“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 30 de junho de 2015

JESUS FAZ UMA REFLEXÃO.


AO FINAL DO TERCEIRO ANO DE VIDA PUBLICA, JESUS FAZ UMA REFLEXÃO.


O tempo do terceiro ano de vida publica também chega ao fim. Chegamos agora ao período preparatório para a Paixão. Nele tudo parece limitar-se a umas poucas ações e a poucas pessoas. E quase uma diminuição de minha figura e da minha missão... Na realidade, Aquele que já parecia vencido e esmagado, era o herói, que se preparava para a apoteose, e, ao redor dele, não as pessoas, mas as paixões das pessoas estavam centralizadas e levadas aos seus máximos limites.
Tudo o que precedeu, e que talvez em certos episódios pareceu sem razão de ser aos leitores indispostos ou superficiais, aqui sei ilumina com sua luz fosca ou esplendente. Especialmente as figuras mais importantes. Aquelas que muitos não querem reconhecer que são úteis, precisamente porque nelas está a lição para os mestres de agora, que são mais do que nunca ensinados para se tornarem mestres espirituais. Como Eu disse ao João e ao Manaem, nada daquilo que Deus faz é inútil, nem mesmo um fio de erva. Assim também nada há de supérfluo neste trabalho. Nem as figuras esplendidas, nem as fracas e tenebrosas. Ao contrário, para os mestres de espírito são de maior utilidade as figuras fracas e tenebrosas, mais do que as figuras bem formadas e heróicas.
Como do alto de um monte, perto do cume, se pode ver toda a conformação do monte e a razão de ser dos seus bosques, de suas torrentes, dos pardos e das encostas, para se ir desde a planície até o pico, e de lá se vê toda a beleza do panorama, e, então mais forte se torna a nossa persuasão de que as obras de Deus são todas úteis e estupendas e que uma serve e completa a outra, e que todas estão presentes para formarem a beleza da Criação, assim, para quem é de um espírito reto, todas as diversas figuras, episódios, lições destes três anos da minha vida evangélica, contemplados como lá do alto do cume do monte da minha obra de Mestre, servem para dar uma visão exata daquele complexo político, religioso, social, coletivo, espiritual, egoísta até o delito ou altruístico até o sacrifício, no qual Eu fui Mestre, e tornei-me Redentor.
A grandiosidade do drama não se vê somente em uma cena, mas em todas as partes dele. A figura do protagonista emerge das diversas luzes com que iluminamos as partes secundárias.
Já perto do cume, e o cume era o sacrifício, para o qual Eu me havia encarnado, desdobradas todas as pregas escondidas dos corações e todas as intrigas das seitas, não há mais o que fazer com o viandante que já chegou perto do cume. Olhar, e olhar tudo e todos. Conhecer o mundo hebraico. Conhecer o que Eu era: o Homem acima da sensualidade, do egoísmo, do rancor, o Homem que teve que ser tentado pelo mundo inteiro para a vingança, para o poder, para as alegrias, mesmo as honestas das núpcias e do lar, que teve que suportar tudo, vivendo a distância entre a imperfeição e o pecado do mundo e a minha Perfeição, e que a todas as vozes, a todas as seduções, a todas as reações do mundo, de Satanás e do eu, e permanecer puro, manso, fiel, misericordioso, humilde, obediente até a morte na cruz.
Compreenderá tudo isso a sociedade de agora, a qual Eu dou este conhecimento de Mim, para torná-la forte contra os assaltos sempre mais fortes de Satanás e do mundo?
Também hoje, como há vinte séculos, a contradição estará entre aqueles, para os quais Eu me revelo. Eu sou sinal de contradição, mais uma vez. Mas não Eu por Mim mesmo, ainda que Eu respeite o que neles Eu suscito. Os bons, os de boa vontade terão as reações boas dos pastores e dos humildes. Os outros terão as reações más, como os escribas, os fariseus, os saduceus e os sacerdotes daquele tempo. Cada um dá o que tem. O bom, que entra em contato com os maus, desencadeia uma efervescência de maior maldade neles. E o juízo já terá sido feito sobre os homens, como o foi na Sexta feira de Parasceve, de acordo com o modo que tiverem julgado, aceitado e seguido o Mestre que, com uma nova tentativa de sua infinita misericórdia, se faz conhecer mais uma vez.
A todos os que se lhe abrirem os olhos, e me reconhecerem, e disserem: “ É Ele. Por isso que o nosso coração ardia em nosso peito, enquanto Ele nos falava, e nos explicava as Escrituras.”


(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol 8 pgs. 345,346)

A paz de Jesus.

Sem comentários:

Enviar um comentário