“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

QUEM MATOU JESUS?


 



QUEM MATOU JESUS?

 

Muitos, ainda nestes tempos atuais, lançam dúvidas quanto ao mandante, ou o real culpado pela morte de Jesus Cristo. Uns dizem que foram os Romanos com o julgamento de Pilatos, outros Herodes, e finalmente outros, iluminados pelas evidências históricas da época, enfatizam que foram os Judeus, representados pelo sumo Sacerdote Caifás, os Escribas e Fariseus.

O ódio começou bem antes da morte de Cristo, quando Herodes, o Grande, que não era Judeu, mas tinha o título de Rei dos Judeus, devido seu cargo, desejou matá-lo assim que nascesse, visto que ficou sabendo através dos Reis Magos, que o nascimento do Rei dos Judeus ocorreria em poucos dias. Não foi bem sucedido nesta empreitada satânica, mas três anos depois, corroído pelo orgulho, tentou novamente matar o Messias exterminando todas as crianças do sexo masculino até três anos, de Belém Efrata e arredores. Porém como diz a história, também não foi bem sucedido nesta nova empreitada, a providência divina agiu com um Anjo avisando José para partir de Belém até o Egito. Depois que este tirano veio a falecer, Jesus menino com sua Mãe e o Pai voltam para Nazaré. As perseguições param até Jesus completar 30 anos quando dá início a sua evangelização. 

Assim como o orgulho havia ferido o coração de Herodes, o mesmo aconteceu com os Sacerdotes do Templo que não admitiam perderem seus cargos, mentindo para o povo Judeu dizendo que Jesus era um falso Messias, que fazia milagres usando magia através de Belzebu, que era um falso Rei pois não tinha milícias. Para se ter uma ideia da maldade destes homens que se diziam santos, assassinaram o pai de João Batista, que era Sacerdote, durante culto no Templo, pois Zacarias profetizava que o Messias já havia nascido, e que seu filho seria o precursor do Cordeiro de Deus. Invejosos, orgulhosos, não admitiam que alguém pudesse superá-los. Também não protegeram João Batista quando Herodes mandou prendê-lo, mostrando que havia conluio entre estes poderes. Os Sinedritas sabiam de quase  tudo que iria acontecer, era uma organização que defendia seus interesses mesquinhos, quando não convenciam com palavras ameaçavam de morte. As quase quinhentas Sinagogas com seus adeptos, formavam um grande olho de denúncias e ciladas contra Jesus. Foram portanto cúmplices do assassinato do Profeta João Batista, permitindo que ele fosse preso e morto de uma maneira muito cruel.

O complô para prender e matar Jesus surgiu com os Sinedritas, seu Pontífice Caifás e seus cúmplices, chamados de Escribas e Fariseus, todos Judeus, ou Israelitas, como queiram. Foi o Judeu Judas Iscariodes que entregou Jesus ao Sinédrio, se vendendo por 30 moedas. O Sinédrio acusou Jesus de se recusar a pagar o tributo a César, perante Pilatos, porque sabiam que os traidores da Pátria Romana eram condenados a morte. Fizeram conluios contra a honra de Pilatos, ameaçando denunciá-lo a Roma, por não tomar atitudes para conter “rebeliões”. Pilatos ainda receoso por não ver crime algum, manda Jesus a Herodes Antipas. Herodes não queria se atrever lançar qualquer julgamento sobre Jesus, porque já havia mandado matar seu primo João Batista. E assim sucedeu, Pilatos usou o gesto de limpar as mãos em público, devido seu entendimento sobre o condenado, mas sede as pressões dos Sinedritas, mandando crucificar Jesus. Poncio Pilatos, homem volúvel e covarde, mandou flagelar Jesus antes de levá-lo a Herodes, antes de julgá-lo, cometendo pecado contra um inocente. Mas foi colocado nesta situação de uma faca com dois gumes pelos Sinedritas, ou mandava matar Jesus ou seria denunciado a César.

Portanto quem armou toda a trama para matar Jesus Cristo foi seu próprio povo. Os Sacerdotes com seu Pontífice Caifás, os Fariseus, os Escribas que tinham poder nas mãos, foram os que conduziram esta maquinação deicida. Tanto é verdade esta afirmação, que Deus lançou um castigo tremendo sobre Israel, que não teria mais paz até o final dos tempos. Este é o veredito sobre o povo que matou Deus, mesmo diante de tantas evidências inquestionáveis.

Diz Jesus: “Os de Judá e Israel, aqueles que, daqui a pouco, por séculos e séculos, não terão mais pátria. E nem mesmo a terra do seu antigo chão os quererá acolher, mas os vomitará de si, depois de mortos, pois que eles quiseram rejeitar a Vida. Um horror infinito.”(Valtorta-Vol 9)

Não há nada de incompreensível no deicídio dos Judeus, visto que não eram mais o povo abençoado por Deus, mas sim seguidores de uma doutrina que sufocava o Decálogo, que não levava almas para Deus, mas para o inimigo de Deus. Era preciso frear esta ideologia farisaica antes que se tornasse grande demais, e perniciosa demais para as almas, trazendo consequências nas gerações posteriores irreversíveis.

