“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

domingo, 10 de julho de 2016

PEDRO - O PRIMEIRO PAPA DA IGREJA CATÓLICA


EM UMA REUNIÃO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS, PEDRO CELEBRA A EUCARISTIA


É uma das primeiríssimas reuniões dos cristãos, nos dias imediatamente seguintes ao Pentecostes.
Os doze Apóstolos são de novo doze, porque o Matias já eleito para o lugar do traidor, está entre eles. E o fato que aí estejam todos os doze mostra que eles ainda não se haviam separado, para irem evangelizar, conforme a ordem do Mestre. Portanto o Pentecostes deve ter passado já pouco, e ainda não devem ter começado as perseguições pelo Sinédrio contra os servos de Jesus Cristo. Porque, se assim tivesse sido, eles não estariam celebrando com tanta calma, e sem tomarem nenhuma precaução, em uma casa muito conhecida por aqueles do Templo, isto é, na casa do Cenáculo, na sala onde foi consumada a Última Ceia, instituída a Eucaristia, iniciada a tradição verdadeira e total e a Redenção.
Mas a vasta sala passou por uma modificação, que foi necessária, para que ela pudesse começar a funcionar como Igreja, e devido ao número de fiéis. A mesa grande não está mais perto da parede da escadinha, mas está perto, ou melhor, está virada para a que estava na frente, de tal modo que aqueles que não podiam entrar no Cenáculo, que já está cheio de pessoas --- pois o Cenáculo foi a primeira Igreja do mundo Cristão --- para que possam ver o que acontece lá dentro, só mesmo apertando-se, aglomerando-se no corredor da entrada, lá perto da portinha, que está completamente aberta, a fim de dar acesso para a sala.
Na sala há homens e mulheres de todas as idades. Em um grupo de mulheres, perto da mesa grande, mas a um canto, está Maria, a Mãe, rodeada pela Marta e a Maria de Lázaro, Nique, Eliza, Maria de Alfeu, Salomé, Joana de Cusa, em fim por muitas da mulheres discípulas hebréias, e também não hebréias, que Jesus havia curado, consolado, evangelizado e feito delas as ovelhinhas do seu rebanho. Entre os homens estão Nicodemos, Lázaro, Jose de Arimatéia e muitíssimos discípulos, entre os quais estão Estevão, Hermes, os pastores, Elizeu, filho do sinagogo de Engadi, e muitíssimos outros. Ai também está Longino, não em veste militar, mas como se fosse um cidadão qualquer, com uma longa e simples veste acinzentada . Depois outros, que certamente entraram no rebanho de Cristo depois do Pentecostes e das primeiras evangelizações dos Doze.
Pedro está falando até agora, evangelizando e instruindo os presentes. Ainda porque, pelas suas palavras, pode-se compreender que sobre esse assunto ele já tenha falado.
“Ele costuma dizer: “Eu vos digo ainda outra vez”, e ele frisa muito essas palavras: “daquela Ceia na qual, antes de ser imolado pelos homens, Jesus Nazareno, como era chamado, e Jesus Cristo, Filho de Deus e Salvador nosso, como Ele é chamado e crido com todo o nosso coração e nossa mente, porque crer nisso é a nossa salvação, cremos que Ele se imolou por sua própria e espontânea vontade e, por um excesso de amor, deu-se em Alimento e Bebida aos homens, e dizendo a nós, seus servos e continuadores: “fazei isto em memória de Mim.”
