JESUS FALA SOBRE O MATRIMÔNIO
Na
religião mosaica o matrimônio é um contrato. Mas na nova religião cristã, que
ele seja um ato sagrado e indissolúvel, sobre o qual desça a graça do Senhor,
para fazer dos dois cônjuges dois seus ministros na propagação da espécie
humana.
Procurai
desde os primeiros momentos, aconselhar ao cônjuge, que já faz parte da nova
religião, que converta o cônjuge que ainda está fora do número de fiéis, a
começar a tomar parte na dele, a fim de evitar aquelas dolorosas divisões de
pensamento, e portanto da paz, que sempre temos procurado conservar entre nós.
Mas, quando se trata de dois cônjuges, que já são fiéis ao Senhor, por nenhum
motivo se separe aquilo que Deus uniu. E no caso de uma das partes que se ache
sendo cristã, unida a um gentio, Eu aconselho que esta parte carregue a sua
cruz com paciência e mansidão, e com fortaleza também, até o ponto de saber
morrer em defesa de sua fé, mas sem abandonar o cônjuge, ao qual se uniu, com
seu conhecimento. Este é o meu conselho para uma vida mais perfeita no estado
matrimonial, enquanto não for possível, com a difusão do cristianismo, haver
mais matrimônios entre fiéis. E nesse caso o vínculo seja, sagrado e
indissolúvel, e santo seja o amor.
Um
mal seria, se pela dureza de coração, devesse acontecer, e na nova fé o que
aconteceu na antiga: que se permitisse o repúdio e a anulação do casamento para
evitar os escândalos criados pela libidinagem do homem. Em verdade, Eu vos digo
que cada um deve carregar a sua cruz em todos os estados, e também no
matrimonial. E também em verdade Eu vos digo que nenhuma pressão deve fazer
dobrar-se a vossa autoridade, ao dizer: “Não é lícito” a quem quer passar a
novas núpcias, antes que um dos cônjuges tenha morrido. É melhor, Eu vo-lo
digo, que uma parte podre se separe sozinha, ou acompanhada por outros, do que
tolerá-la no Corpo da Igreja, concedendo-lhe uma coisa contrária à santidade do
casamento, escandalizando os humildes e dando-lhes o ensejo de considerações
desfavoráveis à integridade sacerdotal, e sobre o valor da riqueza ou do poder.
As
núpcias são um ato grave e santo. E, para mostrar isto, Eu participei de uma
festa de núpcias, e realizei o meu primeiro milagre. Mas ai deles se degeneram
em libidinagem e capricho.
O
matrimônio é um contrato natural entre o homem e a mulher, e de agora em
diante, que se eleve à altura de um contrato espiritual, pelo qual as almas de
duas pessoas, que se amam, juram servir ao Senhor, em um amor recíproco oferecido
a Ele em obediência à sua ordem de procurar, a fim de dar filhos ao Senhor.
(O
Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 10)
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