TOME CADA UM A SUA CRUZ
Diz
Jesus:
“Eu
vim para ser o Caminho, a Verdade e a Vida. Eu vos dou a Verdade com aquilo que
Eu vos ensino. Eu vos aplaino o Caminho, com o meu sacrifício, e o traço para
vós e vo-lo mostro. Mas a vida Eu vo-la dou, com a minha Morte. E lembrai-vos
de que quem quer que corresponda ao meu chamado, e se coloque em minhas
fileiras para cooperar na redenção do mundo, deve estar pronto a morrer para
dar aos outros a vida. Por isso, quem quiser vir atrás de Mim, deve estar
pronto a renegar-se a si mesmo, ao velho si mesmo, com sua paixões, tendências,
costumes, tradições e pensamentos, para acompanhar-me com o seu novo “si
mesmo”.
Tome
cada um a sua cruz, como Eu irei tomar a minha. Tome-a, por mais infamante que
ela pareça ser. Deixe que o peso da sua cruz esmague o seu “si mesmo” humano,
para livrar o “si mesmo” espiritual ao qual a cruz causa horror, mas pelo contrário,
é objeto de apoio e de veneração, porque o espírito sabe e se lembra. Em com a
sua cruz, me siga. Esperá-lo-á, no fim do caminho, a morte ignominiosa, como a
que me espera? Não importa. Não se aflija, mas se rejubile, porque a ignomínia
da terra se transformará em grande glória no Céu, enquanto que será uma desonra
o ser covarde, frente aos heroísmos espirituais. Vós sempre dizeis que quereis
seguir-me até a morte. Segui-me então, e Eu vos conduzirei ao Reino, por um
caminho áspero, mas santo e glorioso, ao termo do qual conquistareis a Vida sem
mudanças, para sempre. Isto será “viver”. Mas, ao contrário, seguir os caminhos
do mundo e da carne, é “morrer”. De modo que, se alguém quiser salvar a sua
vida nesta terra, a perderá. Enquanto que o que perder a sua vida nesta terra
por causa de Mim, e por amor ao Evangelho, a salvará. Mas, considerai: que
adiantará ao homem ganhar todo este mundo, se depois ele perder a sua alma?
E
ainda, guardai-vos bem, agora e no futuro, de envergonhar-vos das minhas
palavras, no meio da geração estulta, adúltera e pecadora, da qual Eu falei, e
esperando receber dela proteção ou vantagens, começar a adulá-la e a renegar-me
a Mim e à minha Doutrina e, lançando as palavras que tinham nas gargantas
imundas de uns porcos e de uns cães, para receber deles, em pagamento
excrementos em lugar de moedas, será julgado pelo Filho do Homem, quando Ele
vier na glória do seu Pai, com os anjos e com os santos para julgar o mundo.
Ele, então, se envergonhará desses adultos e fornicadores, desses covardes e
usuários, e os expulsará do seu Reino, porque não há lugar na Jerusalém celeste
para os adúlteros e fornicadores, os blasfemadores e os ladrões. E, em verdade,
Eu vos digo que há alguns presentes que não passarão pela morte, antes de terem
visto o Reino de Deus ser fundado, com seu Rei coroado e ungido.”
(de
Jesus à Valtorta, Vol. 5, pgs. 331, 332)
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