“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

UM SEIO SEM MÁCULA


               Para ser a Mãe de Deus, tinha que ser obrigatoriamente Santa, Santíssima


UM SEIO SEM MÁCULA

16 de agosto de 1944.

 Jesus diz: 

“Hoje escreve apenas isto. A pureza, na sua expressão máxima, tem um tal valor que torna o seio de uma criatura capaz de conter o que não podia ser contido”. A Santíssima Trindade desceu com a sua perfeição em um pequeno espaço, habitando-o com as suas Três Pessoas, encerrando lá o seu Infinito, sem diminuir-se com isso, pois o amor da Virgem e a vontade de Deus dilataram este espaço até transformá-lo num Céu. Eis como essas características se manifestaram:  Assim como no sexto dia, o Pai recria a Criatura, tendo uma “filha” digna e verdadeira, feita à sua perfeita semelhança. 
A imagem de Deus estava estampada em Maria de tal modo que só no Primogênito do Pai lhe era superior. Maria pode ser chamada a “segundo-gênita” do Pai porque, pela perfeição que lhe foi dada e sabida conservar, por dignidade de esposa e mãe de Deus e também de Rainha do Céu, vem depois do Filho do Pai no seu eterno Pensamento, que “ab aeterno” nela se compraz; o Filho, sendo também para ela “Filho” ensinando-a, por mistério de graça, a sua verdade e sabedoria quando ainda não era mais que um embrião que lhe crescia no ventre; o Espírito Santo, aparecendo entre os homens por uma antecipada Pentecostes, por uma prolongada Pentecostes, Amor “naquela que amou”, consolação dos homens, pelo fruto do seu ventre, santificação, pela maternidade do Santo. Deus, para manifestar-se aos homens, da forma nova e completa que inicia a era da Redenção, não escolheu para seu trono um astro do céu, nem o palácio real de um poderoso. Não quis nem mesmo as asas dos anjos como base para seus pés. Quis um seio sem mácula. 
Eva também tinha sido criada sem mancha. Mas espontâneamente quis corromper-se. Maria, tendo vivido num mundo corrupto (Eva, ao contrário, vivera num mundo puro) não quis prejudicar a sua inocência nem mesmo com um pensamento voltado ao pecado. Sabia que o pecado existe. Viu os vultos diversos e horríveis. Viu todos, até o mais horrendo vício: o deicídio. Mas os conheceu para expiá-los e ser, eternamente, aquela que tem piedade dos pecadores e ora por suas redenções.
 Este pensamento será introdução a outras coisas santas que darei para teu conforto e de muitos outros”.


(De Jesus à Valtorta, Vol. 1)

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