“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

OS DOGMAS DA IGREJA





 

OS DOGMAS DA IGREJA

 

Como estamos no final dos tempos, onde as iniquidades contra a Igreja se tornarão mais explícitas, com a Abominação para a desolação no lugar Santo, suprimindo o Sacrifício Perpétuo, é necessário que nós Católicos tenhamos em nossas mentes os Dogmas. Este Sínodo que se inicia em Outubro de 2021, e que se estenderá até 2023, é o Sínodo profetizado por Nossa Senhora em Garabandal que antecede o Aviso e consequentemente as demais profecias apocalípticas. 

Para a Igreja Católica, dogma é uma verdade de fé revelada por Deus, não somente o que está na Bíblia, mas as revelações do Espírito Santo aos Santos depois que Jesus nos deixou até os dias de hoje. Logo, um dogma é imutável e definitivo, não pode ser mudado nem revogado, pois Deus, sendo Perfeito e Eterno, não está sujeito à mudança – “o Senhor é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb 13,8).

A palavra dogma vem do verbo grego dokein, que significa parecer, parecer bem. De uma maneira ainda mais direta, para o cristão católico, dogma é uma verdade absoluta, definitiva, infalível e inquestionável. Uma vez proclamado, o dogma não pode ser negado ou revogado, nem mesmo pelo Sumo Pontífice ou por algum Concílio. Os dogmas são proclamados para colocar um ponto final nas incessantes discussões teológicas a respeito de algum tema fundamental da fé e que exige adesão de todos os católicos.

 

 

São 43 dogmas proclamados pela Igreja, que os divide em 8 categorias distintas:

 

1. Dogmas sobre Deus;

 

2. Dogmas sobre Jesus Cristo;

 

3. Dogmas sobre a criação do mundo;

 

4. Dogmas sobre o ser humano;

 

5. Dogmas marianos;

 

6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja;

 

7. Dogmas sobre os Sacramentos;

 

8. Dogmas sobre as últimas coisas (Escatologia).

 

 

Dogmas sobre Deus:

 

1 – A Existência de Deus

A ideia de Deus não é inerente em nós, já que transcende a natureza humana, mas nós temos capacidade natural para conhecê-Lo, de certo modo espontaneamente, por meio de sua obra. O ser humano pode saber que Deus existe, por exemplo, mediante a observação atenta do universo natural extremamente complexo e diversificado, tanto nos seres vivos dos microrganismos, como nos vegetais e animais. A procriação, o padrão criativo, a alimentação e a dependência entre estes seres vivos, sugerem um Criador. O sol, o mar, o firmamento são coisas grandes demais, para estarem em seus limites orquestrados, sem a mão de Deus. São coisas sobrenaturais que estão acima da compreensão da ciência.

Jesus diz: “Deus é a intangível Perfeição, Deus é a Beleza plena, Deus é o Poder infinito, Deus é a Essência incompreensível, Deus é a Bondade insuperável, Deus é a Compaixão indestrutível, Deus é a imensurável Sabedoria, Deus é o Amor que se torna Deus. É o Amor! É o Amor!” (Valtorta Vol 2)

 

2 – A Existência de Deus como Objeto de Fé.

A existência de Deus, porém, não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também e principalmente é objeto da fé sobrenatural. Todo homem tem dentro de si uma inclinação ao culto espiritual, sente-se atraído por algo maior do que ele. Nossa alma estimula, anima no homem sua volta para a fonte que a criou.

 

3 – A Unidade de Deus.

Não existe mais que um único Deus. Seria extremamente humilhante para nossa inteligência admitir mais de um Deus. Qualquer reflexão que por ventura viermos a fazer sobre este assunto, chegaremos à conclusão de que existe apenas um Deus Criador de tudo que existe.  Por isso temos um só Deus, uma só religião, uma só doutrina, uma só fé, uma só Igreja, requerida por esse Deus soberano.

 

4 – Deus é Eterno.

Deus não tem princípio nem fim, está além do espaço e do tempo. Deus é Amor, e não há força maior que este Amor no Universo. Somente este Amor pôde ser incriado, pois Ele é, onde não existe o tempo, é imaterial, um Espírito intelectual perfeitíssimo.

 

5 – A Santíssima Trindade.

No Deus Uno há três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada uma possui a imutável Essência Divina. Jesus durante a última ceia com os Apóstolos, disse: batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A nossa história terrestre é marcada pela atuação da Trindade Divina, onde no início foi o Pai Justiça(Velho Testamento), com Jesus a misericórdia através da graça santificante(Novo Testamento) e depois o Espírito Santo Paráclito, instrumento de elucidação espiritual até a segunda volta de Cristo.(Atos dos Apóstolos e seus sucessores) A Trindade sempre esteve unida desde o princípio dos tempos, mas com atuações distintas durante o tempo humano terrestre.

