“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

JESUS RESSUSCITADO APARECE À MÃE


     Jesus Ressuscitado aparece à Mãe


     Maria agora está prostrada com o rosto por terra.
     A janela fechada se abre, com um barulhento abalo dos pesados batentes, e, com o raio do sol, entra Jesus.
     Maria levantou a cabeça e vê seu Filho irradiando luz: Ele está belo, infinitamente mais belo do que antes de ter padecido, sorridente, vivo, luminoso mais do que o sol, vestido de um branco que parece uma luz tecida, e que vem andando para o lado dela.
     Ela se põe de joelhos e ajuntando as mãos cruzadas sobre o peito, diz com um soluço, que é de sorriso, e pranto: "Senhor, meu Deus!" E fica assim arrebatada, ao contemplá-lo com o rosto banhado em lágrimas, mas que ficou sereno, acalmado em seu sorriso e pelo êxtase.
     Mas Ele não quer vê-la assim, sendo Ela a sua Mãe, de joelhos, como uma serva. Por isso, a chama, estendendo-lhe as mãos, de cujas feridas saem raios que fazem ficar mais luminosa a sua Carne gloriosa, e lhe diz: "Minha Mãe" mas já não é mais a palavra aflita dos colóquios e das despedidas de antes da Paixão, nem são como aquela lamentação dilacerante do encontro sobre o Calvário e a da agonia. Mas um grito de triunfo, de libertação, de festa, de amor, de gratidão. E Ele se inclina sobre sua Mãe, e lhe põe as mãos por baixo dos cotovelos dobrados, e a põe de pé, aperta-a sobre o coração, e a beija.
     "Tudo está acabado, minha Mãe. Agora não tens mais que chorar por teu Filho. A prova terminou. A Redenção chegou. Minha Mãe, obrigado por me teres concebido, criado, ajudado na vida e na morte. Eu ouvi quando chegaram a Mim as tuas orações. Elas foram a minha força na dor, as minhas companheiras na minha viagem sobre a Terra e para lá da Terra. Elas me acompanharam na Cruz e no Limbo. Elas eram o incenso que ia à frente do Pontífice, que ia chamar os seus servos para levá-los ao Templo que não morre: ao meu Céu. “
     Agora Eu vou para o Pai com a minha veste humana. O Paraíso precisa ver o Vencedor em sua veste de Homem, com a qual Ele venceu o Pecado do Homem. Mas depois, Eu voltarei ainda. Eu devo confirmar na Fé os que não crêem ainda e que precisam crer para levarem os outros a crer.
     Depois Eu subirei ao Céu. Mas Eu não te deixarei sozinha, Minha Mãe. Estás vendo aquele véu? Eu, no meu aniquilamento, usei ainda do poder de fazer um milagre para Ti, a fim de dar-te algum conforto. Mas para Ti Eu vou fazer um outro milagre. Tu me terás no Sacramento, tão real, como quando Tu me levavas contigo. Nunca estarás sozinha. Nestes dias passados, Tu ainda estiveste. Mas, para minha Redenção, era necessária também esta dor. Muitas coisas andam continuamente juntas com a Redenção, porque muitas coisas de pecado serão continuamente criadas. Eu chamarei todos os meus servos para esta co-participação redentora. Tu és aquela que, sozinha, farás mais do que todos os santos juntos. Por isso é que era necessário também esse longo abandono.
     Mas agora não o é mais. Eu não estou separado do Pai. Tu não estarás, separada do Filho. E, tendo o Filho, tens a nossa Trindade. Como um Céu vivo, Tu levarás por sobre a Terra a Trindade entre os homens, e santificarás a Igreja, Tu, a Rainha do Sacerdócio, e Mãe dos Cristãos. Depois Eu virei para levar-te. E não serei mais Eu em Ti, mas Tu em Mim, no meu Reino, a fim de tornar mais belo o Paraíso. Agora Eu me vou, minha Mãe. Vou para fazer feliz a outra Maria [Madalena]. Depois subirei ao Pai. E de lá Eu virei aos que não crêem.
     Minha Mãe. Dá-me o teu beijo como benção. E que a minha Paz seja a tua companheira. Adeus.”
     E Jesus desaparece no sol, cujos raios descem a jorro do céu, nesta manhã serena.


 (de Jesus à Valtorta – Vol. 10, p. 217-223)

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