PARÁBOLA DOS FILHOS DISTANTES.
Maria
Valtorta viu e ouviu o que se segue por um milagre de Deus.
Ouvi. Um pai tinha muitos
filhos. Uns tinham sempre vivido em estreito contato com ele, enquanto que os
outros, por diversas razões estavam mais ou menos afastados do pai. Contudo,
sabendo eles quais eram os desejos do pai, podiam agir como se ele estivesse
presente. E outros ainda, visto que estavam mais longe e desde o dia do seu
nascimento haviam sido criados entre os servos, que falavam outras línguas e
tinham outros costumes, esforçavam-se para servir ao pai naquele pouco que, mais
por instinto do que por terem aprendido, sabiam que lhe agradava. Um dia, o pai
que não ignorava como, apesar de suas ordens, os seus servos haviam deixado de
tornar conhecido os seus pensamentos por aqueles que moravam longe, porque, em
seu orgulho os julgavam inferiores e não amados pelo pai, pois não moravam com
ele. Então o pai quis fazer uma reunião com toda a sua família. E mandou
chamá-los todos. Pois bem. Credes vós que ele os irá julgar pelas normas do
direito humano, dando a posse dos bens somente aqueles que tinham estado sempre
em sua casa, e não tão longe, a ponto de ficarem impedidos de saber quais eram
suas ordens e seus desejos? Pelo contrário, ele quis seguir uma norma
completamente diferente e, observando bem o que faziam os que tinham sido
justos por amor do pai, que eles conheciam apenas de nome, mas que tinham
honrado em tudo o que faziam, chamou-os para perto de si e, lhes disse: “Duplo é o vosso mérito por serdes justos, uma vez que o fostes somente por
vossa vontade e sem serdes ajudados. Vinde e ficai ao redor de mim. Bem que
tendes esse direito!Os primeiros sempre me tiveram, e todas as ações deles eram
reguladas pelo seu conselho e premiadas pelo meu sorriso. Vós tivestes que agir
por confiança e amor. Vinde. Pois em minha casa está preparado um lugar para
vós, e faz tempo que está preparado, e, meus olhos, não faz diferença ter
estado sempre em casa, ou ter estado longe dela. Mas existe diferença nas ações
que, perto ou longe de mim, os meus filhos tiverem realizado.”
Esta é a parábola. E sua
explicação é esta: que os escribas e fariseus, que vivem ao redor do Templo,
podem no Dia eterno, não estar na Casa de Deus e que muitos que estão longe, a
ponto de mal saberem das coisas de Deus poderão entrar no seu Seio. Porque o
que dá o Reino é a vontade do homem, empenhada em obedecer a Deus, e não
empenhada em inventar e acumular regras criadas por sua ciência.
(O Evangelho como me foi
Revelado de Maria Valtorta.)
A paz de Jesus.
Antonio Carlos Calciolari.

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