O padrão trinitário dos animais constituídos por cabeça, tronco e membros. O padrão trinitário das cores, que de azul, vermelho e amarelo se chega em todas as outras cores. O tempo – passado/presente/futuro, o espaço – largura/altura/profundidade, a matéria – prótons/nêutrons/elétrons, a música – melodia/harmonia/ritmo, o estado da matéria – sólido/líquido/gasoso. E assim por adiante, as coisas criadas falam de Deus Trino, que são as digitais do Criador.

 

 

Dogmas sobre Jesus Cristo:

 

6 – Jesus Cristo é verdadeiro Deus e Filho de Deus por Essência

O Cristo possui a infinita Natureza Divina com todas as suas infinitas Perfeições, por haver sido gerado eternamente por Deus.

 

7 – Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam ou confundem.

Declara o Concílio de Calcedônia (451, IV): "Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo perfeito em Divindade e Ele mesmo perfeito em humanidade (...) que se há de reconhecer nas duas naturezas: sem confusão, sem mudanças, sem divisão, sem separação e de modo algum apagada a diferença de natureza por causa da união, conservando cada natureza sua propriedade e concorrendo em uma só Pessoa" (Dz. 148). Conforme as Sagradas Escrituras, "o Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de Si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem" (Fl 2,6-7). Vemos então que Cristo é possuidor de uma íntegra Natureza Divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está, entre outros, nos seus milagres, em sua Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.

 

8 – Cada uma das Naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física.

Declara o III Concílio de Constantinopla (680-681): "Proclamamos, conforme os ensinamentos dos Santos Padres, que não existem duas vontades físicas e duas operações físicas, de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se opõem uma à outra como afirmam os ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz. 263-288).

Deus Filho diz a Deus Pai nas Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres" (Mt 26,39). / "Não seja feita a minha vontade, mas sim a Tua." (Lc 22,42). – Diz ainda aos discípulos: "Desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas sim a vontade de Quem me enviou" (Jn 6,38). / "Ninguém me tira a vida, Eu a doei voluntariamente: tenho o poder para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente" (Jo 10,18).

Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a unidade moral, porque a vontade humana de Cristo se conforma em livre subordinação, de maneira perfeitíssima à Vontade Divina.

 

9 – Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho Natural de Deus Pai.

Jesus Cristo não foi criado por Deus, mas sim gerado, ou seja, num excesso de Amor parte de Deus Pai se desprendeu para formar seu Filho. É de fato o Filho Unigênito do Pai. Se fez carne, o Emanuel, adquirindo um corpo humano para expiar como Redentor da humanidade.

 

10 – Cristo imolou-se a si mesmo na Cruz como verdadeiro e próprio Sacrifício.

No inefável Mistério, Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo Sacerdote e Oferenda, mas por sua Natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era O Mesmo que recebia o Sacrifício.

 

11 – Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do Sacrifício de sua morte na Cruz.

Jesus Cristo quis oferecer-se a Si mesmo a Deus Pai, como Sacrifício apresentado sobre a ara da Cruz em sua Morte, para obter-nos o perdão eterno. Somente o Homem-Deus poderia expiar para reparar a culpa original, a união da carne pecadora com o Espírito perfeitíssimo, juntos se reconciliando para a salvação tanto da carne como da alma, as quais se fundirão novamente no último dia, o dia do juízo final, para condenação ou absolvição.

 

12 – Ao terceiro dia depois de sua Morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos

Ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria Virtude, levantou-se Nosso Senhor Jesus do sepulcro.

 

13 – Cristo subiu em Corpo e Alma aos Céus e está assentado à direta de Deus Pai

Ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu em Corpo e Alma.

 

 

Dogmas sobre a criação do mundo:

 

14 – Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada.

A criação do mundo, a partir do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas podemos concebe-la e aceita-la usando nossa capacidade mental da razão, observando tudo ao nosso redor. Como exemplo, a beleza que observamos na natureza, nos animais e nos astros, sugerem um feitor, e não uma ocasionalidade.

 

15 – Caráter temporal do mundo.

O mundo teve princípio no tempo, pois o Infinito é capaz de criar o finito, e o Eterno é capaz de dar existência ao temporal.

 

16 – Conservação do mundo.

Além de Criador, Deus é Conservador, pois conserva a existência a todas as coisas criadas. Não basta criar, tudo deve ter uma providência Divina para continuar existindo. Nenhuma folha cai de uma árvore sem que Deus saiba e permita, pois tudo acontece para o bem universal.

