“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O REDENTOR


EU SOU O REDENTOR


Jesus se despede de Lázaro e revela quem Ele realmente é.

Diz Jesus:

Sabes tu quem Eu sou?
E agora Eu respondo: “ Eu sou o Redentor.” O Redentor deve consumar o sacrifício até á última imolação. Afinal, bem o podes crer. Aquele que vai ser levantado na cruz, e que vai ser exposto aos olhares e aos escárnios do mundo, não será um vivo, mas um morto. Eu já sou um morto. Morto pela falta de amor, muito mais do que pela tortura. E, ainda há mais uma coisa, meu amigo. Amanhã Eu, ao romper do dia, irei a Jerusalém. E tu ouvirás dizer que Sião aclamou como um triunfador ao rei manso que entrará nela cavalgando um jumentinho. Não te iludas por esse triunfo, e não te faça ele pensar que a Sabedoria, que te está falando, foi não sábia nesta plácida tarde. Mais rápido do que um astro, que risca o céu e desaparece por espaços desconhecidos, assim é que desaparecerá o entusiasmo popular, e Eu, daqui a cinco tardes, a esta mesma hora, começarei a ser torturado, depois de receber um beijo traiçoeiro, que abrirá as bocas que desde amanhã vão gritar hosanas, mas que em vozes ferozes e por entre blasfêmias pedirão a minha condenação.
Sim. Tu a terás finalmente, ó cidade de Sião, ó povo de Israel, terás o Cordeiro Pascal! Tu o terás nesse rito que vai acontecer. Ei-lo chegado. Será a Vítima preparada pelos séculos. Foi o Amor que a gerou, preparando para si um tálamo no qual não havia mancha. E o Amor a consome. Eis. É a Vítima consciente. Não é como o cordeiro que, enquanto o açougueiro afia a faca para degolá-lo, ele ainda está pastando as ervas do prado, ou, sem saber de nada, está batendo contra o mamilo redondo de sua mãe.
Mas Eu sou o Cordeiro que, consciente diz: “ Adeus! Para a vida, para a Mãe, para os amigos e vai até o sacrificador, de diz: “ Eis-me aqui! Eu sou o alimento do homem.”
Satanás faz parecer uma fome, que nunca é saciada. E que não pode saciar. Só um alimento há que a sacia, porque ele tira aquela fome. E aquele alimento, ei-lo aqui. Eis aqui, homem, o teu pão. Eis aqui o teu vinho. Consome a tua Páscoa, ó Humanidade!
Atravessa o teu Mar Vermelho, que assim está por causa das chamas satânicas. Tingido com o meu sangue, tu o passarás, ó raça humana, preservada do fogo infernal. Tu podes passar. Os Céus, atendendo aos meu desejos já começaram a entreabrir as portas eternas, Olhai, os espíritos dos mortos! Olhai, ó homens que viveis! Olhai, ó almas que sereis incorporadas nos futuros! Olhai, ó anjos do Paraíso. Olhai, ó demônios do Inferno! Olha ó Pai! Olha, ó Paráclito! A Vítima está sorrindo. Ela não chora mais.
Tudo já foi dito. Adeus, meu amigo. A ti também. Pois Eu não te verei antes da morte. Demo-nos o beijo do adeus. E não fiques duvidando. Eles te dirão: “ Ele era um louco! Era um demônio! Era um mentiroso. Morreu, enquanto vivia dizendo que Ele era a Vida. A eles, e especialmente a ti mesmo, responde: “ Era e é a Verdade, era a Vida. E é o vencedor da Morte. Eu o sei. Ele não pode ser o eterno Morto. Eu o espero. E não se consumirá todo o óleo da lâmpada, que o amigo tem pronta para alumiar o mundo, que foi convidado para as núpcias do Triunfador, quando Ele, o Esposo, voltar. E a Luz, desta vez não poderá mais se apagar.” Acredita nisso, Lázaro. Obedece ao meu desejo. Escutaste este rouxinol como está cantando, depois de ter se calado, por causa do barulho do teu pranto? Também, tu, faze assim. Que a tua alma depois do inevitável pranto sobre o Morto, cante o canto firme de tua fé. Que sejas abençoado. Pelo Pai, pelo Filho e o Espírito Santo.


( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol 9, pgs 298,299,300) 

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