“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O REINO DE DEUS É PARA TODOS OS POVOS


JESUS NA CIDADE DOS PAIS DO APÓSTOLO FILIPE

O Reino de Deus é para todos os povos.


 Dirigem-se para a praça principal, onde Jesus já está começando a falar.
Lê-se no capítulo oitavo do segundo livro de Esdras isto que agora vou repetir-vos: “ Tendo chegado o sétimo mês... ( Jesus me diz: Não ponhas outra coisa. Estou repetindo integralmente as palavras do livro.”)
Quando é que um povo volta para sua pátria? Quando volta para as terras de seus pais. Eu venho para levar-vos de novo para as terras do vosso Pai, para o Reino do Pai. E Eu posso fazer isso, porque para isso é que Eu fui enviado. Eu venho, pois, para levar-vos para o Reino de Deus, e por isso é justo comparar-vos com os repatriados que chegaram com Zorobabel a Jerusalém, a cidade do Senhor, e é justo fazer convosco como o escriba Esdras fez com o povo reunido de novo do lado de dentro dos sagrados muros. Porque reconstruir uma cidade e dedicá-la ao Senhor, mas fazê-lo deixando de reconstruir as almas, que são como umas pequenas cidades de Deus, seria uma estultícia inominável.
Como reconstruir estas pequenas cidades espirituais, que tantas causas fizeram desmoronar? De que materiais iremos lançar mão para reconstruí-las sólidas, belas e duradouras? Os materiais estão nos preceitos do Senhor, os dez mandamentos, e vós os sabeis, porque Filipe, vosso filho e meu discípulo, vo-los fez recordar. Os dois santos, entre os santos preceitos são: “Ama a Deus com todo o teu ser. E ao próximo como a ti mesmo.” Nestes dois está o compêndio da Lei. E estes são os que Eu prego, porque com eles está assegurada a conquista do Reino de Deus. No amor é que se encontra a força de conservar-se santos, de se tornar santos, a força do perdão, a força do heroísmo nas virtudes. Tudo se encontra no amor.
Não é o medo que o salva. O medo do julgamento por Deus, o medo das sanções humanas, o medo das doenças. O medo nunca foi construtivo. Ele abala, tritura, desorganiza, arrebenta. O medo leva ao desespero, a buscar artifícios para esconder as malfeitorias, a temer, quando o temor é inútil, porque o mal já está em nós. Quem pensa, enquanto está são, em agir com prudência, por ter dó do seu corpo? Ninguém. Mas, logo que o primeiro arrepio da febre percorre as suas veias, ou uma mancha o faz pensar em doenças imundas, eis que então, vem o medo, com um tormento aliado da doença, como mais uma força desagregadora, em um corpo que a doença já começou a desagregar. O amor, pelo contrário, é construtor. Ele edifica, solidifica, mantém a compacidade e preserva. O amor nos leva a ter esperança em Deus. Ele nos leva a evitar fazer o mal. O amor nos leva a ser prudentes para com a nossa própria pessoa, que não é o centro do universo, como pensam e como agem os egoístas e os falsos amorosos de si mesmos, porque amam de si mesmos só uma parte: a menos nobre, com prejuízo da parte imortal e santa, e que sempre nós temos o dever de conservar sã, enquanto Deus não desejar o contrário, para poderem ser úteis a si mesmos, aos pais, à própria cidade e a toda nação.
É inevitável que venham as doenças. E não está dito que toda doença seja prova da existência de algum vício, ou uma punição. Há santas doenças, mandadas pelo Senhor aos seus justos, para que no mundo, que pensa que ele mesmo e tudo, é um meio de prazer, haja santos, que são como reféns de guerra, para a salvação dos outros, e que pagam pessoalmente, a fim de que seja expiada, com o seu sofrimento, que o mundo diariamente vai acumulando, e que terminaria desmoronando sobre a humanidade, sepultando-a sob a sua maldição. Estais lembrados do velho Moisés, orando, enquanto Josué combatia em nome do Senhor? Deveis pensar que, quem sofre com santidade, move a maior das ofensivas ao feroz guerreiro que está no mundo, escondido sob as aparências de homens e de povos: a Satanás, e, naquela ofensiva, ele se bate também por todos os outros homens. Mas, que grande diferença destas santas doenças, que Deus envia, daquelas que são mandadas pelo vício, por algum pecaminoso amor para com a sensualidade? As primeiras são provas da vontade benéfica de Deus para conosco. As segundas são provas da corrupção que vem de Satanás.
Porém, é necessário amar para ser santos, porque o amor cria, preserva, santifica.
Também Eu, anunciando-vos esta verdade, vos digo, como Neemias e Esdras: “ Este dia é consagrado ao Senhor nosso Deus. Nele não ponhais luto, não choreis.” Porque todo luto há de cessar, quando se vive o dia do Senhor. Com a aspereza da morte, porque da perda de um filho, de um esposo, de um pai, de uma mãe ou irmãos, vem apenas uma separação temporária e limitada. Temporária, porque ela cessa com a nossa morte. Limitada, porque se limita ao corpo, aos sentidos. A alma nada perde com a morte do parente falecido, pelo contrário, com isso, não fica limitada a liberdade que fica somente em uma das partes: a de nós que ainda ficamos vivos com nossas almas encerradas na carne, enquanto que a outra parte, a que já passou para a segunda vida, goza da liberdade e do poder de velar por nós, e de conseguir para nós, muito mais do que quando ela vos amava, ainda encerrada no cárcere do corpo.
Eu vos digo, como Neemias e Esdras: “ Ide comer carnes gordas e beber vinho doce, e mandai porções disso aos que disso não têm, pois hoje é dia consagrado ao Senhor, e por isso nele ninguém deve sofrer. Não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor, que está entre vós, é a força de quem recebe a graça do Senhor Altíssimo dentro dos seus próprios muros, em seus próprios corações.
Vós não podeis mais fazer os Tabernáculos. O tempo deles já passou. Mas erguei tabernáculos espirituais em vossos corações. Subi ao monte, Isto é, crescei na Perfeição. Colhei ramos de oliveiras, de mirto, de palmeiras, de carvalho, de hissopo, de toda planta bela. Ramos das virtudes da paz, da pureza, do heroísmo, da mortificação, de todas as virtudes. Ornai o vosso espírito, celebrando a festa do Senhor. Os seus Tabernáculos vos esperam. Os seus. E são belos, santos, eternos, abertos a todos aqueles que vivem no Senhor. E junto comigo, hoje, proponde fazer penitência pelo passado, proponde começar uma vida nova.
Não tenhais medo do Senhor. Ele vos chama, porque vos ama. Não tenhais medo. Sois seus filhos, como cada um de Israel. Também para vós Ele fez todas as criaturas e o Céu. Para vós suscitou Abraão e Moisés, abriu pelo meio o mar, criou a nuvem que guiava o povo, desceu do Céu para dar a Lei e abriu as nuvens, para que chorasse o maná, tornou fecunda a rocha, para que ela desse água. E agora, ah!, agora também para vós manda o vivo Pão do Céu para as vossas fomes, manda a Verdadeira Videira e a Fonte de Vida eterna para a vossa sede.
E por minha boca, Ele vos diz: “Entrai, e possuí a terra sobre a qual Eu ergui a mão, a fim de vo-la dar.” A minha terra espiritual: o Reino de Deus.”


(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta. Vol. 4. Pg. 474 a 476)

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