Diz Jesus: “Na verdade, nem uma das pedras de Jerusalém ficará sem ser tocada. O fogo, o aríete, as fundas, os dardos derrubarão, atormentarão, revolverão cada uma das casas, e a cidade sagrada virará uma espelunca, e não somente ela. Virará uma espelunca esta nossa Pátria. Ela virará um pasto de burros selvagens e de lâmias, como dizem os Profetas. E não por um ou mais anos, nem por séculos, mas para sempre. O deserto, a aridez, a esterilidade... Eis a sorte reservada para estas terras! Um campo de contendas, lugar de torturas, sonho de reconstrução sempre destruída por uma condenação inexorável, tentativas de ressurgirem, mas mortas logo ao nascerem. A sorte da terra que rejeitou o Salvador, e quis uma orvalhada de fogo sobre os culpados.”(Valtorta-Vol.9)

O ódio que eles instalaram naquela época contra Jesus, foi tanto, que negavam o óbvio e o incontestável. Isto é um fato histórico, pois foram tantas as provas e evidências que Jesus era o Messias, e mesmo assim aquele povo o levou para a morte na Cruz. Isto sim foi incompreensível, para os homens honestos. Não admitir diante de tantas provas incontestáveis que Jesus era o Prometido, O Emanuel, o Messias, o Príncipe da paz, o Salvador e Redentor. Havia um outro fator que contribuiu para todos estes acontecimentos nefastos contra o Inocente. Judas foi encarnado por Lúcifer e cada Judeu que odiava Jesus tinha o seu demônio. No dia da crucificação havia milhares de demônios dos ares infestando os corações para garantir a morte do Príncipe da Paz. Sim, os habitantes do Inferno e seus filhos terrenos se uniram para uma grande festa de horror, praticando o maior pecado que já existiu em todos os tempos.   

Calcula-se que Jesus curou mais de trezentas pessoas durante os três anos de Evangelização, entre cegos, mudos, atrofiados, paralíticos, exorcismos, além de milagres como acalmar tempestades, andar sobre as águas, se fazer ouvir por uma multidão com uma voz única e possante, além de outros. Mas o que nos deixa entretidos completamente é a ressurreição de Lázaro que aconteceu diante dos olhos deles. Eles estavam lá, na casa de Lázaro como testemunhas oculares do milagre. E Lázaro não era qualquer um, mas um homem riquíssimo, filho do primeiro magistrado da Síria, o nobre Teófilo, casado com Euquéria, da tribo de Judá e da família de Davi, o mais instruído e rico de Israel. Lázaro era conhecido entre os Romanos e os Judeus, gozava de boa reputação e também pela sua generosidade.

Caifás e seus sequazes quando souberam que Lázaro morreria, mandou milícias para Betânia na casa de Lázaro todos os dias, para ter certeza se Jesus apareceria ou não. No enterro de Lázaro havia uma multidão de pessoas de todas as classes, para se despedir do ilustre amigo. No quarto dia depois de sua morte, Jesus apareceu e logo a notícia se espalhou, trazendo todos seus inimigos e muitos de seus amigos, na belíssima casa de Lázaro, de Marta e de Maria de Magdala em Betânia. Eles ouviram Jesus dizer: “Lázaro vem para fora”, e viram Lázaro levantar do sepulcro com o corpo perfeito, com a mente normal a fala normal e com apetite. Ninguém, a não ser Deus poderia fazer tal coisa. De um corpo já corrompido pelos vermes, surgir um novo e belo corpo totalmente reconstruído. Mas mesmo diante de tudo, do inquestionável, os Judeus alegando que foi Belzebu tramaram com Judas a traição.

A grande lição que fica destes acontecimentos e de tantos outros, está a chave de quem será julgado condenado ou absolvido de culpas. É sempre a vontade dos homens o que decide o julgamento no último dia, o livre arbítrio. Eles não quiseram aceitar Jesus. Eles não quiseram. Esta foi a vontade deles, e sobre esta vontade criminosa e deicida serão julgados.

Diz Jesus: “Povo meu, que foi que Eu te fiz? Em que foi que Eu te entristeci. Que é que Eu podia te dar a mais, e que Eu não o tenha dado? Eu instruí os vossos intelectos, curei os teus doentes, fiz o bem aos teus pobres, matei a fome de tuas multidões, te amei em teus filhos, perdoei, rezei por ti. Eu te amei até o sacrifício. E tu, que é que dás ao teu Senhor? (Valtorta-Vol. 9)

 

Antonio Carlos Calciolari


Sem comentários:

Enviar um comentário