LUTAI CONTRA A DÚVIDA
Diz Jesus:
“Resiste à dúvida.
Eu não minto. Eu sou aquele do qual falam os Profetas. Como a mãe de João a
pouco, levantai a lembrança do que Eu vos fiz, e dizei: “Estas obras são de
Deus. Ele no-las deixou para lembrança, como uma confirmação, uma ajuda para
crer, e crer justamente nesta hora.” Lutai,
e vencerei na luta contra a dúvida, que sufoca a respiração das almas. Lutai
contra as palavras que vos serão ditas. Recordai-vos dos Profetas e das minhas
obras. E às palavras inimigas respondei com os Profetas e com os milagres, que
me vistes fazer. Não tenhais medo. E não sejais ingratos, tendo medo de falar
daquilo que Eu vos fiz. Lutai contra as perseguições. Mas não luteis
perseguindo a quem vos persegue. E, sim, praticando o heroísmo de confessar que
sois meus, diante de quem com ameaças de morte quiser persuadir-vos a rogar-me.
Lutai sempre contra os inimigos. Todos. Contra a vossa humanidade, isto é,
contra os vossos medos, contra os compromissos indignos, as alianças
interesseiras, as pressões, as ameaças, as torturas e a morte.
A morte! Eu não sou como o chefe de um povo, que diz ao seu
povo: “Sofrei por mim, enquanto eu gozo.” Não, Eu sofro em primeiro lugar, para
dar-vos o exemplo. Eu não sou alguém que está à frente de exércitos, e diz aos
exércitos: “Combatei para defender-me. Morrei para me dardes a vida.” Não. Eu
sou o primeiro que combate. Eu morrerei em primeiro lugar, para ensinar-vos a
morrer. Assim como Eu tenho sempre feito o que Eu
disse que se deve fazer e, pregando a pobreza, Eu permaneci pobre, pregando a
continência, Eu permaneci casto, pregando a temperança, fui sóbrio, pregando a
justiça, fui justo, pregando o perdão, perdoei e perdoarei, como fiz tudo isso,
farei também a última coisa. Eu vos ensinarei como é que se redime.
Ensinar-vos-ei, não com palavras, mas com os fatos. Eu vos ensinarei a
obedecer, obedecendo na mais dura obediência, a da minha morte.
Eu vos ensinarei a
perdoar, perdoando, no meio dos meus últimos sofrimentos, como perdoei, quando
estava sobre a palha do meu berço, à Humanidade, que me havia arrancado dos
Céus. Eu perdoarei, como sempre perdoei. A todos. A todos por minha conta. Aos
pequenos inimigos, aos inertes, aos indiferentes, aos volúveis e aos grandes
inimigos que, não só me causam a dor de ficarem apáticos diante de meu poder e
do meu desejo de salvá-los, mas que me dão e darão o último espasmo de serem os
deicidas. Eu perdoarei. E, visto que aos deicidas impenitentes em vão poderei
dar a absolvição, pedirei ainda, com os últimos espasmos ao Pai por eles...
para que os perdoe... pois ficaram embriagados por um licor satânico...
Perdoarei... E vós, perdoai em Meu Nome. E amai como Eu amo, como Eu vos amo e
vos amarei sempre.”
(O Evangelho como me
foi revelado- Maria Valtorta-Vol.6, pg.298,299)
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