“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quarta-feira, 6 de abril de 2016

DEUS DARÁ



VIVER NA PREGUIÇA DIZENDO: “DEUS DARÁ” É PECADO


Diz Jesus:

Em verdade, vos digo: Vós não Me estais procurando para ouvir-me e pelos milagres que vistes, mas por aquele pão que Eu vos dei a comer à vontade e sem pagar nada. Três quartas partes de vós era por isso que Me procuravam, e por curiosidade, vindos de todos os lados de nossa Pátria, Nessa busca vossa, faltou o espírito sobrenatural, e vos fica ainda dominando o espírito humano com suas curiosidades doentias ou, menos, com uma imperfeição infantil, não por ser simples como a dos pequeninos, mas porque diminuída, como a inteligência de alguém que tem uma mente obtusa. E, com a curiosidade vem junto a sensualidade e um sentimento viciado. A sensualidade, que se esconde sutil como o demônio do qual é filha, atrás das aparências e em atos aparentemente bons e o sentimento viciado, que é simplesmente um desvio mórbido do sentimento, e que, como tudo o que é “doença”, tem necessidade de medicamento e os apetece, de medicamentos que não são o alimento simples, como um bom pão, uma água boa, um óleo genuíno, o primeiro leite, que basta para viver, e viver bem. O sentimento viciado precisa de coisas extraordinárias para sentir um calafrio que passa, o calafrio doentio dos paralisados, que têm necessidade de medicamento para terem sensações que os iludam, e os façam pensar que ainda estão íntegros e viris. A sensualidade, que quer satisfazer sem esforços a gula, neste caso, com um pão adquirido sem o suor do rosto, mas pela bondade de Deus.
Os dons de Deus não são um costume, mas uma coisa extraordinária. Não se pode pretender tê-los, nem viver na preguiça dizendo: “Deus os dará”. Está escrito: “Comerás o pão molhado com o suor do teu rosto”, isto é, o pão que se galha trabalhando. Porque, se Aquele que é Misericórdia disse: “Tenho compaixão deste povo, pois ele me segue há três dias e não tem mais o que comer e poderia desfalecer pelo caminho antes de chegar a Hipo, na beira do lago, ou em Gamala, ou a alguma outra cidade”, e o proveu, contudo não está dito que deva ser seguido por isso.
Há de ser por muito mais do que por um pedaço de pão, que, afinal, vai-se transformar em excremento depois da digestão, é que Eu estou sendo seguido. Não é pelo alimento que enche o ventre, mas por aquele que nutre a alma. Porque vós não sois somente uns animais, que precisam pastar e ruminar, ou fuçar e engordar.
Mas vós sois almas!
Isto é o que sois!
A carne é uma veste, a essência é a alma.
É ela que é duradoura.
A carne, como as vestes, se desgasta e acaba, e não merece que se cuide dela como se ela fosse uma coisa perfeita, à qual se devam dar todos os cuidados.
Procurai, pois, o que é justo que se procure, não o que é injusto. Tratai de procurar para vós, não o alimento perecível, mas o que dura para uma vida eterna. Este, o Filho do Homem vo-lo dará sempre, basta que o queirais. Porque o Filho do Homem tem à sua disposição tudo o que vem de Deus e o pode dar. Ele é o Dono, e um dono magnânimo, dos tesouros de Deus Pai, que imprimiu nele o seu selo, a fim de que os olhos honestos não se enganem. E, se tiverdes em vós o alimento não perecível, podereis fazer as obras de Deus, sendo nutridos como o alimento de Deus.”


(de Jesus à Valtorta, Vol. 5, pgs 388 a 390)

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