“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

sexta-feira, 11 de março de 2016

QUEM ME AMA, QUE ME SIGA


QUEM ME AMA, QUE ME SIGA

Diz Jesus:

“É assim que vai iniciar-se o meu terceiro ano de vida pública. Ele se inicia com uma partida bem triste, como também foi o primeiro e o segundo. Ele se inicia com uma grande oração e penitência, como o primeiro... Porque tem as dificuldades dolorosas do primeiro, e mais ainda. Naquele tempo Eu me estava preparando para converter o mundo. Agora, Eu me estou preparando para uma obra bem mais vasta e importante. Mas, escutai-me bem, e ficai sabendo que se no primeiro Eu fui Homem-Mestre, o Sábio que invoca a Sabedoria com sua humanidade perfeita e sua perfeição intelectual, e que no segundo fui o Salvador e Amigo, o Misericordioso, que passa acolhendo, perdoando, compadecendo-se e suportando, no terceiro Eu serei o Deus Redentor e Rei, o Justo, não vos espanteis, pois se virdes em Mim formas novas, se no Cordeiro virdes brilhar o Forte.
Que foi que Israel me respondeu, ao meu convite de amor, ao abrir-lhe os braços dizendo: “Vem, Eu amo e perdôo?” Foi com uma sempre crescente e obstinada obtusidade e dureza de coração, com a mentira e com suas ciladas. Pois bem. Assim seja.
Eu o havia chamado, em todas as suas classes, inclinando minha fronte até o pó.
E sobre essa Santidade, que se humilhava, ele ainda escarrou.
Eu o havia convidado a santificar-se. E ele me respondeu endemoninhando-se.
Eu cumpri o meu dever em tudo. E ele chamou o meu dever de “pecado”.
Eu calei-me. E ele tomou o meu silêncio por culpabilidade.
Eu falei. E ele chamou a minha palavra de blasfêmia.
Agora basta!
Ele não me deixou respirar. Não me concedeu nenhuma alegria. E a alegria para Mim consistia em fazer que Eu crescesse na vida espiritual dos recém-nascidos para a Graça. São-lhes armadas ciladas, e eles vêm a Mim, que os devo tirar do meu peito, causando a eles e a Mim a angústia que sentem os progenitores e os filhos separados uns dos outros, a fim de colocá-los a salvo de um Israel malévolo.
Eles, os poderosos de Israel, que se dizem os “santificadores”, e se gabam de o serem, me impedem a Mim e gostariam de impedir-me de salvar e de alegrar-me com os salvados por Mim.
Eu tenho, há já muitos e muitos meses um Levi publicano em minha amizade e a meu serviço, e o mundo pode ver se Mateus é um escândalo ou uma emulação. Mas, a acusação continua a ser feita, e continua a ser feita por causa de Maria de Lázaro e de tantos e tantos outros, que Eu salvarei.
Agora basta!
Eu vou indo pelo meu caminho sempre áspero e molhado pelo pranto... Eu vou... Nenhuma de minhas lágrimas cairá em vão. Elas gritam ao meu Pai... E depois, haverá de gritar um outro humor bem mais poderoso. Eu vou. Eu não me detenho. Quem me ama, que me siga, e tenha coragem, porque vêm se aproximando as horas da dureza. Eu não me detenho. Nada me faz parar. Eles também não pararão... Mas, ai deles! Ai deles! Ai daqueles por cuja causa o Amor tem que virar Justiça!... O sinal do novo tempo vai ser o de uma Justiça severa para todos aqueles que estão obstinados no seu pecado contra as palavras do Senhor e contra a ação do Verbo do Senhor!...”
Jesus está parecendo um arcanjo punidor. Eu diria que Ele está em chamas, contra a parede enfumaçada, de tanto que seus olhos estão brilhando... Parece que Ele brilha até em sua voz, que está com sons agudos como os do bronze e da prata, quando nesses metais se bate com violência.
Os oito apóstolos estão pálidos e como que diminuídos pelo temor. Jesus olha para eles... Com piedade e amor. E diz: “Não digo isto para vós meus amigos. Não são para vós estas ameaças. Vós sois os meus apóstolos, e Eu vos escolhi.” Sua voz se torna doce e profunda.


( de Jesus à Valtorta, Vol. 5, pgs. 107, 108, 109)

Sem comentários:

Enviar um comentário