“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 25 de agosto de 2020

A PERSEGUIÇÃO AOS CONSERVADORES



 

Assim como na época dos Apóstolos, durante as perseguições, devido a distância em que estavam evangelizando, comunicavam-se por meio de cartas. As cartas dos Apóstolos às Igrejas e comunidades, bem como entre si, eram a tônica daquela época conturbada. Vemos a mesma coisa acontecer nos dias atuais com nossos Padres e leigos conservadores, perseguidos pelos modernistas, pela maçonaria eclesiástica que se instalou no Vaticano, exigindo, através de seu Pontífice Maçon, a obediência cega e irrestrita à suas ordens. Que todos os cristãos tomem conhecimento do que está acontecendo hoje, com este exemplo de Frei Tiago. Perseguido porque ousou rezar o Missal Tridentino.

Carmelita Frei Tiago de São José

Queridos amigos: Partilho com todos aqui uma carta que recebi do Arcebispo Carlo Maria Viganò que nos trouxe muita consolação em meio às perseguições e tribulações...

Eis aqui a tradução em português:

5 de Agosto de 2020 Dedicação de Nossa Senhora das Neves

Caro e reverendo Padre Tiago,

Recebi a Sua Carta, na qual me inteirei dos acontecimentos a respeito da Sua comunidade e da perseguição que Ela e Seus confrades foram objeto. Embora desconcertado ao tomar conhecimento da atitude de tantos Bispos, me consola saber que, ao menos alguns lhes ajudaram no limite da própria possibilidade. Creio que tudo o que a vossa comunidade passou seja o “enésimo caso” de uma longa série, que começou há setenta anos e hoje chegou ao ápice. A fidelidade à Igreja e à Regra carmelitana são motivos suficientes para desencadear a fúria do inferno e de quantos, sobre esta terra, servem o Inimigo. Devo recordar-lhes, se não fosse supérfluo, que essas provações são um sinal da benção de Deus e do fato que estais no bom caminho: se tivésseis encontrado a aprovação e o encorajamento dos Prelados heréticos ou viciosos, deveríeis colocar em questionamento a vossa vocação, ou mesmo a vossa conduta moral: virtus in infirmitate perficitur. (a virtude se aperfeiçoa na dificuldade). As dificuldades que afligem a vossa comunidade religiosa confirmam a inevitável oposição entre os filhos da luz e os filhos das trevas, assim como implacável é a luta entre Deus e Satanás. Mesmo se algumas batalhas são perdidas, a vitória da guerra já está assegurada, porque o nosso Rei é invencível, e a Comandante que nos guia é terribilis ut castrorum acies ordinata. (terrível como um exército em ordem de batalha). Lamento não ter a possibilidade de fazer-me vosso Protetor, já que não possuo a jurisdição canônica que me permitiria. Creio, no entanto, que, neste momento de gravíssima crise da Igreja, seja oportuno conformar-se ao que recomenda São Vicente de Lérins: Magnopere curandum est ut id teneatur quod ubique, quod semper, quod ab omnibus creditum est. (A coisa mais importante é guardar a Fé que sempre e em toda parte, por todos foi acreditada). Portanto, permaneçam firmes na Fé e não busquem um reconhecimento canônico que, em tal contexto é praticamente impossível de obter-se, senão cedendo ao compromisso, seja sobre a doutrina, seja sobre a moral ou sobre a liturgia. Colocai-vos com total confiança sob o manto da Regina Decor Carmeli, (Rainha formosura do Carmelo) e invocai os vossos Santos Fundadores pedindo a paciência na prova, a fortaleza no testemunho da Fé, o espírito de reparação para implorar ao Céu a conversão dos vossos perseguidores. Eu Vos asseguro também a minha oração, a lembrança na Santa Missa, confiando, da minha parte, em vossas orações. A Você e à Sua comunidade, assim como aos vossos benfeitores, transmito de coração a minha mais larga Benção, desejando-vos as graças e os favores do Céu.

+ Carlo Maria Viganò, Arcebispo

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Para entender as perseguições contra este devoto e fiel cristão tradicionalista, reflitam sobre esta entrevista:

Paulo Frade entrevistou, com exclusividade para FratresInUnum.com, o carmelita Frei Tiago de São José.

Reverendíssimo Frei Tiago de São José, primeiramente, muito obrigado por nos conceder essa entrevista. 

Muitas pessoas se recordam que em 2012, o Bispo de Braganca Paulista expulsou a sua comunidade daquela diocese.  Por que motivo ele chegou a essa decisão? 

Em 2012, nós fomos expulsos por desobediência.  Havia na ocasião uma ordem expressa do Bispo de celebrarmos, pelo menos, a Missa dominical no rito de Paulo VI e nós recusamos. Entretanto, a instrução que regulamentava o motu proprio de 2007 dava direito aos Institutos de Vida Religiosa de celebrarem, exclusivamente, a Missa Tradicional. Portanto, não podemos ser acusados de desobediência.

E, hoje, 7 anos depois, o senhor continua achando que fez a coisa certa?

Sim, sem dúvida.  Nós saimos de uma situação de conflito e procuramos uma Diocese aberta ao nosso projeto de vida religiosa. No Paraguai, tivemos uma experiência muito rica, nos dando a certeza de que quem procura ser fiel a Deus, mesmo que tenha que passar por sofrimentos e perdas, sai ganhando.

