O AMOR DE JESUS POR MARIA E DE MARIA POR JESUS.
Síntique,
eu quereria falar-te em particular. Sobe para o terraço. Vem tu também, minha
Mãe...
E
no rústico terraço, que cobre toda uma ala da construção, ao sol quente que
está aquecendo o ar, Jesus está dando lentamente uns passos, entre Maria e a
grega, e diz: Amanhã nos separaremos por algum tempo. Perto de Arbela, vós,
mulheres, junto com João de Endor, ireis para o Mar da Galiléia, continuando
juntos até Nazaré.
Mas,
para não mandar-vos sozinhas, só com um homem já bem enfraquecido, Eu vos farei
acompanhar pelos meus irmãos e por Simão Pedro. Eu prevejo que haverá
repugnância por esta separação. Mas a obediência é a virtude do justo. Passando
pelas terras de que Cusa cuida em nome de Herodes, Joana pode ter escolta para
o resto do caminho. Então, vós dispensareis a companhia dos filhos de Alfeu e
de Simão Pedro. Mas o motivo pelo qual Eu pedi para subires até aqui é o
seguinte: Quero dizer-te Síntique, que Eu decidi que passes algum tempo na casa
de minha Mãe. Ela já o sabe. Contigo ficarão João de Endor e Marziam. Estando
lá, tratai-vos bem, formando-vos sempre mais na Sabedoria. Eu quero que tomes
muito cuidado com o pobre João. A minha Mãe Eu nem digo isso, porque Ela não
precisa de conselhos. Tu podes compreender João e ter dó dele e ele pode
fazer-te muito bem, pois é um mestre experiente. Depois, Eu irei. Oh! Irei
logo! E nos veremos frequentemente. Espero achar-te mais sábia no conhecimento
da verdade. Eu te abençôo particularmente, Síntique. Este é o meu adeus para
ti, por esta vez. Em Nazaré, encontrarás amor e ódio, como em toda parte. Mas
na minha casa encontrarás paz. Sempre.
Nazaré
me ignorará, e Eu a ignorarei.
Viverei
instruindo-me na Verdade e o mundo não será nada para mim, Senhor.
Está
bem. Vai, então, Síntique. E, por enquanto silêncio. Mãe, tu sabes... Eu te
confio estas minhas pérolas mais caras. Enquanto estamos em paz entre nós,
minha Mãe, faze que o teu Jesus se restaure com as tuas carícias...
Quanto
ódio meu Filho!
Quanto
amor!
Quanta
amargura, caro Jesus!
Quanta
doçura!
Quanta
incompreensão, meu Filho!
Quanta
compreensão, minha Mãe!
Oh!
Meu tesouro, querido Filho!
Minha
Mãe! Alegria de Deus e minha. Minha Mãe!
Beijam-se,
ficando perto depois um do outro, sobre o banquinho de pedra que rodeia o
pequeno muro do terraço, Jesus segurando abraçada sua Mãe, como um protetor
amoroso e Ela estando com a cabeça sobre o ombro do Filho e as mãos nas mãos
Dele, felizes...
O
mundo está tão longe... sepultado por ondas de amor e de fidelidade.
(
O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 4, pg. 457,458)
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