“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 14 de junho de 2016

MENSAGEM DE JESUS


 Jesus diz:

“Os justos são sempre sábios porque, sendo amigos de Deus, vivem em sua companhia e são instruídos por Ele, que é Infinita Sabedoria. Os meus avós eram justos e por isto tinham a sabedoria. Podiam dizer com verdade quanto diz o Livro, cantando os louvores da Sabedoria, no livro: “Eu a amei e a procurei desde a juventude e procurei torná-la minha esposa”.
Ana de Arão era a mulher forte de quem fala o nosso Avô. E Joaquim da estirpe do rei Davi, não tinha procurado tanto a formosura ou riqueza, quanto a virtude. Ana possuía uma grande virtude. Todas as virtudes reunidas num maço perfumado de flores, para tornar-se uma única lindíssima coisa, a Virtude. Uma virtude real, digna de estar perante o trono de Deus. Joaquim tinha portanto desposado duas vezes a sabedoria “amando-a mais que qualquer outra mulher”: a sabedoria de Deus encerrada no coração da mulher justa.
Ana de Arão não procurara outra coisa senão unir a sua vida à de um homem reto, certa de que na retidão está a alegria das famílias. Sendo a insígnia da “mulher forte” não lhe faltava nada a não ser a coroa dos filhos, glória da mulher casada, justificação do casamento, do qual fala Salomão. À sua felicidade não lhe faltavam senão os filhos, flores da árvore que se une à árvore vizinha obtendo assim a abundância de novos frutos, na qual duas bondades se fundem em uma, pois, também do lado do esposo, nunca lhe viera nenhuma desilusão.
Ela, agora a caminho da velhice, há decênios mulher de Joaquim, era sempre para ele “a esposa da sua juventude, a sua alegria, a cerva tão querida, a graciosa gazela”, cujas carícias tinham sempre o fresco encanto da primeira noite de núpcias e fascinavam docemente o seu amor, mantendo-o fresco como uma flor que o orvalho umedece e ardente como fogo constantemente alimentado.  Por isto, em suas aflições por não terem filhos, um dizia ao outro “palavras de consolo em pensamento e em cuidados”. Quando chegou a hora, a Sabedoria eterna, depois de tê-los instruído na vida, os iluminou com os sonhos da noite, alvorada do poema de glória que devia provir deles, Maria Santíssima, a minha mãe. Se na sua humildade não pensaram nisto, seus corações porém, tremeram de esperança, ao primeiro sinal evidente da promessa de Deus. Nas palavras de Joaquim já havia certeza: “Espera, espera... convenceremos Deus com nosso amor fiel”.
Sonhavam com um filho: tiveram a Mãe de Deus. As palavras do livro da Sabedoria parecem escritas para eles: “Por ela alcançarei glória perante o povo... por ela alcançarei imortalidade e deixarei memória eterna àqueles que depois de mim virão”. Mas, para conseguir tudo isto, tiveram de fazer-se discípulos de uma virtude veraz e duradoura, imune a qualquer acontecimento. Virtude de fé. Virtude de caridade. Virtude de esperança. Virtude de castidade. A castidade dos esposos! Eles a possuíram; porque não é preciso ser virgem para ser casto. E os leitos conjugais castos têm a proteção dos anjos recebendo filhos bons, que fazem da virtude dos pais a norma de suas vidas. Mas agora onde estão estes filhos? Hoje não se quer mais filhos e não se quer tampouco a castidade. Por isso eu digo que o amor e o leito conjugal estão profanados."


(de Jesus à Valtorta – O Evangelho como me foi Revelado, Vol, 1)

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