QUEM NÃO CONFESSAR OS SEUS PECADOS NÃO ENTRARÁ NO REINO DOS
CÉUS
TERCEIRO ANO DA VIDA
PÚBLICA DE JESUS
Jesus
sabendo que Judas havia pecado, da a ele a chance de se confessar, mas...
“Não
tens nada a dizer-me, Judas?
Estamos
nós dois sozinhos. Não te aconteceu nada, neste tempo de separação, nenhum fato
sobre o qual sintas necessidade de ouvir a palavra do teu Jesus?”, diz
docemente, Jesus, como que para ajudar o discípulo a confessar, fazendo que ele
sinta todo o seu misericordioso amor.
“E Tu estás já sabendo de alguma coisa em
mim que esteja necessitando da tua palavra? Se o sabes, eu em verdade não sei
de nada que esteja precisando dessa palavra, então fala. É uma coisa pesada
para um homem ter que ficar relembrando suas culpas e defeitos para confessá-los
a um outro...”
“Eu, que
te estou falando, não sou um outro homem, mas...”
“Não. És Deus. Eu sei. Por isso não é
necessário que seja eu que fale. Tu sabes...”
“Eu não
sou um outro homem, mas sou o teu Amigo mais amoroso. Eu não te digo o Mestre,
o superior, mas Eu te digo o Amigo...”
“É
sempre a mesma coisa. E é sempre uma procura aborrecida a que se faz no
passado, e sobre a qual se poderia ter censuras do amigo. E o pior é cair, além
disso, é cair da estima do amigo, o que dói...”
“Em
Nazaré, no último sábado em que lá estive, Simão Pedro falou inadvertidamente a
um companheiro, uma coisa sobre a qual devia calar-se. Não era uma
desobediência voluntária, não era uma maledicência, não era uma coisa capaz de
prejudicar o próximo. Simão Pedro a tinha dito a um coração honesto e a um
homem sério, o qual, vendo que estava sem ser por sua vontade nem pela de
Pedro, sendo levado ao conhecimento de uma coisa secreta, jurou que não teria
mais transmitido a outros o segredo. Simão podia conservar a calma. Mas calmo ele
não se conservou, antes que me confessasse a culpa, e logo. Pobre Simão! Ele
achava que era uma culpa! Mas, se no coração de meus discípulos não houvesse
mais do que culpas iguais aquela, e uma grande, bem grande humildade, uma
grande confiança, um grande amor, como os teve Pedro, ah! Eu deveria
proclamar-me Mestre de uma multidão de Santos!”
“E com isto, queres dizer-me que Pedro é
Santo,e eu não. É verdade. Eu não sou santo. Expulsa-me então...”, replicou
Judas Iscariodes.
“Não és
humilde, Judas. É a soberba o que te arruína.
E não me conheces ainda...”, termina Jesus com muita tristeza.
(de
Jesus à Valtorta – O Evangelho como me foi Revelado – Pg 83 –Vol 7)
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