“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sábado, 26 de agosto de 2023

PONTÍFICE

 




PONTÍFICE

 

Visto que não são poucos, os teólogos maliciosos em nosso tempo, tentando induzir as pessoas acreditarem que a religião não precisa de um líder, de um Pontífice, é necessário esclarecer que tal condição existe desde o princípio dos tempos. Não é uma invenção da Igreja Católica, mas uma hierarquia necessária desejada por Deus, para que possa perdurar pelos séculos dos séculos. Assim como foi feito no Antigo Testamento.

Deus é ordem, regra, religião. E assim foi desde o princípio ordenando seus representantes na terra, os sacerdotes, instruindo-os sobre sua única doutrina. Sendo uma só doutrina, não pode estar sendo representada por divisões, onde uma tem alguma diferença da outra. Mas, sim um único ensinamento a ser exercido por todos comandados subordinados ao líder dos sacerdotes, porque sem um líder vira desordem, confusão, divisão. Desde o início Deus se preocupou em ter um líder para guiar seu povo, intitulando-o Sumo-sacerdote, que é o mesmo entendimento para Pontífice.

Naquela época o Sumo sacerdote de Israel era o mais alto posto religioso. Coordenava o culto e os sacrifícios, primeiro no tabernáculo e depois no Templo de Jerusalém. De acordo com a tradição bíblica, apenas os descendentes de Arão, irmão de Moisés, poderiam ser elevados ao cargo, ainda que posteriormente esta norma foi abolida. Durante o período messiânico, o sumo sacerdote presidia o Sinédrio, a assembleia sacerdotal de Israel. Para alguém exercer o cargo de sacerdote, deveria ser da linhagem da tribo de Levi e escolhido pelo Deus de israel.

A difusão começou com Adão, depois Enoque, Noé, Melquisedeque, Araão e Moisés. Em seguida a tradição em ordenação cronológica dos sumos-sacerdotes de Israel:

Aarão 1507-1471 a.C., Eleazar 1471-1437 a.C., Finéias 1437-?, Abisua, Buqui, Uzi, Eli, Aitub, Aías, Aimeleque por volta de 975 a.C. (vem depois de Zadoque, segundo Jerónimo), Abiataar por volta de 1070 a.C., Zadoque por volta de 1024 a.C. (segundo Jerónimo, ele foi o oitavo sumo sacerdote depois de Aarão), Ahimaz, Azaria, Joás, Jehoiaribe, Josafá, Jeoiada, Fedia, Zedequias, Azarias II, Jotão, Urias, Azarias III, Oseias, Salum, Hilquias por volta de 642 a.C., Serias, Jeozadaque, Josué por volta de 527 a.C., Joaquim, Eliasibe, Joiadá, Joanã, Jadua por volta de 340 a.C., Onias I, Simão, o Justo, Eleazar 282-? a.C. (regente), Menasseh, Onias II por volta de 234 a.C., Simão II, Onias III 185-175 a.C., Jasão 175-172 a.C., Menelau 172-162 a.C., Alcimus 162-153 a.C., Jonâtas Macabeus 153-143 a.C., Simão 142-134 a.C., João Hircano I 134-104 a.C., Aristóbulo I 104-103 a.C., Alexandre Janeu 103-76 a.C., João Hircano II 76-66 a.C., Aristóbulo II 66-63 a.C., João Hircano II (restaurado) 63-40 a.C., Antígono 40-37 a.C., Ananelus 37-36 a.C., Aristóbulo III da Judéia 36 a.C., Ananelus (restaurado) 36-30 a.C., Joshua ben Fabus 30-23 a.C., Simon ben Boethus, Mattathias ben Theophilus, Joazar ben Boethus 4 a.C., Eleazar ben Boethus 4-3 a.C., Joshua ben Sie 3 a.C.- 6 d.C. (3 antes de Cristo até 6 depois de Cristo), Ananus ben Seth 6-15 (o Anás dos Evangelhos) Anás ben Sete, Anás o pai, sogro de Caifás (João 18:13). (Lc 3:2; At 4:6), Ishmael ben Fabus 15-16, Eleazar ben Ananus 16-17 (filho de Anás), Simon ben Camithus 17-18, Caifás 18-36 Josefo ben Caifás (18–36), que se casou com a filha de Anás. (Sumo Sacerdote no tempo de Jesus Mt 26:3; Lc 3:2; Jo 11:49, 18:14; At 4:6), Jonathan ben Ananus 36-37 (filho de Anás), Theophilus ben Ananus 37-41(filho de Anás), Simon Cantatheras ben Boethus 41-43, Matthias ben Ananus 43 (filho de Anás), Aljoneus 43-44, Jonathan ben Ananus (restaurado 36-37) 44, Josephus ben Camydus, Ananias ben Nebedeus (aproximadamente entre 48 e 59 d.C., alguns dizem entre 47-52 ;Atos 22:5, 23:2,24:1), Jonâtas 54-58, Ishmael ben Fabus , José Cabi ben Simon, Ananus ben Ananus 63, Joshua ben Damneus 63, Josué ben Gamla 63-64, Mattathias ben Theophilus 65-67, Fanias ben Samuel 67-70.

E assim cada Pontífice passou a seu sucessor os conhecimentos posteriores, através da tradição.

Em 70 depois de Cristo o Templo de Jerusalém foi totalmente destruído, obstruindo o sequenciamento dos Pontífices de Israel. O povo foi disperso pelo mundo, sofrendo os castigos divinos pelo crime de deicídio. Deus expulsou a Abominação que estava no lugar Santo, iniciando um Novo Templo, sua Igreja, para nela receber o Sangue do Cordeiro Eterno e Salvador, dando início a um outro êxodo aos sedentos por justiça, em direção a terra prometida: o Reino dos Céus.