 

 

Dogmas sobre o ser humano:

 

17 – O homem é formado de corpo material e alma espiritual

Este dogma foi afirmado no IV Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216), e no Concílio Vaticano I (1869-70), sob Pio IX (1846-78). Segundo a doutrina da Igreja, o corpo é parte essencialmente constituinte da natureza humana, e não carga e estorvo como disseram certos hereges. Igualmente, para defender o dogma católico contra os que dizem que consta de três partes essenciais: corpo, alma animal e alma espiritual, o Concílio de Constantinopla declarou "que o homem tem apenas uma alma racional e intelectual" (Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida espiritual e ao mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz. 1655).

Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra, de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo dos que matam o corpo e à alma não podem matar; temais muito mais Àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).

Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gera a sensibilidade e a vida vegetativa.

 

18 – O pecado de Adão se propaga a todos os seus descendentes por geração, não por imitação

O Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração, e não por imitação, sendo inerente a cada indivíduo.

 

19 – O homem caído não pode redimir-se a si próprio

Somente um ato livre por parte do Amor Divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo Pecado. Sendo Deus infinitamente Grande, Justo e Perfeito, o crime contra Ele é infinitamente grave. Só poderia então ser resgatado mediante um Sacrifício infinitamente meritório e reparador, do qual nós não seríamos capazes.

 

 

Dogmas marianos:

 

20 – Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua de Maria

A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição foi, por singular Graça e Privilégio de Deus Onipotente, em previsão dos Méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original. Assim era preciso que a Mãe do Senhor, o Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança, fosse imaculada, assim como era intocável e feita do ouro mais puro a Arca da Antiga Aliança.

Nos livros da mística Valtorta, é revelado que Ana mãe de Maria era estéril, e já com uma certa idade, quando miraculosamente engravidou, depois de estar orando no Templo pedindo a graça de ter um filho, quando uma voz lhe disse: “O que pedistes venha a ti”. No mesmo instante uma luz em forma de estrela incandescente foi direto a ela, quando ouviu: “Eu sou.”

A doutrina da Virgindade Perpétua de Maria expressa a real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito homem". Maria permaneceu sempre virgem fazendo de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e nascimento são milagrosos. Já nos anos 300, esta doutrina era amplamente apoiada pelos Padres da Igreja e, no século sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. Nas aparições de Maria pelo mundo Ela revela sua imaculada conceição e sua eterna virgindade. Também inúmeros Santos e Mártires da Igreja assim confessam.

 

21 – Maria, Mãe de Deus

Maria gerou a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce transcende esta natureza humana – O Filho de Maria é propriamente o Verbo Divino, encarnado em natureza humana – Maria, então, é necessariamente mãe de Deus, posto que Jesus, o Verbo, é Deus: Cristo, sendo inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, faz de Maria verdadeira mãe de Deus, por não haver separação entre as Naturezas humana e divina em Nosso Senhor e Salvador.

Evidentemente, Maria não é anterior ao próprio Deus Onipotente e Criador de todas as coisas, nem é "deusa". Este dogma, pois, não deve ser confundido: Maria não é e nem poderia ser mãe de Deus segundo a Natureza Divina; entretanto, como as duas Naturezas no Cristo são inseparáveis, ela foi feita, por um inescrutável Mistério do próprio Deus, a um só tempo criatura, serva, filha e mãe do Senhor. O título Mãe de Deus a Igreja lhe atribui como ato e reflexo de sua veneração por ela e adoração exclusiva a Deus.

 

22 – A Assunção de Maria

 

Inúmeros Santos Católicos foram santificados com corpos incorruptos, para Maria além da incorruptibilidade, foi permitido por Deus a assunção do corpo e também do Espírito puríssimo da Virgem direto para o Paraíso.

Papa Pio XII, em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

 

 

Dogmas sobre o Papa e a Igreja:

 

23 – A Igreja foi fundada pelo Deus-Homem, Jesus Cristo

Cristo fundou a Igreja; Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a sua doutrina, culto e constituição.

Atestam as Sagradas Escrituras o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu te declaro que és Pedro (no aramaico: Kepha = Pedra), e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu de darei as Chaves do Reino dos Céus, o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19)

 

24 – Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda a Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição

O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado S. Pedro e tem o primado terreno sobre todo o rebanho do Senhor, que é a Igreja. Este fato é atestado claramente, repetidas vezes, pelas Sagradas Escrituras:

"Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe outra vez: 'Simão, filho de Jonas, amas-me?' Respondeu-lhe: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe pela terceira vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas'.” (João 21,15-17)

“Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho. ”, declara solenemente o próprio S. Pedro (At 15,7).

Diz o Senhor especialmente e somente a S. Pedro: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32)

 

25 – O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente nas questões de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja

Conforme esta declaração, o poder do Papa é de jurisdição; universal; supremo; pleno; ordinário; episcopal; imediato.

