“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

CONSELHOS DE JESUS


CONSELHOS DO MESTRE DOS MESTRES

Não fiqueis insultando a Deus, fazendo mau uso de vossa vida, que Ele vos deu, emporcalhando-a com más ações, que desonram o homem.
Não fiqueis insultando os vossos pais, com uma conduta que joga lama sobre os cabelos brancos deles, e espinhos de fogo sobre os últimos dias deles.
Não fiqueis proferindo insolências contra quem vos governa, porque não é com a rebelião contra os governantes que se tornam livres e grandes as nações, mas é com a conduta santa dos cidadãos que se obtém a ajuda do Senhor, o qual pode tocar o coração dos governantes, ou tirá-los de seu lugar ou até da vida, como muitas vezes nos ensinou a nossa história de Israel, quando eles passaram da medida, e especialmente quando o povo, santificando-se, merece o perdão de Deus, que por isso, tira o instrumento opressor do pescoço dos que estavam sendo castigados.
Não profirais insolência contra a esposa, acusando-a de amores adulterinos, e não profirais insolências contra os vossos filhos inocentes, ao terdes notícias de seus ilícitos amores.
Sede santos diante deles, pois eles vêem em vós, por afeto ou por dever, aqueles que hão de ser para eles um exemplo em suas vidas. Não podeis separar a santidade para com o próximo, que está mais perto de vós, da santidade para com Deus, porque uma gera a outra como os dois amores: o de Deus e o do próximo, nascendo um do outro.
Sede justos para com os amigos. A amizade é um parentesco da alma. Está escrito: “Quanto é belo para os amigos que eles andem juntos.” Mas é belo, quando eles andam pelo caminho do bem. Ai daquele que corrompe e trai a amizade, transformando-a em egoísmo, ou em uma traição, ou em um vício, ou em uma injustiça. São muitos demais aqueles que dizem: “Eu te amo”, para ficarem sabendo as coisas do amigo, e desfrutando delas em seu próprio favor. São muitos demais os que usurpam os direitos do amigo.
Sede honestos para com os juízes. Todos os juízes. Desde o Juiz Altíssimo, que é Deus, até o juiz íntimo, que é a nossa consciência, até aqueles amorosos e sofredores, que estão atentos em seu amor vigilante, como são os olhos de nossos familiares, até aquele severo, dos juízes do povo. Não mintais, invocando a Deus para dardes mais força à mentira.
Sede honestos no vender e no comprar. Quando estais vendendo, e a concupiscência vos diz: “Rouba, para teres lucro”, enquanto que a consciência vos diz: “Sê honesto, porque te arrependerias de ter roubado”. Daí ouvidos a esta última voz, lembrando-vos de que não deve ser feito aos outros o que não gostaríamos que fosse feito a nós mesmos. O dinheiro que vos é pago em troca de uma mercadoria, está muitas vezes molhado pelo suor e pelas lágrimas do pobre. Ele custou canseiras. Vós não sabeis quanta dor ele custa, quantas dores estão atrás daquela moeda, que a vós, vendedores, parece sempre muito pouco demais pelo que vendeis. Criaturas doentes, filhos sem pai, velhos com uns escassos trocados no bolso... Oh! Dor santa, Oh! Santa dignidade do pobre que o rico não compreende, porque não és meditada? Por que há honestidade em vender ao forte, ao poderoso, por medo de suas represálias, enquanto que se abusa do indefeso, e do irmão desconhecido? Isto já é um delito, mais contra o amor do que contra a própria honestidade. E Deus o amaldiçoa, porque lágrima derramada pelo pobre, que só tem o seu pranto como reação contra abuso, diante do Senhor tem a mesma voz que tem o sangue arrancado das veias de um homem por um homicida, por um Caim de seu próprio semelhante.
Sede honestos nos olhares, assim como nas palavras e nas ações. Um olhar dado a quem não merece, ou negado a quem o merece, é como um laço e um punhal. O olhar que se enlaça com a pupila despudorada da meretriz, e lhe está dizendo: “Tu és bonita!”, é pior do que o punhal no corredio para a garganta do sufocado. O olhar negado ao parente pobre ou amigo que caiu na miséria, é semelhante a um punhal fincado no coração daqueles infelizes. E assim o olhar de ódio, ou de desprezo, voltado para o inimigo ou o mendigo. O inimigo é perdoado e amado, pelo menos com o nosso espírito, quando nossa carne se recusa a amá-lo. O perdão é sempre o amor do espírito, o não vingar-se é amor do espírito. O mendigo é amado, porque ninguém o conforta. Não basta jogar uma esmola, e ir para adiante com desdém. A esmola é boa para a carne esfaimada, nua, sem abrigo. Mas a piedade, que sorri ao dar, que se interessa pelo pranto do infeliz, essa é um pão para o coração. Amai, amai, amai.
Sede honestos nos dízimos e nos costumes, honestos no interior de vossas casas, não exigindo do empregado além da medida, e não cometendo atentado contra a empregada, que dorme em vossa casa. Ainda que o mundo não saiba do furto cometido no segredo de uma casa, o furto feito à vossa mulher, que não o sabe e à empregada que desonrais, Deus sabe de vosso pecado.
Sede honestos na língua. E honestos em educar filhos e filhas. Está escrito: “Faze isto, a fim de que tua filha não te torne o objeto do riso da cidade.” E Eu digo: “Fazei isso, para que o espírito de vossa filha não pereça.”
E agora ide. Eu também me vou, depois de vos ter dado uma provisão de sabedoria para a viagem. Que o Senhor esteja com aqueles que se esforçam por amá-lo.”


(De Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs. 170 a 173-o Evangelho como me foi Revelado)

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