“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

terça-feira, 21 de julho de 2015

A LUZ DO TEU CORPO SÃO OS TEUS OLHOS.


A LUZ DO TEU CORPO SÃO OS TEUS OLHOS.


Diz Jesus:

 “Salomão faz a Sabedoria dizer: “Quem é criança, venha a mim”. Na verdade, é da fortaleza e dos muros de sua cidade que a eterna Sabedoria dizia à eterna menina: “Vem a mim”. Ansiava por tê-la. Mais tarde, o Filho desta puríssima menina dirá: “Deixai vir a Mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus, e quem não se tornar semelhante a eles, não terá parte no meu Reino”. As vozes se perseguem e, enquanto a voz do Céu grita à pequena Maria: “Vem a Mim”, a voz do Homem pensa em sua mãe, ao dizê-lo: “Vinde a Mim, se souberdes ser pequeninos”. Dou-vos um modelo em minha mãe. Eis a perfeita criança, do coração de pomba, simples e puro, eis Aquela que os anos e os contatos do mundo não conseguem embrutecer pela barbárie de um espírito corrompido, tortuoso, mentiroso. Porque Ela não quer este espírito. Vinde a Mim, olhando para Maria. Tu, que a estás vendo, diz-me: o seu olhar de criança é muito diferente do  olhar com que a viste aos pés da Cruz, na alegria do Pentecostes, na hora em que suas pálpebras desceram sobre seus olhos de gazela para o seu último sono? Não. Aqui está o olhar incerto e espantado da criança; mais tarde será o olhar espantado e verecundo da Anunciada; mais tarde ainda, o olhar feliz da mãe de Belém; depois, o olhar de adoradora da minha primeira e sublime discípula; depois ainda, o olhar dilacerado da atormentada no Gólgota; depois, o olhar radiante da Ressurreição e Pentecostes; e, por fim, o olhar velado do sono extático da última visão. Mas, seja que se abra às primeiras vistas, seja que se feche cansado sobre a última luz, depois de ter visto tanta alegria e tanto horror, o olho é sereno, puro, plácido, nesga de céu que brilha sempre de modo igual, sob a fronte de Maria. Ira, mentira, soberba, luxúria, ódio, curiosidade, nunca o sujam com suas nuvens de fumaça. É o olho que olha para Deus com amor, tanto quando chora, como quando ri. Por amor de Deus acaricia e perdoa, tudo suportando. Por amor ao seu Deus se torna inatacável aos assaltos do Mal, que muitas vezes se serve dos olhos para penetrar no coração. O olhar puro, repousante, benevolente, que têm os puros, os santos, os enamorados de Deus. Eu disse: “A luz do teu corpo são os teus olhos. Se os olhos são puros todo o teu corpo estará iluminado. Mas se os olhos são turvos, toda a tua pessoa estará em trevas”. Os santos tiveram esse olho que é luz para o espírito e salvação para a carne, porque como Maria, durante toda a sua vida, não olharam senão para Deus. Ao contrário, eles sempre se lembraram de Deus.


( O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol 1)

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