“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU


A ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU

“Vinde aqui. Vós perto do Senhor, que tinha vindo do Céu, inclinados sobre o aniquilamento dele, vós aqui perto do Senhor, que vai voltar ao Céu, com vossos espíritos jubilosos pela sua glorificação. Vós merecestes este lugar, porque soubestes crer, contra todas as circunstâncias desfavoráveis, e soubestes sofrer pela vossa fé. Eu vos agradeço pelo vosso amor fiel.
A todos vós Eu agradeço. A ti, meu amigo Lázaro. A ti, Jose, e ti, Nicodemos, piedosos para com o Cristo, mesmo quando ser assim podia ser ainda um grande perigo. A ti, Manaém, que soubeste desprezar os sujos favores de um imundo, para vires caminhar pelo meu caminho. A ti, Estêvão, coroa florida de justiça, que deixaste o que é imperfeito pelo perfeito, e serás coroado com uma coroa que ainda não conheces, mas que os anjos te anunciarão. A ti, João, que por pouco tempo foste irmão, quando Eu estava no seio puríssimo, e quando vim à luz, mais do que à vista. Tu, Nicolau, que como prosélito, soubeste consolar-me da dor que me infligiram os filhos desta Nação.
E vós, discípulas boas e fortes, pela vossa doçura, superior à de Judite.
E tu, Marziam, meu menino, e que de agora em diante, tomas o nome de Marcial, como lembrança do menino romano, morto na estrada e posto na cancela de Lázaro, com um cartaz de provocação, onde estava escrito: “E agora vai dizer ao Galileu que te ressuscite, pois Ele é o Cristo, e se ressuscitou.” Ele foi o último dos inocentes, que na Palestina perderam a vida, para servirem a Mim, ainda que inconscientemente, e como prêmio para todos os inocentes de todas as nações que, por terem ido para o Cristo, serão por isso odiadas e extintas antes do tempo, como uns botões de flores, arrancados dos pedúnculos antes de se abrirem em flores. E, que este nome, ó Marcial, te mostre o teu destino futuro, que sejas apóstolo nas terras bárbaras, e as conquistes para o Senhor, como o meu amor conquistou o menino romano para o Céu.
Todos, todos vós, abençoados por Mim neste adeus, invocando para vós do Pai, a recompensa para aqueles que consolaram o Filho do Homem em seu doloroso caminho.
Bendita seja a Humanidade, em sua parte mais escolhida, que está tanto nos judeus, como nos gentios, e que se manifestou no amor, que ela teve para comigo.
Bendita seja a Terra, com as suas águas e seus climas, por seus passarinhos e os animais que muitas vezes superaram o homem ao prestarem conforto ao Filho do Homem.
Bendito és tu, ó sol, e tu, ó mar, e vós, montes, colinas, planícies.
Benditas vós, ó estrelas, que fostes minhas companheiras na oração noturna e na dor. E tu, Lua, que me iluminaste quando eu andava em minha peregrinação de evangelizador.
Todas, todas benditas, ó vós, criaturas obras do meu Pai e minhas companheiras nas horas mortais, amigas daquele que tinha deixado o Céu, para vir tirar da atribulada Humanidade as dores pela culpa que a separou de Deus. E benditos sejam também os vossos instrumentos inocentes, usados em minha tortura: os espinhos, os metais, a madeira, os cânhamos retorcidos, porque me ajudastes a cumprir a vontade do meu Pai”.
Que voz trovejante tem Jesus! Ela de espalha pelo ar, tépida e tranqüila, como a voz de um bronze, que ressoa ao ser batido, e se propaga em ondas sobre o mar de rostos que olham para Ele, de todas as direções.
Eu digo que são umas centenas de pessoas as que estão ao redor de Jesus, que vai subindo com os seus mais diletos, indo para o cume do Monte das Oliveiras. Mas Jesus, tendo chegado perto do campo dos Galileus, que está sem tendas, neste período entre uma e outra festa, ordena aos seus discípulos: “Fazei que o povo pare onde está, e vós, segui-me!”
Ele sobe ainda, até o ponto mais alto do monte, o que está já mais perto de Betânia, que Ele já está vendo lá do alto, mas não de Jerusalém. Perto de Jesus estão: sua mãe, os apóstolos, Lázaro, os pastores e Marziam. Mais adiante em semicírculo, entretendo a multidão dos fiéis, estão outros discípulos.
Jesus está em pé, sobre uma grande pedra um tanto saliente e esbranquiçada, no meio da erva verde de uma clareira. O sol a cobre de luz, fazendo que fique branca como a neve sua veste, e reluzindo como ouro os seus cabelos. Seus olhos cintilam, com uma luz divina.
Ele abre os braços, em gesto de abraço. Parece querer apertar contra o seu peito todas as multidões da terra, que o seu espírito vê representadas por aquela turba.
Sua inesquecível e inimitável voz dá a última ordem: “Ide! Ide em meu Nome evangelizar os povos até os extremos confins da terra. Deus esteja convosco. O seu amor vos conforte, a sua luz vos guie, e sua paz esteja em vós, até a vida eterna.”
Ele se transfigura em beleza. Está mais belo do que esteve sobre o Monte Tabor. Caem todos de joelhos, adorando. E Ele, enquanto já começa a se elevar da pedra onde estava, procura mais uma vez o rosto de sua Mãe, e o seu sorriso chega até um ponto, ao qual ninguém poderá chegar. É o seu último adeus à sua Mãe. E Ele sobe... vai subindo... O sol que ainda está livre para poder beijá-lo, agora que nenhuma ramagem, mesmo rala, pode interceptar os seus raios, atinge com os seus fulgores ao Deus-Homem, que sobe com seu Corpo Santíssimo para o Céu. E as suas chagas gloriosas resplendem como uns rubis vivos. E tudo mais torna o ar cheio de um sorriso como uma luz com um brilhar de pérolas... É verdadeiramente a luz que se manifesta por aquilo que é, neste último instante, como aquela da noite de Natal.
Toda a natureza cintila, diante da luz do Cristo, ao encontro da luz que sobe... E Jesus Cristo, o Verbo de Deus, desaparece da vista dos homens, no meio deste oceano de resplendores.
Na terra só dois rumores se ouvem, dentro do silêncio profundo da multidão extática: o grito de Maria, quando Ele desaparece: “Jesus!”, e o pranto de Isaque. Os outros estão emudecidos, com um religioso espanto, e lá ficam, como quem espera, até que duas luzes angélicas e candidíssimas, em nossa forma mortal, aparecem dizendo as palavras que estão escritas no capítulo primeiro dos Atos dos Apóstolos.

(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 10, pgs. 419,420,421)



Capítulo primeiro dos Atos dos Apóstolos:

E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles de puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens Galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu o vistes ir.




OBS: Prestem muita atenção nestas palavras ditas pelos dois Anjos do Senhor. Assim como Jesus subiu aos Céus com Espírito Glorificado, assim também voltará a terra no final dos tempos, na sua segunda vinda. Jesus não virá em carne novamente, ou seja, como um ser humano. Não se enganem. Se alguém aparecer seja ele quem for, e dizer ser o Cristo, não tenham dúvidas de que será um mentiroso. E o Anticristo dirá exatamente isto. Que todos fiquem de sobre aviso.


Jesus quando ascendeu ao Céu, se despediu dos homens e de todas as suas criações.










                                                           A BELEZA VEM DE DEUS


Sem comentários:

Enviar um comentário