E isso nós fazemos, mas ó homens como nós, suas testemunhas e cremos que Ele está em lugar do Pão e do Vinho, oferecidos e abençoados, como Ele fez e mandou-nos fazer em sua memória, e o fazemos, por obediência à sua divina ordem, que seu Corpo Santíssimo e o seu Sangue Santíssimo, se transformem naquele Corpo e naquele Sangue, que são de um Deus, do Filho de Deus Altíssimo e que foram espalhados e crucificados, por amor e pela vida dos homens e assim vós também, todos vós, que viestes fazer parte da mesma nova e imortal Igreja, predita pelos profetas e fundadas por Cristo, e o devereis crer. Crede, e bendizei ao Senhor, que a nós, que somos os seus crucificadores – senão materiais, certamente morais e espirituais crucificadores – pela nossa fraqueza a serviço dele, pela nossa obtusidade em compreendê-lo, pela nossa vileza em abandoná-lo, fugindo na sua última hora, não, na minha traição de homem medroso e vil, até o ponto de renegá-lo, negá-lo e negar que fosse seu discípulo, o primeiro dos seus servos (e grossas lágrimas descem a escorrer pelo rosto do Pedro), pouco antes da primeira hora lá, no pátio do Templo – crede e bendizei, como eu ia dizendo, no Senhor que a nós deixa este eterno sinal de perdão. Crede e bendizei, como eu ia dizendo, o Senhor que aqueles que não o conheceram, quando Ele era o Nazareno, Ele permite que o conheçam agora que é o Verbo Encarnado, que foi unir-se a seu Pai.
Vinde e tomai. Ele assim o disse: “Quem come a minha Carne e bebe do meu Sangue terá a Vida Eterna.” E nós naquela hora não compreendemos(e Pedro chora de novo). Não compreendemos porque estávamos obtusos em nossas inteligências, mas agora o Espírito Santo iluminou nossa inteligência, fortaleceu a nossa fé, infundiu em nós a caridade, e agora nós compreendemos. E, em Nome do Deus Altíssimo, do Deus de Abraão, de Jacó, de Moisés, no Nome do Altíssimo, do Deus que falou a Isaías, a Jeremias, a Ezequiel, a Daniel e a outros profetas, nós vos juramos que está é a verdade: nós vos conjuramos que creiais, a fim de poderdes ter a Vida Eterna.”
Pedro está cheio de majestade ao falar. Já não tem nada mais do rústico pescador como pouco antes. Ele subiu sobre um escabelo, para falar a fim de ser visto e ouvido melhor, porque de baixa estatura como ele é, se ficasse com os pés no chão da sala, não teria podido ser visto pelos que estão mais longe, e ele pretende ser ouvido ela multidão. Ele fala medindo as palavras com uma voz em tom adequado, e gestos de um verdadeiro orador. Seus olhos também parecem falar, e agora mais do que nunca, o amor, a fé, a autoridade, a contrição, tudo transparece em seu olhar, antecipando e reforçando suas palavras.
Ele já terminou de falar, e desce do escabelo, passa por detrás da mesa grande, pelo espaço que há entre a parede e a mesa, e fica esperando.
Tiago e Judas, isto é, os dois filhos de Alfeu, que são primos de Cristo, estendem agora sobre a mesa uma toalha branca. Para poderem fazer isso, eles tiveram que levantar o cofre, que é largo e baixo, e que foi colocado no centro da mesa, e também sobre a tampa dele estendem uma toalha de linho finíssimo.
O Apóstolo João vai agora até Maria, e, lhe pergunta alguma coisa. Maria tira do pescoço uma espécie de chavinha e a entrega ao João. Este a pega, volta até o cofre, e o abre, vira para baixo a parte que estava na frente, e que estava apoiada sobre a toalha e recoberta por uma terceira toalha de linho.
No interior do cofre há uma separação horizontal, que o divide em dois planos. No plano inferior há um cálice e um prato de metal. No plano superior, no centro, está o cálice usado por Jesus na última Ceia, e, para a primeira Eucaristia e os restos do pão partido Poe Ele colocados sobre um pratinho precioso, como o cálice. Aos lados do cálice e do pratinho posto sobre ele, de um lado está a coroa de espinhos, os cravos e a esponja. Do outro lado está um dos Lençóis enrolados, o véu com que Nique enxugou o rosto de Jesus e o outro, que Maria deu a seu Filho para que Ele enfaixasse os próprios