E o que aconteceu, na sua experiência pessoal de sacerdote, que o levou a buscar a Tradição e resolver deixar a missa nova?

Durante 10 anos eu celebrei segundo o novus ordo e convivi normalmente nos ambientes da Igreja Moderna. Entretanto, quando eu comecei a celebrar o Rito Tradicional em 2007, após o motu proprio, fui percebendo que havia uma grande contradição entre o chamado “rito ordinário” e o “rito extraordinário”. A partir daí, comecei a estudar o tema e fui chegando a uma conclusão de que a Missa criada em 1970 não se baseia na lex orandi da Igreja, como foi estabelecida pelos anteriores decretos, e, por isso, me recusei a celebrá-la.

E os outros membros do Mosteiro, acompanharam esta mesma postura?

Sim. Todos estávamos muito convencidos da riqueza da Missa Tradicional e éramos unanimes neste desejo de dar o melhor para Deus e adorá-lo de forma digna e sacral.

E o que aconteceu com os senhores nestes últimos 7 anos?

Bem, realmente não foi muito fácil. Em 2013, chegamos no Paraguai e fomos muito bem recebidos pelo Bispo Monsenhor Livieres. Entretanto, não tínhamos casa e dormíamos num galinheiro. Aos poucos, fomos nos erguendo e construímos nossa casa. Infelizmente, em 2015, o Bispo foi injustamente afastado pelo Papa Francisco e ficamos novamente sem apoio. Há dois anos, viemos para a Europa, e assim vamos indo, procurando simplesmente fazer o que podemos hoje, porque amanhã, já não sabemos o que vai ser…

E depois de terem sido mais uma fez expulsos de uma diocese, por que os senhores não desistiram dessa luta ou deixaram a Igreja Católica? 

Ser católico é uma obrigação de quem deseja seguir Jesus Cristo.  E, para permanecer católico, precisamos, sobretudo, professar a verdadeira Fé. Portanto, ninguém pode nos tirar da Igreja Católica, uma vez que temos a convicção da FéNo Credo dizemos: Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Essa é a verdadeira Igreja e a verdadeira Fé. Por outro lado, se alguém pensa que é católico e não crê em tudo o que ensina a Fé Católica, já está fora da Igreja. Isso nos leva a entender que não podemos desanimar quando vemos o abandono da Fé, mesmo pela hierarquia da Igreja Institucional, pois a Igreja não é simplesmente uma instituição, mas um Mistério, um corpo místico, cuja cabeça é o próprio Cristo. Hoje em dia, as pessoas perderam essa noção. Considero que o melhor documento do Magistério para se entender isso é a encíclica Satis Cognitum de Leão XIII.

E o que o senhor acha de todas essas criticas que se levantam contra Francisco?

O que acontece nesse nosso tempo só pode ser entendido à luz desta pergunta do evangelho: “Quando o Filho do Homem voltar, encontrareis fé sobre a terra?” (Lc, 18,8).  Ora, Nosso Senhor está prevendo um tempo onde a Fé estaria praticamente extinta, ou seja, que a manifestação externa e oficial da Fé Católica estaria silenciada. De fato, a raiz do problema não é a pessoa do Papa Francisco, mas a propria declaração da liberdade religiosa que foi assinada no Vaticano II.  A partir dali, estamos, in potentia, rompidos com a verdadeira religião. E, se as pessoas aceitam todas essas rupturas, não são capazes de discernir a que ponto chegamos. Mesmo os Bispos de hoje, já formados na mentalidade do Concílio são coniventes com a apostasia que o Papa Francisco implementa, e a oposição é quase nula. Esse processo é inexorável… No mês que vem,  o sínodo da Amazônia vai se apresentar como o ápice desse fluxo revolucionário. Saímos do catolicismo e agora vamos voltar ao paganismo…

E na sua opinião, qual é o objetivo desse movimento revolucionário na Igreja?

A maioria das pessoas são ingênuas e pensam que estamos, simplesmente, renovando conceitos, ou se abrindo para o diálogo e para a paz, para o respeito das outras culturas e religiões.  No entanto, estamos diante de uma verdadeira agenda que visa abolir o catolicismo verdadeiro e estabelecer uma religião universal subordinada ao judaísmo.   Nesse contexto, vamos assistir à entronização do homem no lugar de Deus e o advento de uma personalidade que será apoiada por toda a mídia, e que no entanto, para a Bíblia, será o Anticristo.

Por fim, Frei Tiago, o que o senhor acha que Deus pede para nós nesses tempos difíceis?

Apego à verdade, amor sincero à nossa Religião, conforme foi transmitida pelos Apóstolos e os Papas de todos os tempos. Desapego ao dinheiro e ao poder e mesmo da própria vida, porque, se não estivermos prontos para o martírio, não seremos capazes de permanecer fiéis nessa prova final.

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Este é apenas um exemplo entre muitos. As perseguições aos tradicionalistas não vão parar até a volta de Jesus. Tenham consciência disto, para que possamos suportar estes tempos de tribulação com obstinação, dedicação, perseverança, rezando sempre, pedindo proteção ao Altíssimo para nós e para nossos entes queridos.

Antonio Carlos Calciolari

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