“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 21 de julho de 2020

PARÁBOLA DO VALE DA HUMILDADE








PARÁBOLA DO VALE DA HUMILDADE



Diz Jesus:

“Uma pequena parábola para vós, futuros mestres de espíritos. Tanto mais vereis, quanto mais subirdes pelo caminho da perfeição, que é árduo e penoso. Antes, nós víamos as duas planícies, a Filistéia e a de Saron, com muitos povoados, campos e pomares, e até um azul longínquo, que era p grande mar, e o Carmelo, lá no fundo. Agora não vemos mais do que um pouco. O horizonte se restringe, e mais ainda se restringirá, até desaparecer no fundo do vale. O mesmo acontece com quem desce nas coisas do espírito, em vez de subir, sempre mais limitada vai-se tornando a sua virtude e sabedoria, e seu juízo vai-se restringindo, até anular-se. Nesse caso, um mestre de espírito morreu em sua missão. Já não discerne mais, nem guia. É um cadáver e pode corromper, como ele mesmo se corrompeu. A descida ás vezes, ou quase sempre convida, porque lá embaixo estão as satisfações da sensualidade. Nós também descemos ao vale para achar repouso e alimento. Mas, se isto é necessário ao nosso corpo, não é necessário satisfazer ao apetite da sensualidade e à preguiça do espírito descendo aos vales do sensualismo e à preguiça do espírito, descendo aos vales do sensualismo moral e espiritual. Somente em um vale é permitido tocar: no da humildade. Mas é porque nesta o próprio Deus desce para arrebatar o espírito humilde e elevá-lo a si. Quem se humilha, será exaltado. Qualquer outro vale é letal, porque se afasta do Céu.”
E Jesus explica a parábola dizendo:
“Todos os homens podem alcançar, conseguir e possuir a verdade, isto é, Deus. Seja lá qual for o ponto de onde eles partirem, para chegar a ela. Quando não há soberba na mente, nem depravação na carne, mas uma sincera busca da Verdade e da Luz, pureza de intenção, e o desejo de Deus, uma criatura está com toda a segurança no caminho para Deus.”
...”Então, eles não podem chegar a Deus, porque são uns depravados.”
“Não eras bem isso que tu querias dizer, Judas. Por quê puseste uma mordaça em teu pensamento e tua consciência? Oh! Como é difícil que o homem suba até Deus! Pois o obstáculo maior está nele mesmo, que não quer confessar, refletir sobre si mesmo e sobre seus defeitos. Na verdade, também o Satanás é caluniado muitas vezes, pois muitos debitam a ele todas as causas de ruína espiritual. E, mais caluniado ainda é Deus, no qual debitam tudo o que acontece. Deus não viola a liberdade do homem. E Satanás não pode prevalecer contra a vontade firme no Bem. Em verdade, Eu vos digo que, setenta vezes por cento, o homem peca por sua vontade. E, não se pensa nisso, mas assim é, e não se levanta do pecado, porque evita examinar-se e, mesmo quando a consciência, com um movimento imprevisto, se levanta nele e grita a verdade sobre a qual ele não quis meditar. O homem sufoca aquele grito, apaga aquela figura que se levantou, enérgica e aflita, diante de sua inteligência, e altera, contrariado, o pensamento que lhe foi sugerido por aquela voz acusadora, e não quer dizer, por exemplo, assim: “Mas, então, nós, eu, não podemos alcançar a verdade, porque temos a soberba da mente e a corrupção da carne.” Sim, na verdade, entre nós não se vai pelos caminhos de Deus, porque entre nós há a soberba da mente e a corrupção da carne. Uma soberba, verdadeiramente semelhante a de Satanás, enquanto são julgadas ou obstaculizadas as ações de Deus, quando elas são contrárias aos interesses dos homens e dos partidos. E este pecado fará de muitos de Israel os condenados para sempre.”

(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta- Vol 8, pg. 127,128,129)

Sem comentários:

Enviar um comentário