Hoje
o escritório ligou, perguntando se houve algum investimento no ano que passou,
para constar no meu Imposto de Renda, e de repente me dei conta de que eu só
tenho a minha casa, que levei 25 anos para pagar à Caixa Econômica Federal. Um
grande sentimento de felicidade me dominou, porque eu sempre quis ter somente o
necessário para sobreviver. Sei que a felicidade está na simplicidade, na
pobreza, na mansidão de se satisfazer com pouco, sem a ganância nos assolando a
consciência. Não sou pobre, tenho muito mais do que preciso, mas não sou rico,
porque não posso ter o que eles tem, mas sou feliz assim, e agradeço a Deus por
me ter dado uma companheira com este mesmo pensamento.
Quantas
lembranças boas carregamos de nossa infância. Quando chegava a páscoa, a cada
ano que passava, eu me irritava de não ter visto o coelhinho da páscoa botar o
ovo em baixo de minha cama. Até que um belo dia, comecei a pensar que não era
possível ser um coelhinho, porque o ovo era grande demais para ser botado por
uma criatura tão pequena. A malícia chegou com o passar dos anos, e os doces
anos da minha infância ficaram para traz. Como é bom ser criança, inocente, sem
malícia, somente com a alegria de viver e a curiosidade de ver e saber das
belezas que Deus criou ao nosso redor.
Antonio C. Calciolari
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