A PROFECIA DA FIGUEIRA
Esta publicação é um complemento da postagem anterior
intitulada: O tempo da segunda vinda de
Cristo.
A reflexão sobre a passagem bíblica da figueira, ou Israel,
nos remete a entender quanto ao possível ano da vinda de Cristo no final dos
tempos.
“Da figueira aprendei
esta semelhança, quando vedes que seus ramos ficam tenros, e soltam folhas,
sabeis que o verão já vem perto. Assim também, quando virdes todas essas
coisas, ficai sabendo que o Cristo está para chegar. Em verdade Eu vos digo:
não passará esta geração, que não me
quis, antes que tudo isso aconteça.” (Valtorta-Vol 9-pg.400)
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus
ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às
portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas
coisas aconteçam.” (Mateus 24:32-34)
Nos dois textos acima indicam qual é o povo e sua geração, que não
passará sem que antes Ele venha. O povo que não o quis são os Judeus, que
também simbolicamente é a figueira. É óbvio que Jesus não estava falando de sua
geração com os Apóstolos, pois todos morreram e Jesus não voltou. Não! Ele
falava da geração dos Judeus, de Israel. Como os Judeus, depois do deicídio, e
da destruição de Jerusalém no ano 70 pelos Romanos, estiveram dispersos pelo
mundo sem ter uma nação, era necessário que esta nação surgisse novamente para
contar a partir dela a geração mencionada por Jesus. Foi no ano de 1948 que
nasceu Israel em um único dia, conforme profetizado nas escrituras. (Isaias 66:7,8)
A Bíblia nos revela que os Judeus viviam na época de Jesus no máximo 80 anos.
(Salmos 90:10) Sendo assim, é só somar 1948 mais 80 anos, para chegamos
aproximadamente, mas não precisamente, em 2028, porque uma geração sugere um
tempo variável e incerto.
"Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Foi
procurar fruto nela, e não achou nenhum. Por isso disse ao que cuidava da
vinha: 'Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não acho.
Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra?' "Respondeu o homem:
'Senhor, deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a adubarei. Se
der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a' ". (Lucas 13:6-9)
O espírito desta passagem bíblica é: Israel foi evangelizada
por Jesus durante três anos mas não se converteram, por isso foi destruída e
seu povo disperso. Porém no final dos tempos, quando voltar como nação nas
terras circundantes de Jerusalém, uma nova chance de reconciliação com Deus
será dada.
“Antes que estivesse
de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores, deu à luz um menino. Quem
jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer
uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de
parto e já deu à luz seus filhos.” (Isaías 66:7,8)
O espírito desta passagem bíblica é: No início Israel já
havia nascido como nação, mas foi destruída e dispersada. Eis que de repente,
em um único dia, surge novamente como nação sem precisar de um início, pois já
era uma nação sem ter uma terra específica.
Confirmando a Profecia da Figueira vejamos esta revelação de
Jesus:
“Em verdade Eu vos digo
que não acabareis, nem vós, nem os que vos sucederem, de percorrer os caminhos
e as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem. Porque Israel, por um
horrível pecado será disperso, como o cascabulho levado por um turbilhão, e
espalhado por toda terra, e os séculos e os milênios, um após o outro, e mais
ainda, se sucederão, antes que seja de
novo recolhido no terreno de Araúna, o Jebuseu. Todas as vezes que o
tentar, antes da hora marcada, será pego de novo pelo turbilhão, e disperso,
porque Israel deverá chorar o seu pecado, por tantos séculos, quantas irão ser
as gotas que choverão das veias do Cordeiro de Deus, imolado pelos pecados do
mundo. E a minha Igreja deverá também ela, que terá sido ferida por Israel em
Mim e nos meus Apóstolos e discípulos, deverá abrir seus braços Israel debaixo
do seu manto, como uma galinha faz com os pintinhos que se afastam dela. Quando Israel for toda de Cristo, então Eu
virei.” (Valtorta-Vol. 4, pg. 267-268)
Traduzindo portanto o simbolismo desta frase profética de
Jesus: “antes que seja de novo recolhido no terreno de Araúna, o
Jebuseu.” Significa: Antes que
seja o povo Judeu novamente recolhido em Jerusalém como Nação, então a
dispersão deste povo sessará.
Os jebuseus foram, de acordo com a Bíblia hebraica, uma tribo
cananeia que vivia em Jerusalém antes da sua ocupação pelo rei Davi, narrada no
livro de II Samuel 5:6-9; o Livro dos Reis afirma que Jerusalém era conhecida
como Jebus antes da ocasião. O rei chamado Araúna, um Jebuseu, era o dono das
terras em volta de Jerusalém que Davi comprou. O terreno do Rei Araúna circunda
Jerusalém, onde hoje é Israel.