lados. No fundo há outras coisas, mas, como estão em sua maior parte escondidas e ninguém fala nelas, ninguém as mostra, e não se sabe que coisas são. As outras, pelo contrário, são visíveis, e podem ser mostradas aos presentes pelo João e Judas de Alfeu, e a multidão se ajoelha diante delas. Mas elas não são mostradas nem tocadas, nem o cálice nem o pratinho do pão, e não é estendido todo o lençol, mas somente é mostrado enrolado e dizendo-se o que é. Talvez João e Judas não o estendam, para não despertar em Maria a lembrança dolorosa dos atrozes tormentos padecidos por seu Filho.
Tendo terminado esta parte da cerimônia, os Apóstolos, em coro entoam seus cantos, isto é, os salmos, pois eles são cantados, como fazem os hebreus em suas sinagogas, ou em suas peregrinações a Jerusalém, para as solenidades prescritas pela Lei. A multidão se une ao coro dos Apóstolos, e assim vai ficando sempre mais entusiasmada.
Finalmente são trazidos os pães e colocados sobre o pratinho de metal que estava na parte de baixo do cofre, e também umas ânforas pequenas de metal.
Pedro os recebe do João, que está ajoelhado do outro lado da mesa, e, enquanto isso, Pedro está sempre entre a mesa e a parede, mas sempre voltado para a multidão – o tabuleiro com os pães, que ele levanta e oferece, Depois abençoa e o põe no cofre,
Judas de Alfeu, estando também ele ajoelhado ao lado de João, por sua vez estende a Pedro o cálice que está na parte inferior, e as duas ânforas que antes estavam perto dos pratinhos com pães, e Pedro mistura o conteúdo delas no cálice, que depois é levantado e oferecido, como ele já fez com o pão. Abençoa também o cálice e o pão sobre o cofre, ao lado dos pães.
Fazem ainda a oração. Pedro parte os pães em muitos pedaços pequenos, enquanto a multidão se prostra mais ainda, e diz:  “Este é o meu Corpo. Fazei isto em memória de Mim.”
Sai de atrás da mesa, levando consigo o tabuleiro cheios de pedaços de pão e, em primeiro lugar, vai a Maria e lhe dá um dos pedaços. Depois, vai para a frente da mesa e distribui o pão sagrado a todos os que se aproximam para recebê-lo. Dos pedaços, uns poucos são levados lá para a frente, e colocados no cofre.
Depois ele pega o cálice e o oferece aos presentes, sempre começando por Maria, João e Judas o acompanham, com as pequenas ânforas, e põem os líquidos quando o cálice está vazio, e, em seguida Pedro repete a elevação, a oferta e a benção, para consagrar o liquido. Depois que todos que pediam para serem alimentados com a Eucaristia tinham sido atendidos, os Apóstolos consumiram o pão e o vinho que ficaram. Em seguida, eles cantam um outro salmo ou hino, a, logo depois disso, Pedro abençoa a multidão, que, depois de sua benção, pouco a pouco vai-se indo embora.
Maria, a Mãe, que sempre ficou de joelhos, durante toda a cerimônia da consagração e distribuição das espécies do Pão e do Vinho, levanta-se e vai até o cofre. Ela se inclina por cima da mesa grande, e toca com a fronte a parte do cofre, onde foi colocado o cálice e o pratinho usado na Ceia, e dá um beijo sobre a beira deles. E um beijo também em todas as relíquias que ali estão recolhidas. Depois João fecha o cofre, entrega a chave a Maria, que a coloca pendente no seu pescoço.

( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 10, pgs. 431 a 435)


OBS: E assim foi. Os sucessores de Pedro mantiveram e aumentaram a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo durante os séculos. Esta é a única e verdadeira religião da terra. A única fundada por Deus: a Igreja Católica Apostólica Romana.

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