“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

AS DORES DO REDENTOR E DA CO-REDENTORA


O REDENTOR E A CO-REDENTORA

Depois de ver sua Mãe ir embora chorando, em uma das muitas vezes que isto ocorreu, durante suas peregrinações evangelizadoras pela Palestina, por saber que logo O perderia, Jesus Diz:


“Também isto não esqueci, das dores de Maria. Ter estraçalhado a ela com a espera do meu sofrimento, tê-la visto chorar. É por isto que não lhe nego nada. Ela me deu tudo. Eu lhe dou tudo. Ela sofreu toda a dor. Eu lhe dou toda a alegria.
Desejo que, quando pensas e, Maria, medites esta sua agonia que durou trinta e três anos e culminou aos pés da Cruz. Ela sofreu por vós. Por vós as derrisões da multidão que a julgava mãe de um louco. Por vós as reprovações dos parentes e das pessoas importantes. Por vós, a minha aparente indiferença: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que fazem a vontade de Deus”. E quem mais do que ela fazia essa vontade, e uma vontade tremenda, que lhe impunha a tortura de ver supliciar o Filho?
Por vós as fadigas de encontrar-me aqui e ali. Por vós os sacrifícios, aquele de deixar a sua casinha e misturar-se às multidões, aquele de deixar a sua pequena pátria pelo tumulto de Jerusalém. Por vós o dever estar em contato com aquele que alimentava no coração a traição. Por vós a dor de ouvir-me acusado de possessão diabólica, de heresia. Tudo, por vós.
Vós não sabeis quanto amei minha Mãe. Vós não refletis como o coração do Filho da Maria fosse sensível aos afetos. E credes que minha tortura tenha sido puramente física, no máximo percebeis a tortura espiritual do abandono final do Pai.
Não, filhos. Também as paixões do homem Eu as provei. Sofri por ver minha Mãe sofrer por dever conduzi-la, como cordeirinha mansa, ao suplício, de ter de estraçalhá-la com os sucessivos adeus, em Nazaré na primeira evangelização, nisto que vos mostrei e que precede a minha iminente Paixão, e naquilo quando já estava em andamento a traição de Iscariodes, antes da Ceia, ou naquele atroz sobre o Calvário.
Sofri por ver-me escarnecido, odiado, caluniado, procurado por curiosidade má, que não envolvia um bem mas antes um mal. Sofri por todas as mentiras que fui obrigado a ouvir ou ver agindo em minha frente. Aquelas dos fariseus hipócritas, que me chamavam mestre e me faziam perguntas, não pela fé um minha inteligência, mas para me armar ciladas; aquelas dos beneficiados por Mim, e que se voltaram aos acusadores no Sinédrio e no Pretório; aquela premeditada, longa, sutil de Judas, que me vendeu e continuou a fingir-se discípulo, que me indicou aos perseguidores com o sinal do amor. Sofri pela mentira de Pedro, tomado de medo humano.
Quanta mentira, e tão revoltante para Mim que sou a Verdade!
Quanta mentira, ainda agora, há em relação a Mim! Dizeis amar-me, mas não me amais. Tendes o meu Nome sobre os lábios, e no coração adorais a Satanás e seguis uma lei contrária à minha.
Sofri pensando que diante do valor infinito do meu Sacrifício, o Sacrifício de um Deus, tão poucos se salvariam. Todos, digo: todos aqueles que nos séculos dos séculos da terra haveriam preferido a morte do que a Vida Eterna, tornando vão o meu Sacrifício, Eu os tive presentes. E com este conhecimento caminhei de encontro a morte.
Vê pequeno João, que o teu Jesus e a Mãe sofreram agudamente no seu eu moral. E longamente. Paciência, então, se deverás sofrer. “Nenhum discípulo é maior que o Mestre”, Eu o disse.


(de Jesus à Valtorta, Vol. 7, pgs. 355 e 356)


                                                            MARIA, LUZ DO PARAÍSO





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