“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quinta-feira, 12 de maio de 2016

PARÁBOLA DOS OPERÁRIOS DA VINHA


PARÁBOLA DOS OPERÁRIOS DA VINHA


Ouvi ainda uma parábola.
Um patrão ao despontar do dia, saiu para contratar trabalhadores para a sua vinha e combinar com eles em pagar-lhes um denário por dia. Depois saiu novamente a hora tércia e, pensando que os trabalhadores contratados pela manhã ainda eram poucos e, vendo pela praça muitos desocupados á espera de quem os contrata-se, chamou-os e lhes disse: “ Ide para a minha vinha que eu vos pagarei o que prometi aos outros.” E eles para lá se foram.
Saiu o homem outra vez pela hora sexta e pela nona, e ainda viu outros e lhes disse: “ Quereis trabalhar para mim? Eu pagarei um denário por dia aos meus trabalhadores”. E eles aceitaram e foram.
Saiu o dono da vinha finalmente lá pela undécima hora e viu outros que por ali estavam despreocupadamente tomando os últimos raios de sol. “ Que estais fazendo aqui, assim despreocupados? Não tendes vergonha de ficar assim sem fazerdes nada o dia inteiro?”, perguntou-lhes ele.
“ Ninguém nos assalariou por dia. Teríamos querido trabalhar, ganhar o nosso pão. Mas ninguém nos chamou para a sua vinha.”
Está bem. Eu vos chamo para a minha vinha. Ide e recebereis o mesmo pagamento que os outros. Ele assim disse porque era um patrão bom e tinha dó da humilhação de seu próximo.
Quando chegou a tarde e terminado o trabalho, o homem chamou o seu feitor e lhe disse: “ Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário como foi combinado, mas começa pelos que chegaram por último, que são os mais necessitados, pois nem tiveram durante o dia o alimento que os outros receberam uma e mais vezes e que além disso foram os que por reconhecimento para com a minha compaixão, trabalharam mais do que os outros. Eu os estava observando. Despacha-os para que possam ir tomar o merecido descanso, gozando com os seus familiares do fruto do seu trabalho. E o feitor fez como o patrão lhe ordenou, dando a cada um deles um denário.
Por último chegaram os que haviam trabalhado desde a primeira hora do dia, e ficaram admirados por receberem eles também só um denário, e começaram a queixar-se uns com os outros e com o feitor, e este disse:” Eu recebi esta ordem. Ide reclamar com o patrão e não comigo.”
E ele foram e disseram: “ Tu não estás sendo justo! Nós trabalhamos doze horas, desde antes do orvalho até o meio dia, pelo meio do orvalho, e depois expostos ao sol ardente e em seguida dentro da umidade da tarde, e tu nos deste tanto como aqueles preguiçosos que trabalharam só uma hora!...Por que isso?”, e um especialmente levantava a voz dizendo-se traído e usado indignamente.
Meu amigo, em que fui injusto contigo? O que eu combinei contigo pela manhã? Foi um dia de trabalho contínuo e o salário de um denário. Não é verdade?
Sim é verdade. Mas tu pagaste o mesmo tanto aqueles, por um trabalho menor.
Tu não estiveste de acordo com aquele pagamento e não o julgaste justo?
Sim. Estive de acordo, porque os outros trabalhavam por menos.
Foste maltratado aqui por mim?
Não. Em consciência não.
Eu te concedi um descanso durante o dia e a comida, não é verdade? Três refeições eu te dei. E tanto a comida como o descanso não estavam combinados. Não é verdade?
Sim não estavam combinados.
Porque então os aceitastes?
Mas tu já o disseste: Preferi assim para não fazer que vos canseis, tendo que voltar ás vossas casas. E a nós nem parecia verdade aquilo...A tua comida era boa. E era uma economia, era...Era uma graça que eu vos dava gratuitamente e que ninguém podia pretender receber. Não é verdade?
É verdade.
Então eu vos fiz o bem. Por que então vos estais queixando? Eu que deveria queixar-me de vós que, compreendendo como devíeis proceder com o patrão com um patrão bom, estáveis trabalhando com preguiça, enquanto estes últimos que vieram depois de vós, tendo recebido o benefício de uma só refeição e os últimos até sem nenhuma refeição, trabalharam com mais afinco, fazendo em menos tempo o mesmo tanto de trabalho feito por vós em doze horas. Eu vos teria traído se tivesse partido ao meio o salário para pagar também a estes últimos. Mas não foi assim.
Por isso pega o que é teu e vai-te! Estarias querendo vir á minha casa para me impores o que queres? Eu faço o que quero e o que é justo. Não queiras ser malvado, nem tentar-me para que eu seja injusto. Eu sou bom.
Ó! Vós todos que estais ouvindo, em verdade Eu vos digo que Deus Pai a todos os homens propõe este mesmo contrato, e promete uma recompensa igual. A quem com diligência se põe a serviço do Senhor, Ele dará um tratamento com justiça, ainda que o trabalho seja pouco, por estar próxima a morte. Em verdade Eu vos digo, que nem sempre os primeiros serão os primeiros no Reino dos Céus, e que veremos últimos serem os primeiros e primeiros serem últimos. Lá veremos homens que não são de Israel e mais Santos do que muitos em Israel. Eu vim para chamar a todos, em nome de Deus. Mas se muitos são chamados, poucos são os escolhidos, porque poucos são os que desejam a Sabedoria.


(de Jesus para Valtorta, Vol 5)

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