“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 1 de setembro de 2015

APARIÇÃO DE JESUS RESSUSCITADO AOS PASTORES


APARIÇÃO DE JESUS RESSUSCITADO AOS PASTORES


Também estes vão apressados para debaixo das oliveiras, e vão tão certos de sua Ressurreição, que estão falando dela, com a alegria de meninos felizes. E vão indo diretamente para a cidade.
Diremos a Pedro que olhe bem para Ele e nos diga como é belo o seu rosto, diz Elias.
Oh! Eu, por mais que Ele possa ser belo, nunca poderei esquecer-me de como Ele era quando foi torturado, murmura Isaque.
Mas, tu o tens presente como quando Ele foi levantado com a Cruz? , pergunta Levi. E vós outros?
Eu, perfeitamente. Então a luz ainda estava boa. Depois com os meus olhos velhos eu só vi bem pouca coisa, diz Daniel.
Eu, ao contrário, o vi, enquanto não pareceu estar morto. Mas eu preferia ser cego, para não ver, diz José.
Oh! Tudo bem. Agora Ele está ressuscitado, e isso deve fazer-nos felizes, diz João para consolá-lo.
E o pensamento de que nós não o abandonamos, a não ser para fazer alguma caridade, acrescenta Jônatas.
Mas o nosso coração ficou lá em cima. Para sempre, murmura Matias.
Sempre sim. Tu que o viste no Sudário, dize-nos, como é Ele? Saiu parecido? , pergunta Benjamim.
Saiu tão parecido como se estivesse falando, responde Isaque.
Nós veremos aquele Véu? , perguntam muitos.
Oh! A Mãe o mostra a todos. E certamente o vereis. Mas é uma triste vista. Melhor seria ver... Oh! Senhor!
Servos fiéis, eis-me aqui. Ide, Eu vos espero, há dias na Galiléia. Ainda quero dizer-vos que vos amo. Jonas está feliz, com os outros no Céu.
Senhor! Oh! Senhor!
A paz esteja convosco, os de boa vontade.
O Ressuscitado desaparece, no raio vivo do sol do meio-dia. E, quando eles levantam as cabeças, Ele já não está mais lá. Mas o que lá está é a grande alegria de tê-lo visto como Ele está agora: Glorioso.
Eles se levantam, pondo-se de pé, e transfigurados de alegria. Em sua humildade, eles não sabem fazer, a idéia de terem merecido vê-lo, e dizem: “A nós! Logo a nós! Como é bom o Nosso Senhor. Desde o seu nascimento até o sei triunfo, foi sempre humilde e bom para com os seus servos!”
E como Ele estava bonito!
Oh! Bonito daquele modo, nunca houve! Que majestade.
Parece mais alto ainda e mais maduro em anos.
É Ele mesmo o Rei.
Oh! Chamavam-no o Rei Pacífico! Mas Ele é também o Rei tremendo, para aqueles que devem ter medo do seu julgamento!
Viste os raios que escapavam do seu Rosto?
E que relampejos em seus olhos!
Eu não tinha coragem de fitá-lo. E fitá-lo eu acho que eu teria podido, porque eu penso que talvez não me será mais concedido vê-lo daquele modo, a não ser no Céu. E eu quero conhecê-lo para que naquela hora não fique com medo.
Oh! Não precisamos ter medo, se ficarmos como estamos: nós somos seus servos fiéis. Tu ouviste: “Ainda quero dizer-vos que vos amo. Paz a vós de boa vontade.” Uma só palavra além destas já é demais. Mas nestas poucas palavras está a aprovação de tudo o que fizemos até agora e toda a mais alta promessa da vida futura. Oh! Vamos entoar o canto da alegria. Da nossa alegria:
“Glória a Deus no mais alto do Céu, e paz na Terra aos homens de boa vontade.”
Verdadeiramente o Senhor ressuscitou, como Ele havia dito pela boca dos profetas e com sua palavra sem defeito.
Ele perdeu, com o Sangue, tudo que o beijo de um homem tinha deixado nele de corrupção e, sendo limpo como é o altar, o seu Corpo assumiu a inexprimível beleza de Deus.
Antes de subir ao Céu, Ele se mostrou aos seus servos. Aleluia!
Vamos cantando: Aleluia. A Eterna Juventude de Deus.
Vamos anunciando aos povos que Ele ressuscitou, aleluia!
O Justo, o Santo, ressuscitou, aleluia, aleluia! Do sepulcro Ele saiu Imortal!
E o homem justo ressuscitou com Ele. No pecado, como na gruta, estava fechado o coração do homem.
E Ele morreu para dizer: “Levantai-vos.” E os que estavam dispersos se levantaram, aleluia!
Tendo aberto as portas do Céu para os eleitos, Ele disse: “Vinde.”
Que Ele nos conceda, pelo seu Santo Sangue que subamos até lá, nós também, Aleluia!
Matias, o ancião ex-discípulo de João Batista, vai na frente, cantando, como noutros tempos cantou Davi, diante do seu povo, pelas estradas da Judéia. Os outros o acompanharam, fazendo coro a cada aleluia, com um júbilo santo.
Jônatas, que faz parte do grupo, diz, quando Jerusalém já está a seus pés, e eles, com passos rápidos, vão descendo pela pequena colina: “Por causa do seu nascimento, eu perdi minha Pátria e minha casa, e por causa de sua morte, perdi a nova casa onde, durante trinta anos, trabalhei honestamente. Mas, mesmo que me tivesse sido tirada a vida por Ele, eu teria morrido com alegria, porque a teria perdido por Ele. Eu não guardo rancor daquele que é injusto comigo. O meu Senhor me ensinou com sua morte a perfeita mansidão. E eu não penso no amanhã. Minha morada não é aqui, mas é no Céu. Viverei na pobreza, por Ele tão amada, e o servirei até a hora em que Ele me chamar... e lhe oferecerei até a renuncia à minha patroa... Este é o espinho mais duro... Mas agora que eu vi a dor do Cristo e sua glória, não devo ficar pensando em minha dor, mas somente esperar a glória celeste.
Vamos dizer aos apóstolos que Jônatas é o servo dos servos de Cristo.”



( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 10, pgs. 248 a 250)

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