“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DEUS É MISERICORDIOSO


JESUS E UM JUDEU

“Os homens são perfeitos em seus espíritos?”
“Não. Porque Adão pecou, e nós temos aquela culpa em nós. E ela nos torna fracos. O homem perdeu a Graça do Senhor, a única força pela qual podíamos regular-nos...”
“E o Senhor sabe disso?”
“Ele sabe tudo.”
“E então tu achas que Ele não tem misericórdia, levando em conta as coisas que enfraquecem o homem? Achas tu, então, que Ele vai exigir dos pecadores o que Ele podia exigir do primeiro Adão? Nisto é que está a diferença, que vós não levais em conta. Deus é Justiça, sim. É poder, sim. Pode ser até rigor para com o impenitente, que continua em seu pecado. Mas, quando Ele vê que um dos seus meninos, todos são meninos nesta terra, pois a vida aqui é apenas uma hora da eternidade para o espírito, o qual se torna adulto pelo exame espiritual de sua maioridade, no Juízo Particular, quando Ele vê que um dos seus meninos falta, porque está descuidado, porque é lerdo em saber discernir, porque é pouco instruído, porque é fraco em alguma coisa ou em muitas coisas, pensas tu que o Pai Santíssimo o possa julgar com um rigor inexorável? Tu o disseste. O homem perdeu a Graça, a força para reagir à tentação e aos apetites. Tu o disseste. E Deus sabe disso. E não é preciso ficar tremendo por medo de Deus, nem evitá-lo, como fez Adão depois da culpa. O que é preciso é recordar-se de que Ele é Amor. O seu rosto resplende sobre os homens, mas não para reduzi-los a cinzas, mas, sim, para confortá-los, como o sol nos conforta com seus raios. O Amor, e não o rigor, é o que é irradiado por Deus. São raios de sol, e não uma chuva de flechas fulminantes. E, afinal... que é que por Si mesmo o Amor impôs? Terá sido alguma carga insuportável? Será algum código com uma finalidade de capítulos, que facilmente se esquecem? Não. Mas somente os dez Mandamentos. Por que se há de levar o homem como um animal freado, um poldro que, se não estiver freado vai para sua própria ruína? Mas, quando o homem estiver salvo, quando lhe for dada de novo a Graça, quando chegar o Reino de Deus, isto é, o Reino do Amor, aos filhos de Deus e aos súbditos do Rei será dada somente uma ordem, e nela estará tudo: “Ama ao teu Deus com tudo o que és e tens, e ao teu próximo como a ti mesmo!” Por que tu crês, ó homem, que Deus-Amor não pode tornar mais leve o jugo, e até torná-lo suave, e que o amor tornará fácil o serviço de Deus não mais temido, mas amado? Amado somente, amado por Si mesmo e amado em nossos irmãos. Como será simples a última Lei. Assim como Deus é perfeito em sua simplicidade.
Escuta: ama a Deus com tudo o que és e que tens, ama o teu próximo como a ti mesmo. Medita nisto. Aqueles pesados seiscentos e treze preceitos, e todas as orações já não está tudo contado nestas duas frases, livrando-vos das cavilações inúteis, que não são religião, mas escravidão diante de Deus? Se amas a Deus, certamente tu o honras em todas as horas. Se amas ao próximo, certamente não lhe fazes nada que lhe cause sofrimento. Tu não mentes, não roubas, não matas nem feres, não és adúltero. Não é assim?”
“Assim é... Mestre justo, eu quereria ficar contigo, mas o Gamaliel já perdeu para Ti seus melhores discípulos... Eu...”
“Não é ainda a hora para vires a Mim. Quando ela chegar, o teu próprio mestre te dirá, porque ele é um justo.”
“Ele o é de verdade? Tu o dizes?”
“Eu o digo, porque é verdade. Eu não sou como alguém que abate para subir, depois sobre o abatido. Eu reconheço a cada um o que é seu... Mas, eis que nos estão chamando... Certamente encontraram alojamento para nós. Vamos...”


(de Jesus à Valtorta, Vol 7, pgs. 308, 309)  

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