AS LÁGRIMAS SÃO INFINITAS
Diz Deus Pai:
Conforme acabo de explicar, filha querida, essa é
a doutrina sobre as cinco lágrimas. Afoga-te, pois, no sangue de Cristo
crucificado, o Cordeiro humilde, sofredor e puro. Esforça-te por crescer nas
virtudes, aumenta em ti a chama da Minha caridade. Os cinco tipos de lágrimas
são como que canais: quatro deles derramam infinitas espécies de lágrimas, as
quais produzem a vida se forem usadas de acordo com a virtude. Infinitas,
repito, não no sentido de que tenhais de chorar sem fim nesta vida, mas
relativamente ao desejo da alma. Já afirmei que a lágrima brota do coração. É
ele que a recolhe no desejo santo e oferece aos olhos.
Como a madeira verde atirada ao fogo; por causa do calor, sua umidade ferve, geme. Com a madeira seca não acontece assim. Igualmente sucede com o coração, quando a graça divina o renova, destruindo a sequidão do egoísmo que enrijece a alma. Amor e lágrimas unem-se no desejo santo. Mas este último, durante esta vida, não tem limites. Quanto mais o homem ama menos acredita estar amando. Dessa forma: o desejo ulterior de amar provoca o pranto.
Quando a alma se separa do corpo e chega até Mim, seu fim último, não deixa o desejo santo; continua a querer-Me e a amar o próximo. A caridade penetrou em si como rainha, levando consigo o merecimento de todas as virtudes. Como já disse, cessa todo sofrimento; ao desejar-Me, a alma Me possui, sem temor de vir a perder o que tanto sonhara. Todavia suas aspirações crescem: ao desejar, é atendida; e ao ser atendida deseja mais, sem ameaça de qualquer fastio. Nem sofre ao desejar ainda. A perfeição é total.
É desse modo que vosso desejo é infinito. Nem poderia ser diferentemente. Se Me servísseis apenas com atitudes finitas, nenhuma virtude vossa alcançaria a vida. Sou o Deus infinito e quero serviço infinito de vossa parte. Mas de infinito só tendes o desejo da alma. Por isso dizia antes que as lágrimas são infinitas; infinitas, por estarem associadas ao desejo santo, infinito.
Depois da morte, a lágrima sensível não acompanha o homem. Mas ele leva consigo os merecimentos do pranto terreno e os consome. Sucede tal como a água que se atira numa fornalha; ela não fica de lado, mas é pelo fogo absorvida e vaporizada. Sim, é quanto acontece com o homem que chega ao céu, para experimentar o fogo da caridade divina, cheio de amor na união Comigo e o próximo, causa de suas lágrimas. Ele não pára de Me oferecer suas aspirações, felizes e lacrimosas; só que não serão mais lágrimas dos olhos, mas lágrimas de fogo do Espírito Santo.
Como a madeira verde atirada ao fogo; por causa do calor, sua umidade ferve, geme. Com a madeira seca não acontece assim. Igualmente sucede com o coração, quando a graça divina o renova, destruindo a sequidão do egoísmo que enrijece a alma. Amor e lágrimas unem-se no desejo santo. Mas este último, durante esta vida, não tem limites. Quanto mais o homem ama menos acredita estar amando. Dessa forma: o desejo ulterior de amar provoca o pranto.
Quando a alma se separa do corpo e chega até Mim, seu fim último, não deixa o desejo santo; continua a querer-Me e a amar o próximo. A caridade penetrou em si como rainha, levando consigo o merecimento de todas as virtudes. Como já disse, cessa todo sofrimento; ao desejar-Me, a alma Me possui, sem temor de vir a perder o que tanto sonhara. Todavia suas aspirações crescem: ao desejar, é atendida; e ao ser atendida deseja mais, sem ameaça de qualquer fastio. Nem sofre ao desejar ainda. A perfeição é total.
É desse modo que vosso desejo é infinito. Nem poderia ser diferentemente. Se Me servísseis apenas com atitudes finitas, nenhuma virtude vossa alcançaria a vida. Sou o Deus infinito e quero serviço infinito de vossa parte. Mas de infinito só tendes o desejo da alma. Por isso dizia antes que as lágrimas são infinitas; infinitas, por estarem associadas ao desejo santo, infinito.
Depois da morte, a lágrima sensível não acompanha o homem. Mas ele leva consigo os merecimentos do pranto terreno e os consome. Sucede tal como a água que se atira numa fornalha; ela não fica de lado, mas é pelo fogo absorvida e vaporizada. Sim, é quanto acontece com o homem que chega ao céu, para experimentar o fogo da caridade divina, cheio de amor na união Comigo e o próximo, causa de suas lágrimas. Ele não pára de Me oferecer suas aspirações, felizes e lacrimosas; só que não serão mais lágrimas dos olhos, mas lágrimas de fogo do Espírito Santo.
(Do Livro O Diálogo – Santa Catarina de Sena)
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