A DEVOÇÃO DE MARIA
MADALENA
Na casa de
Lázaro, Marta se irrita com sua irmã Maria Madalena pela falta de ajuda nas
coisas da casa, e Jesus a repreende dizendo:
“Ela não está ociosa, Marta. Não se trata de ócio, mas de
amor. O ócio era antes. E tu tanto que choraste por causa daquele ócio infame.
O teu choro deu ainda mais asas ao meu andar para salvá-la para Mim e entregá-la
ao teu honesto afeto. Quererias impedi-la de amar ao seu Salvador? Preferirias
que ela estivesse longe daqui para não trabalhar, mas ficando também longe de
Mim?
Marta, Marta!
Deverei Eu então dizer que esta aqui (e Jesus lhe põe a mão
sobre a cabeça), que veio de tão longe, te superou no amor? Deixa-a em paz. Ela
esteve tão doente! Agora é uma convalescente que está ficando curada, bebendo
as bebidas que a reconstituem. Ela tem sido tão atormentada... Agora, tendo
saído do incubo, está olhando ao redor de si e descobre que está nova, descobre
um mundo novo. Deixa que ela o faça com segurança. Com este seu mundo “novo”, ela
deve esquecer-se do passado e conquistar para si o que é eterno... Isso não
será conquistado apenas com o trabalho mas também com a adoração. Terá
recompensa quem tiver dado um pão ao apóstolo e ao profeta. Mas dupla
recompensa terá quem se tiver esquecido até de alimentar-se para me amar,
porque maior do que a carne terá sido o espírito, o qual terá tido vozes mais
fortes até do que as que são lícitas entre as necessidades humanas. Tu te
preocupas com muitas coisas, Marta. E esta aqui se preocupa só com uma, mas é a
que basta para o seu espírito e sobretudo para o seu e teu Senhor. Deixa que
caiam as coisas inúteis. Imita a tua irmã. Maria escolheu a melhor parte, a que
nunca lhe vai ser tirada. Quando todas as virtudes tiverem sido superadas,
porque não serão mais necessárias aos cidadãos do Reino, a única que ficará
será a Caridade.
Está continuará sempre. Como a única, Soberana. Ela, Maria,
escolheu esta e esta ela tomou como seu escudo e bordão. Com esta, como sobre
as asas de um anjo, ela irá para o meu Céu.”
(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pg. 129)
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