“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

JESUS E MARIA SÃO A ANTÍTESE DE ADÃO E EVA





JESUS E MARIA SÃO A ANTÍTESE DE ADÃO E EVA

Diz Jesus:

A dupla Jesus e Maria forma a antítese de Adão e Eva. Maria é a que foi predestinada para desfazer tudo o que foi feito por Adão e Eva, e colocar de novo, a Humanidade no ponto em que estava, quando foi criada: rica de graça e de todos os dons a Ela dados pelo Criador. A Humanidade passou por uma regeneração completa pela obra dos dois, Jesus e Maria, os quais assim se tornaram os novos chefes da Família humana. Todo o tempo que veio antes deles foi anulado, o tempo e a história do homem passaram a ser contados a partir do momento em que a nova Eva, por uma viravolta na obra de Criação. Tira do seu seio inviolado, por obra do Senhor Deus, o novo Adão.
Mas, para anular as obras dos dois Primeiros, que foram a causa da enfermidade mortal, e de uma mutilação eterna e empobrecimento, isto é, de indigência espiritual, pois que, depois do pecado, Adão e Eva se encontraram despojados de tudo o que lhes havia sido doado, uma riqueza infinita, o Pai Santo tiveram, estes dois Segundos, que agir em tudo de maneira oposta à dos dois Primeiros. Por isso, tiveram que pôr em prática a obediência, até chegarem ao ponto da perfeição de quem se aniquila e se sacrifica na carne, no sentimento, no pensamento e na vontade de aceitar tudo o que Deus quer, e por isso praticar também a pureza, até o grau de uma castidade absoluta, pela qual a carne... para nós dois puros, que é que valia a carne? Era apenas um véu de água sobre o espírito triunfante, uma carícia do vento sobre o espírito rei, o espírito cristal que isola o espírito senhor e não o corrompe, pois é um impulso que ajuda, e não um peso que oprime. Isto é o que foi a carne para nós. Menos pesada e sensível do que uma veste de linho, uma leve substância interposta entre o mundo e o esplendor do eu sobre-humanado, o meio de fazer o que Deus queria. E nada mais.
Terá sido nosso amor? Com certeza. O perfeito amor foi nosso. Não é, ó homens, não é amor a fome de sensualidade, que vos torna cheios de desejo de saciar-vos com alguma carne. Isso é luxúria. E nada mais. E, tanto isso é verdade, que, amando-vos assim, vós credes que isso é amor, e não sabeis compadecer-vos uns dos outros, nem ajudar-vos, nem perdoar-vos. E, então, que é o vosso amor? É ódio. É unicamente o desejo paranóico o que vos impele a preferir o sabor de alimentos podres aos alimentos sãos, como se eles fossem fortificantes dos sentimentos nobres. Nós tivemos o “perfeito amor”. Nós, os castos perfeitos. Este amor abraçava a Deus no Céu, e, unido a Ele, como as raízes ao tronco que as une e as nutre, assim se estendia, e descia, esbanjando o tempo do repouso, do refúgio, de tomar alimento e conforto nesta Terra e em seus habitantes. Ninguém está excluído deste amor. Nem os nossos semelhantes, nem os seres inferiores, nem as ervas, nem as águas, nem os astros, nem mesmo os maus estavam excluídos deste amor. Porque ele também, ainda que fossem membros mortos, contudo sempre eram membros do grande corpo de Cristo, e por isso viam neles, ainda que deturpada e enfeada, por suas maldades, a santa efígie do Senhor, que a sua imagem e semelhança os havia criado.
Regozijando-se com os bons, orando (o que vem a ser um amor ativo que se manifesta com o pedir e receber proteção para quem se ama), rezando pelos bons, a fim de que se tornem sempre melhores e se aproximem sempre mais da perfeição do Bom, que lá dos Céus nos ama, orando por aqueles que ficam vacilando entre a bondade e a maldade, para que se fortalecessem e coubessem persistir no caminho santo, rezando pelos maus, a fim de que a Bondade falasse aos seus espíritos, os derrubasse talvez com o fulgor do seu poder, mas os convertesse ao Senhor seu Deus.
Nós amamos como ninguém mais amou. Nós estimulamos o amor até às alturas da perfeição, para encher com o nosso oceano de amor o abismo que foi cavado pela falta de amor dos Primeiros, que amaram a si mesmos mais do que a Deus. Querendo ter mais do que era lícito para se tornarem superiores a Deus.
Por isso, Eu dou valor à pureza, à obediência e a caridade, mais do que a todas as riquezas da terra: a carne, o poder, o dinheiro, esse trinômio de Satanás, oposto ao trinômio de Deus: a fé, a esperança e a caridade. E, portanto, ao ódio, à luxúria, à ira, à soberba, as quatro paixões perversas, que são as antíteses das quatro virtudes santas: a fortaleza, a temperança, a justiça e a prudência. Nós devemos viver na constante prática de tudo o que era oposto ao modo de agir do casal Adão e Eva.
