A LUZ DO MUNDO.
Maria
Valtorta viu e ouviu o que se segue por um milagre de Deus.
Diz Jesus: “ Eu sou a luz do mundo, e quem me segue não
caminhará nas trevas, mas terá a luz da
vida.”...
“Eu sou a luz do mundo, sendo
Filho do Pai, que é o Pai da Luz. O Filho é sempre semelhante ao Pai que o gerou,
e dele tem a mesma natureza. Igualmente Eu a Ele sou semelhante e tenho a
natureza daquele que me gerou. Deus, o Altíssimo, o Espírito perfeito e
infinito, é Luz de Amor, Luz de Sabedoria, Luz de Poder, Luz de Bondade, Luz de
Beleza. Ele é o Pai das Luzes, e quem vive dele e nele, vê, porque está na Luz,
assim como é do desejo de Deus que as criaturas vejam. Ele deu aos homens
inteligência e sentimento, para que eles pudessem ver a Luz, isto é, a Ele
mesmo, e compreendê-la e amá-la. E deu aos homens olhos para que pudessem ver a
coisa mais bela entre as coisas criadas, a perfeição dos elementos, aquelas
coisas pelas quais se torna visível a Criação, a que é uma das primeiras ações
de Deus Criador, e traz o sinal mais visível daquele que a criou, a luz incorpórea,
brilhante, extasiante, consoladora, necessária, como é o Pai de todos: Deus
Eterno e Altíssimo.
Por uma ordem de seu
pensamento, Ele criou o firmamento e a terra, isto é, a massa da atmosfera e a
massa do pó, o incorpóreo e o corpóreo, o que é leve e o que é pesado, mas
ambos ainda pobres e vazios, ainda informes, porque encobertos pelas trevas e
vazios ainda de astros e de vida.
Mas, para dar á terra e ao
firmamento sua verdadeira fisionomia, para fazer deles duas coisas belas,
úteis, aptas para o prosseguimento da obra criadora, o Espírito de Deus, que
pairava sobre as águas, e que fazia um Ser com o Criador que criava e o
Inspirador que o impelia a criar, a fim de poder amar não somente a Si mesmo no
Pai e no Filho, mas também um número infinito de criaturas com os nomes de
astros, planetas, águas, plantas, flores, animais que voam, que saltam, que se
arrastam, que correm, que pulam brincando, que sobem e finalmente o homem, o
mais perfeito entre as criaturas, mais perfeito que o sol, porque tem a alma;
alem de ter a matéria, a inteligência além do instinto, a liberdade além da
ordem, o homem semelhante a Deus pelo Espírito, semelhante ao animal pela
carne, o semideus que se torna Deus pela graça de Deus e por sua própria
vontade, o ser humano que, se quiser, pode transformar-se em Anjo, o mais amado
das criaturas sensíveis, pelo qual, mesmo sabendo que é pecador, antes que
existisse o tempo, preparou o Salvador, a vítima no Ser amado sem medida, no
Filho, no Verbo, pelo qual tudo foi feito, mas para dar á terra e ao firmamento
sua verdadeira fisionomia, como Eu dizia, mas que o Espírito de Deus, pairando
sobre o cosmo, grita, e é a Palavra que, pela primeira vez se faz ouvir: “Que
exista a luz”, e eis a luz, boa, saudável, forte durante o dia, mais atenuada
durante a noite, mas imperecível, enquanto existir o tempo.
O oceano de maravilhas, que é
o trono de Deus, o seio de Deus. Deus tira a jóia mais bela e é a luz que vem á
frente da jóia mais perfeita, que é a criação do homem, no qual não está uma
jóia de Deus, mas está o próprio Deus, com o seu sopro inspirado sobre o barro,
para fazer dele uma carne, uma vida e um herdeiro no Paraíso Celeste, onde Ele
espera os justos e os filhos, para felicitar-se neles, e eles Nele.
Se no início da criação Deus
quis a luz sobre suas obras, e se para fazer a luz se serviu de sua palavra, se
Deus aos mais amados dá a sua semelhança mais perfeita, a luz, luz material
alegre e incorpórea, a luz espiritual sábia e santificante, poderá ter deixado
de dar ao Filho do seu amor aquilo que é Ele mesmo? Aquele no qual Ele, desde a
eternidade Ele se compraz, o Altíssimo deu tudo, e do tudo Ele quis que fosse a
primeira e poderosíssima a Luz, porque sem esperarem subir ao Céu, os homens
conhecessem a maravilha da Trindade, o que faz que os céus cantem em alegres
coros, cantem pela harmonia de alegria admirável, que sentem os Anjos ao
olharem para a Luz, isto é, para Deus, Luz que enche o Paraíso, e o faz ser a
felicidade de todos os seus habitantes.
Eu sou a Luz do Mundo. Quem me segue não anda nas trevas, mas terá a
luz da Vida.
Assim como a luz sobre a terra informe permitiu a vida ás
plantas e aos animais, assim a minha Luz permite aos espíritos a Vida Eterna.
Eu, a Luz que eu sou, crio em vós a Vida e a mantenho, a aumento, vos recrio
nela, e vos transformo, vos levo para a morada de Deus, por caminhos de
sabedoria, de amor, de santificação. Quem tem em si a luz, tem Deus em si,
porque a luz é uma só coisa com a caridade, e quem têm caridade tem a Deus.
Quem tem em si a luz, tem Deus em si a Vida, porque Deus está onde é bem
acolhido o seu Filho dileto.
(O Evangelho como me foi
Revelado – Maria Valtorta, Vol 8, pgs 46,47,48)
A paz de Jesus.
Antonio Carlos Calciolari.

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