 

26 – O Papa é infalível quando se pronuncia ex catedra

Para compreender este dogma, convém ter na lembrança: sujeito da infalibilidade papal é todo Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro. O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e os costumes, revelados ou em íntima conexão com a Revelação Divina. A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex catedra, isto é:

a) Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.

b) Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex catedra.

A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro, conforme a Promessa de Cristo ('Eis que estou convosco até o fim do mundo' – Mt 28,20). A consequência da infalibilidade é que as definições ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a possibilidade de intervenção posterior de qualquer autoridade, mesmo que seja outro Papa.

 

27 – A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

Estão sujeitos à infalibilidade:

• O Papa, quando fala ex catedra;

• O episcopado pleno, com o Papa, que é a cabeça do episcopado, é infalível quando, reunido em concílio ecumênico ou disperso pelo rebanho da Terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a sustentem.

 

 

Dogmas sobre os Sacramentos:

 

Sacramento significa santo, santificado, do alto, de Deus. Um rito juramentado espiritual entre a matéria e a alma.

 

28 – O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras: "Jesus lhes disse: 'Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo'.”

 

29 – A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento

Este Sacramento concede aos batizados a Fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo.

 

30 – A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo

Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo. Cristo, que pode perdoar os pecados, deu à sua Igreja o poder de perdoá-los em seu Nome: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; aqueles aos quais os retiverdes (não perdoardes), serão retidos” (Jo 20, 22ss).

 

31 – A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação

Basta indicar a culpa da consciência a sacerdote devidamente ordenado, mediante confissão secreta. Tal confissão sacramental é diante dos homens, diante da Igreja de Cristo e diante de Deus.

 

32 – A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo

 Atestam as Sagradas Escrituras:

"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)

"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 56-57)

"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)

"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...) não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?" (I Cor 10,16)

"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (I Cor 11,28-30)

 

33 – Cristo está Presente no Sacramento do Altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu Corpo e toda substância do vinho em seu Sangue

Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa à outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo e experimentando fisicamente pão e vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

34 – A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras:

“Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.” (Tg 5,14)

 

35 – A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos. As Sagradas Escrituras o atestam em Fl 1,1.

 

36 – O Matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento

Cristo restaurou o Matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento.

 

 

Dogmas sobre as últimas coisas:

 

37 – A Morte e sua origem

A morte é consequência do pecado primitivo. O relato bíblico da Queda (Gn 3) utiliza uma linguagem feita de imagens, mas afirma um acontecimento primordial, um fato que ocorreu no início da história do homem. A Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido livremente por nossos primeiros pais, trazendo como consequência a morte. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6,23).

 

38 – O Céu (Paraíso)

As almas dos justos, que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado, entram no Céu. O Paraíso é um lugar de paz e ordem, de músicas, de perfumes, de caridade, de Luz, onde o Amor-Deus tudo rege.

 

39 – O Inferno

As almas dos que morrem em estado de pecado mortal são condenadas ao inferno. São os negadores de Deus, aqueles que não quiseram estar com Deus. É um lugar real de suplícios e tenebroso, escuro, com um lamaçal de fogo por todos os lados, um fogo que não se apaga, onde o ódio e a blasfêmia dita o rito dos condenados e as ações perversas dos demônios liderados por Satanás.

 

40 – O Purgatório

As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais, se dirigem ao Purgatório. A Alma passa por uma purificação através de expiações diversas. O Purgatório é um estado de purificação com a certeza de salvação, e existirá até a volta de Cristo. As únicas duas potência que existirão eternamente serão a do Inferno e do Paraíso.

 

41 – O Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo

Na segunda vinda de Cristo, Satanás não tentará mais os homens, será o fim do mundo com as insídias e tentações que fizeram perder tantas almas. Jesus com mão de ferro expulsará o Anticristo e o Falso Profeta, lançando-os no Inferno, e uma nova era de paz que durará 1000 anos terá início. A nova Terra se unirá com a Jerusalém Celeste.

 

42 – A Ressurreição dos Mortos no Último Dia

Aos que creem em Jesus e se alimentam de seu Corpo e bebem de seu Sangue, Ele lhes promete a ressurreição para vida eterna de Paz e Plenitude. Cristianismo não é humanismo, mas um caminho para receber a vida eterna no mundo dos espíritos, e para se ter esta passagem é necessário ressuscitar dos mortos. Jesus ressuscitou dos mortos para nos dar o exemplo e a justificação da fé.

 

43 – O Juízo Universal

Cada ser humano nascido depois de Cristo, no momento de sua morte tem o julgamento particular de Jesus, e depois no último dia, no Juízo Universal com toda criação.

 

 

Antonio Carlos Calciolari

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