Sua doutrina renovada pela Nova Aliança com Deus, fundada por Cristo, renasce forte substituindo a Antiga Aliança. Jesus, Sacerdote dos sacerdotes, passa para Pedro a responsabilidade de líder dos Apóstolos e primeiro Pontífice da Boa Nova. Representante de Cristo na terra, representante de sua doutrina e de sua Igreja. Assim nasceu a Igreja de Cristo com a tradição Eclesiástica e hierárquica determinada por Deus. Para os Judeus era Sumo-sacerdote, Sacerdote e Levita, para a Igreja Católica, o Papa é o Pontífice, depois Cardeal, Arcebispo, Bispo, Sacerdote (Padre), Diácono, e os fiéis.

Sem uma hierarquia com seu líder nenhum reino subsiste por muito tempo, e Satanás sabe disso, por isso armou um plano de sequestrar a Cadeira de Pedro, para usar a infalibilidade Papal contra a própria Igreja. E conseguiu, colocando seu lacaio como Pontífice.

O organismo da Igreja é semelhante ao organismo da família instituída por Deus. O homem é sempre o chefe que indica o caminho a seguir, a esposa é aquela que cumpre esta ordem e educa seus filhos como discípulos, na mesma ordem transmitida pelo pai. No Paraíso também é assim, porque é preciso ter ordem, e a ordem vem do Pontífice dos pontífices a seus comandados.

Uma das maiores provas de que sem um líder numa religião ela desmonta completamente com subdivisões e atritos, foi a seita protestante iniciada por Lutero, que hoje em dia são mais de trinta mil denominações diferentes, enquanto que a Católica permanece a mesma de sempre há quase dois mil anos. Quem gosta de confusão vai com certeza escolher os protestantes, mas quem valoriza uma ordem estabelecida pela tradição vai à Católica. Negar o Líder da Igreja de Cristo é o mesmo que negar a autoridade de Deus como criador desta hierarquia e como Pontífice dos Pontífices terrenos.

A tradição da Igreja em transmitir o que foi anunciado anteriormente pelas primeiras fontes que são os Apóstolos, especificando seus 27 livros inspirados pelo Espirito Santo, passando de geração em geração, constituiu a Bíblia do Novo Testamento que temos hoje. Sem a tradição da Igreja isto não seria possível, porque primeiro houve a Tradição, a transmissão do conhecimento, para depois chegar aos escritos do Novo Testamento. Graças a Tradição da Igreja temos hoje em nossas mãos as palavras inspiradas num único livro. Graças a Tradição da Igreja Católica em sua hierarquia, permanece forte para enfrentar a grande tempestade do final dos tempos. Se Jesus não tivesse fundado sua Igreja para transmitir sua Palavra, ela se perderia na obtusidade e arrogância dos homens. Mas, Deus tudo sabe, e providenciou sua única e verdadeira Igreja como depositária da fé, dotada de sacramentos que nos elevam em espírito para enfrentar as ciladas do enganador.

É pura hipocrisia de nossos irmãos separados quando questionam a tradição da Igreja, acreditando somente no que está escrito na Bíblia, mas a Bíblia foi escrita devido a tradição da Igreja Católica. Vejam a contradição em que estão sem perceberem. Por isso a tradição provinda dos apóstolos está acima dos escritos, porque é a nutriz dos escritos, é o Espírito da letra.

A tradição de nossos antepassados nos trazem uma constatação pouco observada pelos estudiosos da Bíblia. Estabelece um dia para cada pessoa da Santíssima Trindade. O sábado para Deus Pai, o domingo para Deus Filho e a sexta feira para Deus Espírito Santo.

O sábado está no Decálogo, o domingo para a nova criação, os cristãos, e a sexta feira ao Espírito Santo Paráclito, porque foi neste dia da semana que os Apóstolos o receberam como exemplo e legado para os cristãos do futuro.

Para entender melhor, a Morte de Jesus foi no dia 3 de abril numa sexta feira, a Ressurreição dia 5 de abril no domingo, a Ascensão ao Céu foi dia 15 de maio num domingo (40 dias) e a Vinda do Espírito Santo foi no dia 25 de maio numa sexta feira (50 dias). Eis aí a Trindade uma ao lado da outra, com Deus Pai no centro. Assim se completa com justiça a adoração às três pessoas da Trindade, com cada uma delas tendo um dia específico na semana.

A Igreja celebra o pentecostes no dia 31 de maio, outrossim também cairia numa sexta feira, mas completaria um total de 57 dias após a ressurreição, portanto não pode ser. O dia correto é mesmo 25 de maio.

A paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja em nossos corações.

“O homem fiel a uma vinha irrigada por águas puras, abundantes e úteis, de uma fé que há de estar sob a sombra da esperança, iluminada pelo sol da caridade, corrigida pela vontade, podada pela fortaleza, conduzida pela justiça, vigiada pela prudência e pela consciência. E então, a Graça cresce, ajudada por tudo isso, cresce a santidade, e a vinha se torna um jardim maravilhoso, ao qual desce Deus para saborear as suas delícias, até que, tendo-se conservado essa vinha sempre como um jardim perfeito, e tendo chegado a morte, pelos seus anjos Deus faz transportar esse trabalho de um livre arbítrio, decidido e bom, para o grande e eterno Jardim dos Céus.” (Valtorta-Vol.6-pg.471)   

Antonio Carlos Calciolari 


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