E, se ainda nos foi fácil fazer isso, por causa de nossa boa vontade, somente o Eterno é que sabe como precisou ser heróico cumprir esta prática em certos momentos e em certos casos. Eu só quero aqui falar de minha Mãe. De minha Mãe. Não de Mim. Da nova Eva, a qual havia rejeitado desde os mais tenros anos, os afagos usados por Satanás para induzi-la a morder o fruto, a provar o sabor dele, o que fez ficar louca a companheira de Adão. A nova Eva não se limitou a rejeitar Satanás, mas o havia vencido, esmagando-o por sua vontade de obediência, de amor e de uma castidade tão ampla, que ele, o Maldito ficou realmente esmagado e domado. Não! Não, porque Satanás não pode sair debaixo do calcanhar de minha Mãe Virgem. Ele se baba e espuma, ruge e blasfema. Mas sua baba cai no chão, e o seu urro não chega até ao redor do ar que rodeia a Santa, a qual não percebe o fedor nem as risadas dos demônios, nem vê, não pode ver a baba nojenta da Serpente eterna, porque as harmonias celestes e os celestes aromas rodeiam com amor a sua Santa pessoa, a bela pessoa, e porque os olhares dela, mais puros do que o lírio, e mais cheios de amor do que o da pomba, que arrulha, fiel somente ao seu Senhor Eterno, do qual Ela é Filha, Mãe e Esposa.
Quando Caim matou Abel, a boca de sua mãe proferiu as maldições que o seu espírito, separado de Deus, sugeria contra o seu próximo mais íntimo: o filho de suas vísceras profanadas por Satanás e tornadas feias por um desejo desregrado. E aquela maldição foi a mancha no reino animal humano. Era o sangue sobre a terra, derramado pela mão do irmão. O primeiro sangue que atrai, como um imã milenário, todo sangue que a mão do homem derrama, fazendo-o verter das veias do homem.
Maldição sobre a terra, proferida pela boca do homem. Como se a terra não tivesse já bastante maldita, por causa do homem rebelde ao seu Deus, e não tivesse ainda devido conhecer os abrolhos e espinhos, a dureza das glebas, as secas, as saraivadas, as geadas e as canículas, desta Terra que havia sido criada perfeita e servida Poe elementos perfeitos, a fim de ser a morada cômoda e bela para o seu rei: o homem.
Maria deve desfazer o que Eva fez. Maria vê o segundo Caim: o Judas. Maria sabe que ele é o Caim do seu Jesus, isto é, do seu Abel. Ela sabe que o sangue deste segundo Abel foi vendido por aquele Caim, e já está derramado. Mas Ela não amaldiçoa. Ela ama e perdoa. Ama e torna a chamar.
Oh! A Maternidade de Maria, a Mártir. Maternidade sublime, tanto a tua, que é virginal e Divina! Foi com esta última que Deus te presenteou. Mas, com a primeira Tu, ó Mãe Santa, ó Co-redentora, tu mesma te presenteaste, porque és Tu. Somente Tu é que pudeste naquela hora com o coração moído por aqueles flagelos, que haviam moído minhas carnes, soubeste dizer a Judas aquelas palavras. Tu, somente Tu, soubeste naquela hora, quando já sentias o peso da cruz que te rachava o coração, soubeste amar e perdoar.
Maria, a nova Eva. Ela nos ensina a nova religião que leva o amor a perdoar a quem lhe mata um filho. Não sejais como o Judas que, a esta Mestra da Graça fecha seu coração, e perde a esperança, quando diz: “Ele não me pode perdoar”, pondo assim em dúvida as palavras da Mãe das Verdades, e que por isso eram palavras minhas, que haviam sempre repetido que Eu havia vindo para salvar, e não para perder. Para perdoar a quem, arrependido, vinha a mim.
Maria, a nova Eva, também ela recebeu de Deus um novo Filho, em lugar de Abel, matado por Caim. Mas não o teve como uma hora de alegria brutal, que torna anestesiada a dor, sob os vapores da sensualidade e as canseiras do acasalamento. Mas o teve em uma hora de dor total, aos pés de um patíbulo, por entre os estertores do moribundo, que era o seu Filho, os impropérios de uma multidão deicida, e uma desolação imerecida e total, já que Deus não mais a consolava.
A vida nova começa para a Humanidade e para cada um dos homens, partindo de Maria. Em suas virtudes e em seu modo de viver, ela é vossa escola. E em sua dor Ela teve todas as fisionomias, até a do perdão para aquele que matou seu Filho. Ela é a vossa salvação.


( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 10, pgs. 82 a 85)




NINGUÉM JAMAIS AMOU MAIS A HUMANIDADE DO QUE A SAGRADA FAMÍLIA.



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