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UM MISTÉRIO QUE SE REVELA
No Credo de Nicéia se diz: “...e ressuscitou ao
terceiro dia, conforme as escrituras,...” Como neste texto do Credo está especificando que no terceiro
dia ressuscitou Jesus Cristo, está obviamente se referindo as escrituras do
Novo Testamento, porque no Antigo Testamento consta apenas revelação da
ressurreição, mas não especifica o dia.
Durante séculos muitos estudiosos da Bíblia, nunca admitiram
que no Velho Testamento estava escrito sobre a ressurreição de Cristo. Até os
dias de hoje continuam não aceitando as comprovações Bíblicas a este respeito.
Só conseguem entender a literalidade da palavra. A primeira menção sobre a
ressurreição de Cristo se observa em Salmos 16; 9-10 – “Portanto está alegre o meu coração e se
regozija a minha língua; também a minha carne repousará segura. Pois não
deixarás a minha alma no inferno, nem
permitirás que o teu Santo veja corrupção.”
Pedro Apóstolo confirma esta passagem como ressurreição de
Cristo: Atos 13/32-37 – “E nós
vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós,
seus filhos, ressuscitando a Jesus; Como também está escrito no salmo segundo:
Meu filho és tu, hoje te gerei. E que o ressuscitaria dentre os mortos, para
nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi
vos darei. Por isso também em outro salmo diz: Não permitirás que o teu santo veja corrupção. Porque, na verdade,
tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus, dormiu, foi posto
junto de seus pais e viu a corrupção. Mas aquele a quem Deus ressuscitou
nenhuma corrupção viu.”
O próprio Jesus confirma as escrituras em Lucas 24;46 – “E
disse-lhes: Assim
está escrito, e assim
convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os
mortos.”
O que deve estar faltando para se estabelecer a verdade, foi
ler entre as entrelinhas das escrituras, no espírito da letra, com humildade e
reta intenção. Não prestaram muita atenção quanto aos escritos de Sofonias,
capítulo terceiro, versículo oitavo, que diz: “Portanto
esperai-me, diz o Senhor, no dia
em que Eu me levantar para o despojo;
porque o meu decreto é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles
derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira; porque toda esta
terra será consumida pelo fogo do meu zelo.”
Despojo neste texto significa os restos mortais, de seu corpo
desfalecido. Deus está dizendo claramente que se levantará dos mortos, que vai
ressuscitar dos mortos, para a partir daí punir seus inimigos. Ele não está
falando de despojos de guerras, mas de seu próprio despojo, de seu corpo: “Eu
me levantar do despojo”. Alguém poderia perguntar: “Mas porque Deus fez
tal revelação com tamanha sutilidade, quase imperceptível?” A resposta é
simples: “Para não dar “pérolas” e oportunidade à Velha Serpente, a fim de se
precaver de suas maquinações.” Mas Satanás não é inteligentíssimo? Como não
ficou sabendo? Claro que é, mas não mais do que Deus, sabedor do que pode
deixar escrito, não permitindo que aquela inteligência conseguisse decifrar o
enigma. Deus não revela que seria no terceiro dia, apenas deixou “escapar” a
história de Jonas, o qual sairia da boca da baleia no terceiro dia. E assim o
demônio só ficou sabendo bem no final, mas já era tarde demais. Sobrou, o que
sempre sobra para este enganador e mentiroso: comprar os guardas Romanos que
faziam a escolta no túmulo de José de Arimatéia, para desmentir a ressurreição.
Em Maria Valtorta, no volume seis, página 361, Jesus confirma que estava
falando sobre sua ressurreição, e diz: “Eu
nada mais faço do que dar honra a Deus e dizer a verdade. E, com Sofonias, Eu
te digo: “Espera-me,
quando Eu ressuscitar.”
Portanto queridos cristãos, desejosos da verdade escondida,
alegrai-vos, porque poderão dizer daqui para frente, que a ressurreição de
Jesus Cristo já estava escrito no Velho Testamento, pelos Salmos, pelo Profeta
Sofonias, e confirmado por Jesus e Pedro.
A paz esteja convosco.
Antonio Carlos Calciolari
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