QUANDO O MAL SERÁ VENCIDO PARA SEMPRE?
“Mestre...
eu penso... Penso em todas as palavras dos nossos salmistas, no livro de Jó,
nas palavras dos livros sapienciais, nas quais se celebra o poder de Deus. E
não sei porque este pensamento que me vem sobre aquilo que eu vejo, me faz
surgir outro pensamento que é: se tendo sido elevados a uma beleza perfeita,
sobre uma pureza azul e luminosa, se formos justos até o fim, até o dia da
grande contagem, no dia do Teu Triunfo Eterno, no dia que Tu nos descreves e
que será o fim do Mal... E me fica parecendo estar vendo povoada esta imensidão
do céu pelos corpos luminosos ressuscitados por Ti, que estarás brilhando mais
do que mil sóis, no meio dos bem-aventurados, sem que haja mais dores, nem
lágrimas, nem insultos, nem difamações, como aquelas de ontem à tarde... mas
paz, paz, paz... Mas, quando é que o Mal deixará de ser nocivo? Será que ele
quebrará as suas flechas contra o teu sacrifício? Persuadir-se-à ele de ter
sido vencido?”, diz João, que a princípio estava sorrindo, mas agora está
angustiado.
“Nunca. Ele sempre julgará ser um
triunfador, mesmo com todos os desmentidos que os justos lhe darão. E o meu
Sacrifício não quebrará suas flechas. Mas a hora virá, a hora final, na qual o
Mal será vencido, e uma beleza ainda mais infinita do que a que o teu espírito
prevê, os eleitos serão o único Povo, Eterno, Santo, o Povo verdadeiro do Deus
verdadeiro.”
“E
nós estaremos lá todos?”, perguntam os apóstolos.
“Todos.”
“E
nós?”, pergunta um grupo de discípulos.
“Vós
também lá estareis todos.”
“Todos
os aqui presentes, ou todos os que somos discípulos? Nós que já somos muitos,
apesar dos que se separaram.”
“E
sempre mais vós sereis. Mas nem todos sereis fiéis até o fim. Contudo, muitos
estarão comigo no Paraíso. Alguns terão o prêmio depois da expiação. Outros,
desde o primeiro momento depois da morte, mas o prêmio será tão grande que,
assim como vós esquecereis da Terra e de suas dores, assim vós esquecereis do
Purgatório com suas nostalgias espirituais de amor.”
...Um
que morrer assim(torturado), será muito perdoado”, diz um velho discípulo, cujo
nome eu não sei.
“Não somente muito, mas será perdoado de
tudo, Papia. Porque o amor é uma absolvição, e o sacrifício é uma absolvição, e
a confissão heróica da fé é uma absolvição. Vai, portanto, com um tríplice banho,
será dado aos mártires.”
(de
Jesus à Valtorta, Vol. 6, pg. 431, 432)
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