“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

domingo, 27 de setembro de 2015

MARIA A OBRA PERFEITA DO CRIADOR


MARIA A OBRA PERFEITA DO CRIADOR


Diz Maria:

“Minha humildade não podia deixar-me pensar que tanta glória me estivesse reservada no Céu. O meu pensamento era a quase certeza de que minha carne humana, tornada santa por ter trazido Deus, não teria conhecido a corrupção, porque Deus é vida e, quando satura e enche de si mesmo uma criatura, esta sua ação é como um aroma preservador da corrupção, que segue à morte.
Eu, não somente havia ficado imaculada, não só tinha ficado unida a Deus, com um casto e fecundo abraço, mas fiquei saturada, desde as profundezas do meu ser com as emanações da Divindade escondida no meu seio, e aguardando a hora de revestir-se de carnes mortais. Mas que a bondade do Eterno tivesse reservado para a sua serva a alegria de sentir em seus membros o tocar as mão do meu Filho, o seu abraço. O seu beijo, e ouvir de novo com os meus ouvidos, a sua voz, de ver com os meus olhos o seu rosto, isso eu não podia pensar que me ia ser concedido, nem eu o desejava. Ter-me-ia bastado que essas felicidades fossem concedidas ao meu espírito e com isso estaria já cheio de grande felicidade o meu ser.
Mas como testemunho do seu primeiro pensamento criativo a respeito do homem por Ele, o Criador, destinado a viver, passando sem morte do Paraíso terrestre para o Celeste, Deus me quis no Reino Eterno, com a alma e corpo, logo que cessasse a minha vida terrena. Eu sou a testemunha certa do que Deus havia pensado e querido para o homem: uma vida inocente, que não soubesse o que são as culpas, uma passagem tranqüila desta vida para a Vida Eterna, para a qual, para alguém que passa a soleira de uma casa, para entrar em um palácio real, o homem, com o seu ser completo, feito de um corpo material e de uma alma espiritual, teria passado da Terra ao Paraíso, aumentando a perfeição do seu eu, a ele dada por Deus, com uma perfeição completa, da carne e do espírito que na mente Divina estava destinada a todas as criaturas que tivessem ficado fiéis a Deus e à Graça. Era uma perfeição, que teria sido aumentada, diante da luz plena que há nos Céus, e que os enche, provinda de Deus, que é o Sol Eterno, e que os ilumina.
Diante dos Patriarcas, dos Profetas e dos Santos, diante dos Anjos e dos Mártires, Deus me colocou elevada em corpo e alma na Glória do Céu, e disse:
“Eis aqui a obra perfeita do Criador. Eis o que Eu criei à minha mais verdadeira imagem e semelhança entre todos os filhos do homem, fruto de uma obra-prima Divina e criativa, maravilha do Universo, que vê, incluso em um só ser, o divino no espírito eterno, como Deus, e espiritual como Ele, inteligente, livre, santo, e a criatura material na mais inocente e pura das carnes, e para a qual todos os outros viventes, dos três reinos da criação, são obrigados a inclinar-se.
Eis o testemunho do meu amor para com o homem, ao qual Eu quis dar um organismo perfeito e uma sorte feliz de vida eterna no meu Reino.
Eis o testemunho do meu perdão ao homem, ao qual, pela vontade do Amor Trino, concede a reabilitação e uma nova criação diante de meus olhos. Esta é a mística pedra de toque, e o anel de união entre o homem e Deus, esta é aquela que nos faz lembrar dos tempos nos primeiros dias, e dá aos meus olhos divinos a alegria de contemplar uma Eva como Eu criei, e que agora se tornou mais bela e santa, porque é Mãe do meu Verbo e porque é Mártir do maior dos perdões.
Pelo seu Coração Imaculado, que nunca conheceu mancha alguma, nem mesmo a mais leve, Eu abro os tesouros dos Céus e, por sua cabeça, que nunca conheceu soberba e, por isso, do meu fulgor Eu faço uma grinalda, e a corôo, pois para Mim Ela é Santíssima, a fim de que possa ser vossa Rainha.
No Céu não há lágrimas. Mas, em lugar do alegre pranto, que teriam tido os espíritos, se a eles fosse permitido o choro, pois para Mim ele não é mais do que um humor que pinga, espremido por alguma emoção, o que houve, depois destas divinas palavras, foi um cintilar de luzes, uma mudança de cores, dos resplendores em outros esplendores mais vívidos, um arder de incendiados de caridade em um fogo ainda mais ardente, um insuperável e indescritível som de celestes harmonias, às quais se uniu a voz do meu Filho, em louvor a Deus Pai e à sua Serva, bem-aventurada para sempre.”

(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 10, pg. 495, 496, 497)



OBS: Existem vários textos na obra de Valtorta, que nenhum filósofo ou escritor por mais inteligente que seja, seria capaz de escrever, algo tão profundo e extremamente inteligente. Nota-se que não é uma mensagem provinda de um simples homem, mas de uma inteligência que nos supera. Este texto acima, onde Deus se expressa para falar de Nossa Senhora é um destes textos, assim como vários na Bíblia, totalmente inspirados, ou eu diria sobrenaturalmente intenso.
Desde que comecei a ler a Bíblia, na minha juventude, sempre tive esta percepção de estar lendo palavras inspiradas, que me tocavam o coração, e me sentia bem com isso. Me dava paz interior. Com os escritos de Maria Valtorta acontece o mesmo -- em muitas passagens dos livros eu me emocionei, porque não é fácil ficar indiferente, ou conter-se, diante das Palavras do Verbo de Deus.
A verdade toca na alma daqueles que tem boa vontade. Espero que vocês leitores, tenham o mesmo sentimento de paz quando lerem as palavras inspiradas, provindas de nosso Pai quando se depararem com elas.

A Paz de Jesus.

Sem comentários:

Enviar um comentário