UM DIÁLOGO ENTRE O
PRECURSOR E O SALVADOR
Diz
João Batista:
"Eu vou morrer. Mas como um pai se preocupa
com seus filhos, eu me preocupo com os meus discípulos. Os meus discípulos...
Tu és Mestre e sabes como para com eles é vivo em nós o amor. A única pena que
eu tenho ao morrer é o temor de que eles se percam, como ovelhas sem pastor.
Recolhe-os, Tu. Eu te entrego os três que já são teus e que me foram perfeitos
discípulos, à espera de Ti. Neles, e especialmente em Matias, está realmente
presente a Sabedoria. Outros tenho. E a Ti virão. Mas a estes, deixa que eu os
confie a Ti pessoalmente. São os três mais queridos".
Diz Jesus:
“E Eu também os considero queridos. Vai tranquilo,
João. Eles não se perderão. Nem estes nem os outros que tens, verdadeiros
discípulos. Eu recolho a tua herança e a velarei como o tesouro mais caro,
vindo de perfeito amigo meu e servo do Senhor". João se prostra por
terra e, o que parece impossível em tão austero personagem, chora com fortes
soluços de alegria espiritual. Jesus pousa a mão sobre a cabeça dele. "O
teu pranto, que é de alegria e humildade é o eco de um canto longínquo, ao som
do qual o teu pequeno coração pulou de júbilo. São, aquele canto e este pranto,
o mesmo hino de louvor ao Eterno que "fez grandes coisas, Ele que é
poderoso, nos espíritos humildes". Também minha Mãe está para entoar de
novo o seu canto, já cantado então. Mas depois, também para Ela virá a maior
glória, como para ti, depois do martírio. Eu te trago também as saudações Dela.
Todas as despedidas e todos os confortos. Tu o mereces. Aqui não há mais do que
a mão do Filho do homem, que está sobre a tua cabeça, mas, do Céu aberto, desce
a Luz e o Amor a abençoar-te, João".
( O
Evangelho como me foi revelado – Maria Valtorta, Vl 2, pgs .425.)
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