“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O PODER DA FÉ


O PODER DA FÉ

Obs: Depois do milagre da multiplicação dos grãos de trigo nas planícies de José de Arimatéia, os quais foram divididos entre todos os camponeses por um gesto de caridade do proprietário, Jesus começa a falar com os empregados.


Jesus fala:

“Aqui já pudestes ficar conhecendo que a fé pode multiplicar os grãos, quando este desejo nasce de um desejo de amor. Mas não limiteis a vossa fé somente às necessidades materiais. Deus criou o primeiro grão de trigo e, desde aquela hora, o trigo vem soltando espigas para o pão dos homens. Mas Deus criou também o Paraíso, e este está à espera de seus cidadãos. Ele foi criado para aqueles que vivem na Lei, e permanecem fiéis, não obstantes as provas dolorosas da vida. Tende fé, e conseguireis conservar-vos santos, com o auxilio do Senhor, assim como José consegui distribuir o trigo em dupla medida, para fazer-vos duas vezes felizes e confirmar na fé os seus servos. Em verdade, em verdade Eu vos digo que, se o homem tivesse fé no Senhor, nem mesmo as montanhas, fincadas com suas vísceras na rocha do chão, poderiam resistir, mas ao comando de quem tem fé no Senhor elas se deslocariam.
Tendes vós fé em Deus?”, pergunta Ele, virando-se para todos.
“Sim, Senhor!”
“Para vós quem é Deus?”
“O Pai Santíssimo, como ensinam os discípulos do Cristo.”
“E o Cristo, quem é para vós?”
“O Salvador. O Mestre. O Santo.”
“Somente isso?”
“O Filho de Deus. Mas não é preciso dizer isso, porque os fariseus nos perseguem se o dissermos.”
“Mas vós credes que Ele o seja?”
“Sim, Senhor.”
“Pois bem! Crescei na vossa fé, mesmo que vós vos calásseis, as pedras, as plantas, as estrelas, o solo, todas as coisas proclamariam que o Cristo é o verdadeiro Redentor e Rei. Elas o proclamarão na hora da sua assunção, quando Ele estiver na púrpura santíssima, e com a coroa da Redenção. Felizes daqueles que souberem crer muito desde agora, e mais ainda o crerem naquela hora, e tiverem fé no Cristo, e a vida eterna por isso.
Tendes vós essa fé inabalável no Cristo?”
“Sim, ó Senhor. Ensina-nos onde Ele está, e nós lhe pediremos que aumente a nossa fé para assim sermos felizes.”
E a última parte da oração, fazem-na, não somente os pobres, mas também os servos, os apóstolos e José.
“Se tiverdes tanta fé do tamanho de um grãozinho de mostarda, essa fé vós a tereis em vosso coração como uma pérola preciosa, para que ela não seja roubada por nenhuma razão humana, ou sobre-humana, ou malvada, e, então, podereis dizer todos àquela amoreira gigante, que faz sombra ao poço de José: “Arranca-te daí, e vai transplantar-te entre as ondas do mar.”
“Mas o Cristo onde está? Nós o estamos esperando para sermos curados. Os discípulos não nos curaram, mas nos disseram: “Ele o pode”. Quereríamos ficar sãos para podermos trabalhar”, dizem os homens doentes ou sem destreza.
“E credes que o Cristo o possa fazer?”, diz Jesus, fazendo um sinal a José para que não diga que Ele é o Cristo.
“Nós cremos. Ele é o Filho de Deus. Tudo pode.”
“Sim, Tudo pode... e tudo quer.”, grita Jesus, estendendo imperiosamente o braço direito, e abaixando-o como para jurar. E termina com um forte grito: “E assim seja feito, para a glória de Deus!”
E faz sinal de querer virar-se para a casa, mas os curados, uns vinte, gritam e correm ao encontro dele, fechando-o em um entrelaçamento de mãos estendidas, tocando nele, bendizendo-o, procurando suas mãos e suas vestes para beijá-las e acariciá-las. Eles o separam de José, de todos...
E Jesus sorri, acaricia, abençoa... E vai-se livrando lentamente. Ainda acompanhado, até que desaparece na casa, enquanto os hosanas sobem para o céu, que já se vai tornando arroxeado, com o começo do crepúsculo.


(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs.323 a 325)

Sem comentários:

Enviar um comentário