“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

quarta-feira, 22 de julho de 2015

AMAI OS TEUS INIMIGOS.

                      As lágrimas de Jesus extinguem toda maldade, de quem nelas se comprazam.

A genuína justiça não tira vinganças, nem faz restrições.


Um homem, ou melhor, o Homem, o Filho do Homem, tem inimigos e amigos. Muitos inimigos e poucos amigos. Os inimigos e cujos pensamentos Ele não ignora, e dos quais ele sabe qual é a vontade que não se desviará de nenhuma ação, por mais horrenda que ela seja. Nisso eles são mais fortes do que os seus amigos, nos quais o medo ou a desilusão, ou uma excessiva confiança servem como uns aríetes destruidores de sua fortaleza.
 Este Filho do Homem, que tem muitos inimigos, e do qual se censuram tantas coisas não verdadeiras, encontrou ontem um pobre menino, o mais desolado dos meninos, filho de um homem que é inimigo dele. O menino estava deforme e estropiado, e pedia uma graça estranha: a graça de morrer.
Todos pedem honras e alegrias ao Filho do Homem, pedem saúde, pedem vida. Mas este menino pedia a morte, para não sofrer mais. Ele já conheceu toda a dor da carne e do coração, porque aquele que o gerou, e que me odeia sem razão, odeia também ao inocente infeliz que ele gerou. E Eu o curei, para que não sofra mais, porque além da saúde física, possa conseguir também a saúde do espírito. Também sua pequena alma está doente. O ódio do pai e o escárnio dos homens a encheram de chagas, fizeram dela uma despojada de amor. Só o que ficou nele foi a fé no Céu, no Filho do Homem, ao qual, ou melhor, aos quais ele pede para morrer. Agora, vós o ouvireis falar.
O menino limpo e alinhado, com sua vestezinha de lã branca, que a Noemi acordada durante a noite, coseu, vem para a frente pela mão da velha nutriz. Ele é pequeno, ainda que, não estando mais corcovado, nem manco, esteja hoje parecendo mais alto do que ontem. Tem um rostinho irregular e um pouco enrugado de quem a dor fez que ficasse adulto antes do tempo.
Mas não está mais deformado. Seus pezinhos descalços pisam com firmeza no chão, com um passo que não tem mais aquela incerteza dos moncos, e os ombros magros estão bem de acordo com a sua magreza. Seu pescoço fino passa acima dos ombros e parece mais longo, em comparação com o tamanho que tinha ontem, quando ele se afundava por entre as clavículas assimétricas.
“Mas... mas é o filho de Ana de Naum. Que milagre desperdiçado! Achas que com isso irás fazer teus amigos o pai do menino e o Naum? Tu os tornarás mais odientos ainda. Porque eles estavam esperando somente a morte deste menino, fruto de um infeliz casamento.”, exclama Judas de Keriot.
“Eu não faço milagres para granjear amigos. Mas por piedade das criaturas e para prestar honra ao meu Pai. Não faço distinções nem cálculos nunca, quando Eu me curvo com piedade sobre uma miséria humana. Não me vingo de quem me persegue..”, diz Jesus.

( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol 9, pgs 266,267)



Obs: O pai do menino curado por Jesus, era Naum, homem de confiança de Anás, líder junto com Caifas do Sinédrio, que com outros fariseus, comprou Judas Iscariodes com trinta moedas para trair Jesus, e depois, sentenciaram-no a morte.
Jesus quando curou o menino sabia disso, e mesmo assim o curou. A Misericórdia e a piedade falam mais alto do que a vingança ou qualquer tipo de restrições.

Jesus foi de fato o próprio Amor que andou na terra. E amou... amou até se doar totalmente por nós. E Ele próprio já nos dizia: Se quiserem ser perfeitos, amem os teus inimigos como se fossem seus amigos.
A paz de Jesus.

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