“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

segunda-feira, 15 de abril de 2019

COM QUE AUTORIDADE JESUS FAZIA TANTAS COISAS?






COM QUE AUTORIDADE JESUS FAZ TANTAS COISAS

( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta – Vl. 9- pg. 348 a 351)

E Jesus dardejando raios com seus íris de safira acesos como um sol, sobre os que haviam chegado, mas especialmente sobre os grupos dos judeus mais influentes, os fariseus e os escribas espalhados pelo meio da multidão. Ninguém diz nada.
“Falai, vós, então. Pelo menos vós, que sois os rabis de Israel. Dizei uma palavra de justiça, que prepare o povo para a justiça. Eu poderia dizer uma palavra não boa, de acordo com o vosso pensamento. Dizei-a então, vós, para que o povo não seja levado ao erro.”
Constrangidos, os escribas respondem assim: “Ele punirá aqueles celerados, fazendo-os perecer de um modo atroz, e dará a vinha a outros colonos que honestamente a cultivem, dando-lhe o produto da terra recebida por eles em consignação.”
“Vós falastes bem. Assim está escrito na Sagrada Escritura: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular. Esta é a obra feira pelo Senhor, e é uma coisa maravilhosa aos nossos olhos.” Uma vez que isso está escrito, e que vós sabeis disso, e julgais ser justo que seja atrozmente punidos aqueles colonos que mataram o filho herdeiro do dono da vinha, e que ela seja consignada a outros colonos que honestamente a cultivem, é por isso que Eu vos digo: “Ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a outros que nele produzam frutos. E quem cair contra esta pedra se esfacelara, e aquele sobre quem a pedra cair, será esmagado.”
...Eles se limitam a aproximar-se Dele, que agora recomeçou a caminhar para frente e para trás, indo e voltando, escutando isto ou aquilo dos muitos peregrinos, que se dirigiram para o amplo pátio, e dentre os quais muitos lhe pedem algum conselho para casos de consciência, ou para circunstâncias familiares ou sociais, esperando também poder dizer-lhe alguma coisa, depois de o terem ouvido fazendo julgamento sobre algum caso complicado de herança, que produziu divisão e rancor entre os diversos herdeiros, por causa de um filho de pai, que o teve com uma das servas da casa, mas que foi adotado, e os filhos legítimos não o querem com eles, nem como co-herdeiros. Na repartição das casas e dos terrenos, querendo até nem nada ter em comum com o bastardo, e não sabem resolver, porque o pai os fez jurar, antes de sua morte, que assim como ele tinha feito, ao repartir o pão, ele deviam igualmente, repartir a herança com ele em medida igual.
Jesus diz àquele que o interroga em nome dos outros três irmãos: “Sacrificai todos um pedaço de terreno, vendendo-o de tal modo que, o valor do dinheiro atinja a um quinto da importância total, e daí ao filho ilegítimo dizendo-lhe: “Aqui está a sua parte. Não ficas prejudicado no que é teu, nem se contrariou ao desejo de nosso pai. Vai e Deus esteja contigo.” Fazei isso com testemunhas que sejam justas, e ninguém poderá na terra, nem depois desta terra,levantar vozes de reprovação e de escândalo. E tereis a paz entre vós,e em vós não ficareis com o remorso de terdes desobedecido ao vosso pai, e não tendo entre vós um que, mesmo sendo inocente, é para vós causa de perturbação, mais do que um ladrão que tivesse sido posto entre vós.”
O homem diz: “O bastardo, em verdade, roubou-nos a paz em nossa família, a saúde de nossa mãe, que morreu de dor, é um lugar que não é dele.”
“Mas não é ele o culpado, homem! Mas, sim, o homem que o gerou, para entregá-lo á dor e fazer-nos sofrer. Sede, pois, justos para com o inocente, que já esta pagando duramente por uma culpa que não é dele. Não desejais o mal para o espírito de vosso pai. Deus já o julgou. Não são necessários os raios de vossas maldições. Honrai a vosso pai sempre, ainda que ele seja culpado, não por si mesmo, mas porque representou na Terra o vosso Deus, tendo-vos criado por decreto de Deus e sendo o senhor de vossa casa, os pais estão imediatamente depois de Deus. Lembra-te do Decálogo. E não peques. Vai em paz.”
Os sacerdotes se aproximam de Jesus, mas agora para interrogá-lo. “Nós te ouvimos. Falaste conforme a justiça. Foi um conselho que, mais justo nem Salomão seria capaz de dar. Mas agora, dize-nos a nós, Tu que operas prodígios e dás sentenças, que só o sábio rei poderia dar, com que autoridade é que fazes estas coisas? De onde te vem um tal poder?”
