Revelações particulares
feitas por Jesus Cristo à confidente colombiana Catalina Rivas, sobre os fatos
de Sua Paixão, Crucifixão e Morte na Cruz
DEUS PAI
. . .Vejo trêmulo, lá embaixo, na penumbra do
Getsêmani, o Meu Filho que, descido do Céu, tomou a forma e a substância dessa
Minha criatura, que pensa e pensou que podia se rebelar contra seu Criador. O
homem, aquele homem só e aflito, é a vítima designada e, como tal, deve lavar
com Seu próprio Sangue a humanidade toda que representa. Estremece e se
horroriza, ao sentir-se coberto, até ver-se dominado, pela inconcebível massa
de pecados que deve tirar das negras consciências de milhões e milhões de criaturas
sujas.
. . . Pobre Filho Meu, o Amor Te levou a isto e Tu
agora estás amedrontado. Quem deverá glorificar-Te no Céu quando, radiante,
fizeres Teu ingresso nele? Poderá alguma criatura oferecer-Te um louvor digno
de Ti? um amor digno de Ti? E o que é o louvor e o amor de um homem, de milhões
de homens, comparado ao Amor com que Tu aceitaste a mais tremenda das provas
que jamais poderá existir na terra?
Não, Filho amado, ninguém poderá igualar-Te em
amor, senão Teu Pai, senão Eu que, em Meu Espírito de Amor, posso louvar-Te e
amar-Te pelo Teu sacrifício daquela noite.
. . . Amadíssimo Filho Meu, em quem coloco toda
Minha complacência, alcançaste o paroxismo da morte sobrevivendo na agonia
amarguíssima do Horto. Tu chegaste, na esfera de Tua Humanidade verdadeira e
completa, ao cume da grande paixão que pode ter um coração humano: sofrer pelas
ofensas feitas a Mim; mas sofrer por elas com o amor puríssimo e intenso que há
em Ti.
Tocaste, se bem que com tremor, o limite pelo qual
a Humanidade deveria alcançar a Redenção completa. Tu, Filho adorado,
conquistaste, com suor de Sangue, não somente as almas de Teus irmãos, mas
ainda mais, a Tua Glória pessoal, que devia elevar-Te a Ti, homem, a Mim, Deus
como Tu.
. . . Tu impeliste em Mim a mais perfeita justiça e
o mais perfeito Amor. Então representavas a Escória do mundo e o fazias por Tua
aceitação voluntária e livre. Agora és, entre todos, a honra e a Glória e Minha
alegria. Não eras Tu quem Me ofendia, não Tu. Tu sempre foste Meu Filho amado
em Quem coloquei Minha complacência. Não eras Tu a Escória, porque, até então,
eu Te via como sempre Te vi: Minha Luz, Minha Palavra, isto é, justamente Eu
Mesmo.
Filho, que tremeste e sucumbiste por Minha honra,
Tu mereceste que Teu Pai Te faça conhecido no mundo; neste mundo cego que Nos
ofende e que, contudo, Nos é tão querido!
. . . Ah, Filho amadíssimo, Eu Te vejo e Te verei
sempre naquela noite de Tua amargura, e Te tenho sempre presente. Por Teu Amor,
estou reconciliado às criaturas com as criaturas. E então, não podias erguer
para Mim Teu rosto, tão coberto estava de suas culpas. Agora, para alegrar-Te,
faço com que levantem seus rostos para Nós, para que, vislumbrando Tua Luz,
tornem-se presas de Nosso amor.
. . . Agora, Meu Filho, sempre tão amado, farei o
que Te disse quando estavas na sombra do Getsêmani e serão grandes coisas para
alegrar-Te e dar-Te honra...
Sem comentários:
Enviar um comentário