OS APÓSTOLOS COMENTAM SOBRE O
ÓDIO DOS JUDEUS CONTRA JESUS
Os apóstolos estão de tal modo preocupados pela ideia de o ódio
dos inimigos não ter ainda chegado a seu fim, que nem falam mais, de algum
tempo para cá. Depois Tomé se volta de novo para Zelotes dizendo: “E, então, se
eles não estão ébrios, nem são uns estultos, se o ódio deles explica tantas
coisas, mas não esta, que é que ele explica? Que é que são eles? Isto não
disseste.”
“Que são? São uns possessos. Aquilo que eles dizem dele, eles é
que são. Isto é o que explica o seu furor, que não conhece pausa, que pelo
contrário, cresce sempre mais, e mais se evidencia o seu poder. Falou bem
aquele samaritano. Em Jesus, Filho do Pai e de Maria, Homem e Deus, está a
infinidade de Deus. E infinito é o ódio, que separa, e essa infinidade perfeita
se opõe, mesmo quando sem ser sem limite, o ódio não é perfeito em suas ações.
Mas, se o ódio pudesse chegar ao abismo da perfeição, este é que desceria para
poder tocar nele, para fazê-lo saltar depois, pela sua própria veemência da sua
queda no abismo do Inferno, para o Cristo, a fim de feri-lo com todas as armas
arrancadas do abismo infernal.
O firmamento controlado por Deus, tem apenas um sol. Ele se
levanta, emite seus raios, e depois desaparece, deixando seu lugar para outro
sol menor, que é a lua, e esta, depois de ter emitido seus raios ao redor de
si, some no acaso, para dar lugar ao sol. Os astros ensinam muito aos homens,
pois eles se sujeitam aos desejos do Criador. Mas os homens, não. E um exemplo
é este: esta vontade de se opor ao Mestre. Que aconteceria se a lua, um dia
pela manhã dissesse: “Eu não quero desaparecer, e volto pelo caminho já
feito.”? Certamente pareceria ir chocar-se contra o sol, com grande horror e
prejuízo por parte de toda a natureza criada. É isso o que querem fazer os que
querem despedaçar o sol...”.
“É a luta das trevas contra a Luz. Nós vemos esta luta cada dia
nas auroras luminosas e nas tardes que vão escurecendo. Essas duas forças que se
contrastam, que tomam cada um por sua vez, o domínio da terra. Contudo as
trevas são sempre vencidas, porque elas nunca são completas. Um pouco de luz
sempre paira no ar, mesmo mas noites mais privadas da luz dos astros. Parece
que o ar, por si mesmo a crie nos infinitos espaços do firmamento, e a difunda,
ainda que seja muito pouca, para persuadir os homens de que os astros não estão
apagados. E eu digo que igualmente nestas trevas particulares do Mal contra a
Luz, que é Jesus sempre, não obstante todo o esforço da trevas, a luz estará
confortando os que crêem nela”, diz João, sorrindo por esse seu pensamento, e
recolhido em si mesmo, como se estivesse falando sozinho.
(de Jesus à Valtorta, Vol. 7, pgs. 387 e 388)
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