Jesus olha fixamente para eles. Ele não está nem agressivo, nem com ar de desprezo, mas como alguém bem aurorizado. Ele diz: “Eu também tenho uma pergunta a fazer-vos e, se me responderdes, Eu vos direi com que autoridade é que Eu, um homem sem autoridade, sem encargos e pobre – porque isto é o que quereis dizer – com que autoridade é que Eu faço estas coisas. Pois bem. Dizei-me, o batismo de João, de onde é que vinha? Era do Céu ou dos homens a autoridade com que João o administrava? Respondei-me. Com que autoridade é que João o administrava como um rito purificador, a fim de preparar-vos para a vinda do Messias, se João era ainda mais pobre e inculto do que Eu, sem exercer nenhum cargo, tendo vivido no deserto desde sua meninice?”
Os escribas e os sacerdotes se consultam uns aos outros. Os que estavam lá presentes, de olhos arregalados e ouvidos bem abertos, prontos tanto para protestar, como para aclamar, se os escribas quiserem desqualificar o Batista ou defender o Mestre, ou se parecem ter ficado derrotados pela pergunta do Rabi de Nazaré, divinamente sábio. E as pessoas se comprimem ao redor dele. É impressionante o silêncio absoluto desta multidão, que está a espera da resposta. É tão profundo o silêncio, que se podem ouvir a respiração e os cochichos dos sacerdotes e escribas, que falam uns aos outros, quase sem usar de palavras, e estão de olhos no povo e, enquanto isso, as pessoas do povo, cujos sentimentos eles bem conhecem, estão prontas para explodir.
E finalmente eles se decidem a responder. Eles se viram para o Cristo, que está encostado a uma coluna, com os braços cruzados sobre o peito, e os está perscrutando, sem perdê-los de vista, e aí eles dizem: “Mestre, nós não sabemos com que autoridade João fazia aquilo, nem de onde é que vinha o seu batismo. Ninguém pensou em perguntar ao Batista, enquanto ele estava vivo, nem ele espontaneamente o disse.”
“Pois nem Eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.” E lhes vira as costas, chamando para perto de si os doze, e abrindo ala por entre a multidão que o aclama, e sai do Templo.
Quando já estão lá fora, e tendo já passado pela Piscina Probática, e tendo saído por aquele lado, o Bartolomeu lhe diz: “ Tornaram-se muito prudentes os teus adversários. Talvez eles estejam convertendo-se ao Senhor que te enviou, e reconhecendo-te como o Messias santo.”
“É verdade. Eles não discutiram nem sobre o teu pedido nem sobre a tua resposta”, diz Mateus.
“Assim seja. Seria belo Jerusalém converter-se ao Senhor seu Deus”, diz ainda Bartolomeu.
“Não vos deixeis iludir. Esta porção de Jerusalém não se converterá nunca. Eles não responderam de outro modo, porque têm medo da multidão. Eu estava lendo os pensamentos deles, mesmo quando Eu ouvia suas palavras submissas.”
“E o que eles estavam dizendo?”, pergunta Pedro.
“Diziam isto – Eu desejo que vós saibais, para conhecê-los a fundo e possais dar aos vindouros uma exata descrição dos homens do meu tempo – eles me responderam, mas não por se terem convertido ao Senhor. Mas porque entre si eles diziam assim: “Se nós respondermos: “O batismo de João vinha do Céu, o Rabi nos responderá: “E, então, porque não crestes naquilo que vinha do Céu e indicava a preparação para o tempo do Messias.” E, se dissermos: “Vem dos homens”, então será a multidão que se revoltará, dizendo: “E, então porque é que não credes naquilo que João, o nosso profeta, falou sobre Jesus de Nazaré?” Sobre isso é que eles estavam conversando, não por sua conversão a Deus, mas por um cálculo infame e para não terem que confessar com suas bocas, que Eu sou o Cristo, e faço estas coisas que faço, porque sou o Cordeiro de Deus, do qual falou o Precursor. E também Eu não quis dizer com que autoridade é que faço estas coisas que faço, já muitas vezes Eu o disse, pelo lado de dentro daqueles muros, e por toda a palestina, e os meus prodígios falam ainda mais do que as minhas palavras. Deixarei que falem os profetas e meu Pai, e os sinais do céu. Por que o tempo é chegado no qual todas as coisas se realizarão. As que foram ditas pelos profetas. Porque o tempo é chegado, no qual todos os sinais serão dados. Os sinais dados pelos profetas, os sinais dados pelos símbolos de nossa História e aqueles de que Eu falei: o sinal de Jonas, e não vos lembrais daquele dia em Quedes? E o sinal que Gamaliel está esperando. Tu, Estêvão, tu, Hermes, e tu Barnabé, que deixastes os vossos companheiros hoje para acompanhar-me, certamente muitas vezes ouvistes o rabi falar daquele sinal. Pois bem. Logo será dado o sinal.”
E Jesus se afasta, subindo para o meio dos olivais do monte, acompanhado pelos seus e por muitos discípulos ( dos setenta e dois), além de outros, como José Barnabé, que o vem acompanhando para ouvi-lo falar ainda.

O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO – MARIA VALTORTA

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