“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sábado, 11 de julho de 2015

CURA DO CRIADO MUDO DE CLÁUDIA.


A CURA DO CRIADO MUDO DE CLÁUDIA.


Aquele é o teu criado mudo, não é verdade?
Sim, Mestre.
Manda que ele venha para a frente.
Cláudia dá um grito, e o homem vem para a frente, e se prostra no chão, entre Jesus e sua patroa. O seu pobre coração de selvagem não sabe a qual dos dois ele deve prestar maior veneração. Ele tem medo de que, se venerar mais o Cristo do que a patroa, possa ser punido. Mas, não obstante isso, dirigindo um olhar suplicante a Cláudia, repete depois o mesmo gesto, que ele fez em Cesaréia: pegou o pé nu de Jesus em suas mãos grossas e pretas e, jogando-se com o rosto no chão, pôs o pé de Jesus sobre sua cabeça.
Mulher, escuta. Conforme o teu pensar, é mais fácil conquistar sozinho um reino, ou fazer renascer uma parte do corpo que não existe mais?
Um reino, Mestre. A fortuna ajuda aos audazes. Mas ninguém, a não ser somente Tu sozinho, podes fazer renascer um morto, ou dar de novo olhos a quem é cego.
E por quê?
Porque Deus pode fazer tudo.
Então para ti Eu sou Deus?
Sim... Ou, pelo menos, Deus está contigo.
Pode Deus estar com um homem mau? Eu falo de Deus verdadeiro, não dos vossos deuses, que são delírios de quem procura o que ele sabe que existe, mas sem saber o que é, e cria para si mesmo fantasmas, a fim de contentar sua alma.
Não... eu diria. Não. Não diria. Os nossos próprios sacerdotes perdem o poder, quando caem em culpas.
Que poder?
Ora... aquele de ler nos sinais do céu e nas respostas das vítimas, no vôo e no canto dos pássaros. Tu sabes... Os áugures, os arúspices...
Eu sei. Eu sei. E, então? Olha. E tu, levanta a cabeça e abre a boca, ó homem, que um cruel poder humano privou de um dom de Deus. E, pela vontade do Deus verdadeiro e único, Criador dos corpos perfeitos, recebe o que o homem tirou de ti.
E colocou o seu dedo branco na boca aberta do mudo. A liberta, cheia de curiosidade, não se conteve lá onde estava, e foi para a frente. A fim de olhar. E Jesus levanta o dedo, gritando: “ Fala, e usa da parte que renasceu, para louvares o Deus verdadeiro.”
E, de repente, como o som de uma trompa, de um instrumento que até agora estava mudo, um grito gutural, mas bem nítido, responde: “ Jesus.”
E o negro cai por terra, chorando de alegria, e lambendo, verdadeiramente lambendo os pés nus de Jesus, como poderia fazer um cão reconhecido ao seu dono.
Será que Eu perdi o meu poder, mulher? Se alguém te insinuar isso, dá-lhe esta resposta. E tu, levanta-te, e sê bom, pensando em quanto te amei. Eu te trouxe no coração desde aquele dia lá na Cesaréia. E com todos os teus companheiros. Considerados animais, como uma mercadoria, menos do que os brutos, mas sois homens e iguais ao César em vossa concepção, e talvez melhores, pelas vontades de vossos corações... Podes retirar-te mulher. Não há mais nada a dizer.
Sim. Há outra coisa. O que há é que eu havia duvidado... o que há é que, com dor, quase que eu ia acreditando no que de Ti se dizia. E não era eu somente. Perdoa a todos, menos á Valéria, que sempre teve um pensamento, ou melhor, que sempre procedeu conforme aquele pensamento.
 E tem que aceitar o meu presente: o homem.
Não me poderia mais servir, agora que ele tem a palavra e o meu dinheiro.
Não. Nem isto, nem aquilo.
Perdão também aqueles do meu povo, duplamente culpados, por não me conhecerem e pelo que sou. E não deveria Eu perdoar a vós, vazios como sois de todo conhecimento Divino? Eis! Eu disse que não aceitava nem o dinheiro, nem o homem, Agora eu pego este e aquele, e com aquele Eu liberto este. Eu te restituo o teu dinheiro, porque compro este homem. E o compro para dar-lhe liberdade. Para que vá até ás terras deles, e lhes diga que está sobre aquele que ama a todos os homens, e tanto mais os ama, quanto mais os vê infelizes... Segura a tua bolsa.
Não, Mestre. Ela é tua. O homem está livre, do mesmo modo. Era meu. Mas eu to doei. Que tu o libertes. Não é preciso dinheiro para isso.
E, então... Tens um nome?, pergunta ao homem.
Eles o chamavam por escárnio,... de Calisto. Mas, quando foi apanhado...
Não importa. Conserva aquele nome. E faze que ele seja verdadeiro, tornando-se belíssimo em teu espírito. Vai. Sê feliz, porque Deus te salvou.
Sair de lá? O negro não se cansa de beijar e de dizer: “ Jesus! Jesus!. E põe de novo o pé de Jesus sobre sua cabeça dizendo: “ Tu és o meu patrão.
Eu. Teu verdadeiro pai, mulher. Eu te encarreguei dele, para que volte aos seus lugares. Usa do dinheiro para isso, e o resto seja dado a ele. Adeus, mulher. Eu não dês mais atenção ás vozes das trevas. Sê justa. E que saibas conhecer-me. Adeus, Calisto. Adeus, mulher
.
( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 9, pgs,63,64,65)


A paz de Jesus.

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