“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

domingo, 30 de julho de 2017

O AMOR DE MARIA POR JESUS


TERCEIRO ANO DA VIDA PÚBLICA DE JESUS

O AMOR DE MARIA POR JESUS

E, enquanto Jesus come, ela vai tirando do saco as vestes que preparou para os meses do inverno, mais pesados, quentes, prontas para proteger contra o frio e a chuva, e as mostra a Jesus, que lhe diz: “Quanto trabalho, minha Mãe! Eu ainda tinha aquelas do inverno passado.”
“Os homens, quando estão longe de suas mulheres, devem receber tudo de novo, para não terem necessidade de consertar nada, a fim de poderem estar com tudo direito. Mas eu não estraguei nada. Este meu manto é o teu, mais curto e tingido de novo. Para mim ele ainda está bom. Mas para ti ele não servia mais.”
“Tu és Jesus...”
Dizer o que esta frase significa é impossível: “Tu és Jesus.” É uma frase simples. Mas todo o amor da Mãe, da discípula, da hebréia antiga para com o Messias Prometido, e mais ainda da hebréia deste tempo bendito, que já possui Jesus, tudo isso está naquelas poucas palavras. Se a Mãe se tivesse prostrado, adorando o seu Filho como Deus, não teria usado mais do que de uma forma ainda limitada, como forma de sua veneração. Mas nestas palavras há mais do que uma adoração formal, de joelhos que se dobram, de uma coluna que se curva, de uma fronte que toca no chão, pois aqui está todo o ser de Maria, a sua carne, o seu sangue, a sua mente, o seu coração, o seu espírito, o seu amor, que adora totalmente, perfeitamente o Deus-Homem.
Eu nunca vi uma coisa mais grandiosa, mais singular do que estas adorações de Maria ao Verbo de Deus, que é o seu Filho, mas que ela sempre se lembra de que é o seu Deus. Nenhuma daquelas criaturas, que foram curadas ou convertidas por Jesus eu vejo virem adorar o seu Salvador, nem mesmo as mais amorosas, nem aquelas que, sem o perceberem estão sendo teatrais, sob o ímpeto do amor, nenhuma delas pode amar totalmente, mas sempre como umas criaturas às quais sempre falta alguma coisa para serem perfeitas. Maria ama mais do que uma criatura. Oh! É de fato a filha de Deus imune da culpa! Por isso é que pode amar assim!... E fico pensando no que é que o homem perdeu com o Pecado original... E fico pensando no que foi que Satanás nos roubou, ao fazer cair os nossos progenitores. Ele nos tirou essa capacidade de amar bem.
E, enquanto estou considerando estas coisas, olhando para a dupla perfeita, Jesus, tendo acabado de comer, deslizou de onde estava, indo assentar-se sobre a grama, aos pés de Maria, pondo sua cabeça sobre os joelhos dela, como faz um menino cansado e triste, que vai refugiar-se junto a única que o pode animar. E Maria o acaricia, passando a mão por sobre seus cabelos, e tocando de leve a fronte do seu Jesus. Parece que ela quer afugentar todos os cansaços e todos os sofrimentos que estão naquele seu Filho, com as suas carícias. Jesus fecha os olhos e Maria para de fazer aquelas carícias, ficando com a mão posta sobre os cabelos, olhando para sua frente, pensativa e imóvel. Ela talvez pense que Jesus quer dormir. Ele está muito cansado.

(de Jesus à Valtorta – O Evangelho como me foi Revelado, Vol. 7, pg. 348, 349

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