“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

MARIA A MÃE DE TODOS


MARIA A MÃE DE TODOS


E Maria e Maria de Cléofas entram de novo em casa... Na casa onde permanecem, recordando o que acontecera pouco antes, cadeiras fora de lugar, louças ainda esparsas... a desordem que segue a uma partida.
Maria acaricia pensativa, o pequeno tear, no qual ela ensinava Áurea a trabalhar... Ela está com os olhos já brilhando, por causa de um choro que está sendo por ela retido.
“Tu sofres, Maria!”, diz-lhe Maria de Cléofas, que está chorando sem fazer esforço para reter o choro. “Tu já estavas afeiçoada!... Para cá estão vindo... depois lá se vão... e nós ficamos sofrendo.”
“É a nossa vida de discípulas. Ouviste hoje o que Jesus dizia: “Assim fareis no futuro: vendo em todas as criaturas almas fraternas, sereis hospitaleiros, sobrenaturalmente hospitaleiros, julgando-vos peregrinos. Dareis ajuda, comida, conselho, e depois deixareis que os irmãos vão para os seus destinos, sem ficardes segurando com amores ciumentos, certos de que, após a morte vos encontrareis de novo com eles. Virão perseguições, e muitos vos terão que deixar e ir para o martírio. Não sejais vós que aconselhareis a ninguém a vileza. Permanecei na oração em vossas casas, que se esvaziaram para ir garantir a coragem dos mártires, serenos para fortalecerem os mais fracos, e fortes para estarem prontos a imitar aqueles heróis. Acostumai-vos com as separações, com os atos de heroísmo, com o apostolado da caridade fraterna, desde agora...”
E nós o estamos fazendo. Estamos sofrendo... isto é certo! Nós somos de carne... Mas o espírito goza de uma alegria espiritual, que é a de fazer a vontade do Senhor e cooperar para a sua glória. Por outro lado... Eu sou a Mãe de todos... e não o devo ser de um só. Eu não o sou com exclusividade nem mesmo com Jesus... Tu estás vendo como eu o deixo ir, sem ficar detendo-o... Eu gostaria de ficar aqui até que Ele dissesse: “Vem”. E eu fico.
As permanências dele aqui? São as minhas alegrias de mãe.
As minhas peregrinações com Ele? São as minhas alegrias de discípula.
As minhas solidões aqui? São as minhas alegrias de fiel, que faz a vontade do seu Senhor.”
“Aquele Senhor é teu Filho, Maria...”
“Sim. Mas é sempre o meu Senhor...”


( de Jesus à Valtorta, Vol 7, pgs. 54,55)

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