Santuário de Fátima - Portugal
A voz da Igreja
Diz Deus:
A primeira repreensão iniciou, como acabei de
dizer, com a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos. Fortalecidos pelo meu
poder, iluminados pela sabedoria do amado Filho, receberam a plenitude do
Espírito Santo. Este, que é uma só coisa comigo e com meu Filho, repreendeu
então o mundo pela boca dos apóstolos através da mensagem de Cristo. Por tal
forma eles, e os sucessores que ouviram a Verdade, repreendem o mundo. É a
mesma perene repreensão, sempre feita ao mundo pelas Escrituras Sagradas e
pelos meus servidores. Coloco o Espírito em seus lábios e eles dizem a verdade,
da mesma forma como o demônio se põe na boca dos seus asseclas, que
pecaminosamente vão pelo rio do pecado. É a mesma doce e contínua repreensão
realizada por mim com imenso amor pela salvação humana. Não se pode dizer:
"Ninguém me chamou a atenção"! A todos foi mostrada a verdade sobre o
vício e a virtude, sobre os frutos da virtude e as consequências do pecado.
Para que odiassem o mal e amassem o bem, a todos foi oferecido o amor e o santo
temor. Nem foi um anjo a lhes revelar a mensagem da Verdade, de modo que
pudessem escusar-se dizendo: "O anjo é um espírito feliz, não padece, não
sente as fraquezas da carne como nós ou o peso do corpo". Não, não podem
falar assim, pois enviei-lhes o Filho, homem mortal como vós.
E os demais seguidores do meu Filho, como eram? Criaturas
mortais e passíveis como vós, sujeitos às lutas da carne contra o espírito.
Assim aconteceu com o glorioso apóstolo Paulo, assim com os outros santos. Cada
um deles, a seu modo, sofreu as tentações da sensibilidade. Permiti e ainda
permito essas dificuldades para o crescimento da graça e das virtudes nas
almas. Como vós, os santos nasceram no pecado, nutriram-se do mesmo alimento
(eucarístico). Também eu sou o mesmo Deus daquelas épocas; meu poder não
diminuiu. Posso, quero e sei socorrer a quem deseja ser por mim socorrido.
Assim os pecadores abandonam o rio do pecado e vão pela ponte, vivendo a
mensagem de meu Filho.
(do Livro O Diálogo – Santa Catarina de Sena)
Sem comentários:
Enviar um comentário