REDIMIR OS QUE PRECISAM SER REDIMIDOS
Lembrai-vos,
ó vós de Israel, de que não há ninguém, ainda que fosse o idólatra mais
afastado de Deus, por sua religião idolátrica, ainda que fosse o mais pagão
entre os pagãos, ele não estaria absolutamente privado de um traço de sua
origem. Lembrai-vos, ó vós, que errastes, ao afastar-vos da justa Religião,
descendo a uma mistura de sexos que a nossa Religião condena e, ainda que vos
pareça que o que era Israel já morreu em vós, e morreu sufocado pelo amor a um
homem de fé e raça diferente, morto não está. É alguém que ainda está vivo. É
Israel. E vós tendes o dever de soprar sobre esse fogo que está morrendo, de
sustentar a labareda, que subsiste ainda por vontade de Deus, para fazê-la
crescer acima do amor carnal. Este acaba com a morte. Lembrai-vos disso. E vós,
vós, quem quer que sejais, que estais vendo, e muitas vezes ficais
horrorizados, ao verdes os híbridos conúbios de filhas de Israel com alguém de
outra raça ou de outra fé, lembrai-vos que tendes a obrigação, o dever de
ajudar com caridade a irmã extraviada, para que ela reencontre os caminhos do
Pai. Esta é a nova Lei, santa e agradável ao Senhor: que os seguidores do
Redentor redimam onde houver alguém para ser redimido, a fim de que Deus sorria
pelas almas que voltam à casa Paterna, e para que não fique estéril ou muito
vilipendiado o sacrifício do Redentor. Para fazer que muita farinha fermente, a
dona de casa toma um pouquinho da massa feita na semana que passou. Oh! Apenas
uma migalha é tirada da grande quantidade de massa. E ela a enterra na montanha
de farinha e conserva tudo isso ao abrigo dos ventos contrários, à temperatura
morna e propícia da casa. Fazei assim, vós, que sois seguidores do Bem, fazei
assim vós, ó criaturas, que vos afastastes do Pai e do seu Reino. Dai vós, por
primeiro, uma migalha do vosso fermento para aumentar e ajudar as moléculas da
justiça que ainda subsistem nelas. E vós e elas conservai o fermento novo ao
abrigo dos ventos contrários do Mal, na temperatura agradável da Caridade,
conforme o vosso estado: se ela é que manda em vós como senhora, ou se ainda se
esforça para estar viva em vós, por mais que já esteja moribunda. Fechai ainda
as paredes da casa de uma falta de religião a respeito daquilo que está
fermentando no coração a uma pessoa que tem a vossa mesma fé, mas está tão
desviada, que se sinta ainda amada por Israel, ainda filha de Sião e irmã
nossa, para que assim fermentem todas as boas vontades e venha às almas e para
as almas todas o Reino dos Céus.”
“Mas, quem
é? Mas, quem é?”, perguntam as pessoas, que não estão mais com pressa de
passar, mesmo que a ponte já esteja livre, e também de continuar a viagem,
depois de já a terem atravessado.
“É um
rabi.” “Um rabi de Israel.”
“Quem? Aqui nos confins da Fenícia? É a primeira vez que isto
acontece!”
“No
entanto, assim é. Aser me disse que Ele é aquele a quem chamam o Santo.”
“Então, talvez esteja procurando refugiar-se entre vós, porque lá o estão
perseguindo.”
“Eles são como
certos répteis!”
“Que bom
que Ele venha para o meio de nós. Fará milagres...”
Enquanto
isso, Jesus se afastou, tomou um caminho através dos campos, e lá se vai.
(O
Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 4)
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