portanto, se vós fordes um fogo de amor ao Verdadeiro Deus, o fogo do ódio a Deus não vos poderá fazer mal. O fogo do amor vence qualquer outro fogo. A minha Doutrina é maior, e quem a aceita entra no Fogo da Caridade, e não pode ser torturado pelo fogo do Demônio.
Do alto daquele outeiro, enquanto Eu olhava a queimada da charneca e ouvia as palavras de vossas almas ao Senhor Deus delas, mais ainda do que se estivesse vendo vossas atividades empenhadas em apagar as chamas, Eu estava sorrindo. E um apóstolo me perguntou: “Poe que estás sorrindo?” E EU lhe prometi: “Eu te direi, quando estiver falando aos que tiverem sido salvos.” E agora Eu o faço. Eu estava sorrindo, ao pensar que assim como as chamas iam-se estendendo pelo meio das eriças do vale, e iam sendo combatidas pelas vossas manobras, assim a minha doutrina se estenderá pelo mundo e será perseguida pelos que não querem a Luz. Mas haverá luz. E haverá purificação. E haverá um saneamento. Quantas pequenas serpentes morreram no meio destas cinzas, e com elas outros seres nocivos! Vós tínheis medo deste vale, porque nele havia cobras demais. Pois bem! Nem uma só delas sobrevive mais. Igualmente o mundo vai ficar livre de muitas heresias, de muitos pecados, de muitas dores, quando ele me tiver conhecido, e tiver sido limpo pelo fogo da minha Doutrina. Limpo e libertado das vegetações inúteis, tornado assim preparado para as semeaduras, e rico de santos frutos.
Aí está o porquê do meu sorriso... Eu via, no fogo que ameaçava, um símbolo da minha Doutrina inundando o mundo. Depois a Caridade para com o próximo, que nunca está separada da fé para com Deus, me levou a ficar pensando em vossas necessidades. E, então, Eu baixei o olhar de minha mente da contemplação dos interesses de Deus para a dos interesses dos irmãos, e apaguei o fogo, para que, em vossa alegria, louvásseis o Senhor. Vede, pois, que o meu pensamento subiu para Deus, e de lá desceu, tendo-se tornado ainda mais poderoso, porque a identificação com Deus aumenta sempre as nossas faculdades, e depois tornou a subir junto com o vosso, para Deus. De tal modo que, pela caridade, Eu fiz, ao mesmo tempo, o que eram os interesses do Pai e o dos meus irmãos. Fazei, também vós, do mesmo modo em vossa vida futura.
E agora para estas mulheres, Eu vos peço um abrigo para esta noite. A lua vai descendo, e o incêndio atrasou nossa viagem. Não podemos, pois, ir para a frente, até a cidade vizinha.”
“Vem, vinde. Há lugar para todos. Podíamos nós até ter ficado sem nossas casas. As nossas casas são vossas. São de pobres, mas são limpas. Vinde!, e elas ficarão abençoadas”, gritam todos. E, pouco a pouco, vão subindo de novo pelo terreno um pouco a pique, até chegarem ao pequeno povoado, que miraculosamente escapou da destruição, e cada um vai saindo dali com quem lhe vai dar hospedagem.


( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 7, pgs. 59 a 61)

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