Quanto a segunda vinda de Cristo, Jesus nos diz que: “Quando
Israel for toda de Cristo, então Eu virei.” A aceitação de
Jesus-Messias pelo povo Judeu acontecerá depois do Aviso, e a vinda de Cristo
será quando terminar a luta entre o Bem e o Mal no fim da Grande Tribulação.
Em Lucas 13:6-9 na parábola da figueira, é um resumo do que
foi dito por Jesus em sua época, desvendada na sua integralidade através da
mística Maria Valtorta. Jesus começa a contar esta parábola intitulando-a de :
“A Parábola do Bom Cultivador,” mas que se trata da mesma parábola da figueira
mencionada por Lucas. Vejam como o entendimento se amplia.
Diz Jesus:
“Ouvi esta parábola:
Poderia ser intitulada “A Parábola do Bom Cultivador.”
“Um rico tinha uma
grande e bela vinha, na qual havia também figueiras de diversas qualidades. Na
vinha trabalhava um empregado dele, experiente vinhateiro e podador de árvores
frutíferas, que cumpria o seu dever com amor para com seu patrão e para com as
plantas. Todos os anos o rico, na melhor estação, ia muitas vezes à sua vinha,
para ver como iam amadurecendo as uvas e os figos, e provar alguns deles,
apanhando-os das árvores com suas mãos.
Mas, um dia, quis dirigir-se a uma figueira que era de ótima qualidade, a única
planta daquela qualidade que havia na vinha. Até aquele dia, como nos anos
precedentes, ele só encontrou folhas e nada de frutos. Então, ele chamou o
vinhateiro e lhe disse: “Há três anos
que eu venho procurando fruto nesta figueira e só encontro folhas.
Compreende-se que ela parou de produzir frutos. Corta-a, pois é inútil que ela
fique aqui ocupando um lugar e tomando o teu tempo, para depois não chegar a
nada. Corta-a, queima-a, limpa depois o terreno das raízes dela e no lugar,
coloca uma plantinha nova. Com alguns anos ela dará fruto.” O vinhateiro era um
homem paciente e amoroso, e respondeu: “Tens razão. Mas deixa-me experimentar
por um ano ainda. Eu não vou cortar a planta. Mas vou, com maior cuidado
capinar o solo ao redor dela, vou adubá-la e podá-la. Talvez ela não frutifique
ainda. Se, depois desta última prova
ela não der fruto, então obedecerei o teu desejo e a cortarei.”
Corozaim é a figueira
que não dá frutos. Eu sou o Bom Cultivador. O rico impaciente sois vós. Deixai
agir o Bom Cultivador.”
“Está bem. Mas a tua
parábola não chegou ao fim. A figueira um ano depois produziu fruto?” Perguntou
o Zelotes.
“Não produziu frutos, e
foi cortada. Mas o Cultivador ficou justificado por cortar uma árvore ainda
nova e bonita, porque ele fez todo o seu dever. Eu também quero ser
justificado, por causa daqueles nos quais deverei descer o machado, e
arrancá-los da minha vinha, para pô-los onde só há plantas estéreis ou
venenosas, ninhos de serpentes, sugadores dos sucos da terra, parasitas ou
tóxicas, que desgastam ou prejudicam seus companheiros, os discípulos, ou
então, que vão penetrando, deslizando com suas raízes maléficas, para
proliferarem, sem terem sido chamados à minha vinha, rebeldes a todo enxerto, e
que aí penetraram só para espionar, denegrir e tornar estéril i meu campo.
A estes Eu cortarei, quando tudo tiver sido tentado para
convertê-los. E, por enquanto, antes do machado,
Eu levanto a tesoura e a faca do podador, arranco as folhas e faço o enxerto.
Oh! Será um trabalho duro. Para Mim, que o faço, e para aqueles que sofrerão.
Mas vai ser feito. A fim de que se possa dizer no Céu: “Ele fez tudo até o fim,
mas eles se tornaram cada vez mais estéreis e maus, ainda mais do que antes de
pôr Ele serem podados, enxertados, cavados ao redor, adubados com suor e
lágrimas, com cansaços e sangue.”(O Evangelho como me foi Revelado-Maria Valtorta, Vol. 5, pg.
274/275)
Todas estas revelações do Céu estão interligadas entre si,
todas falam sobre o mesmo tema, da punição de Deus ao Povo deicida, os Judeus,
sua destruição, sua dispersão, sua volta à Jerusalém como Nação, e que no final
desta geração vem o final dos tempos com a segunda vinda de Cristo.
Que a paz do Senhor esteja em nossos corações hoje e sempre.
Antonio Carlos Calciolari
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