A CURA DE UMA POSSESSA.
Jesus depois de curar duas pessoas,....
Em terceiro lugar vem um grupo
de pessoas que estão pedindo a Jesus que saia para fora dos muros do Templo,
para expulsar o demônio de uma menina, cujos gritos dilacerantes são ouvidos
até La dentro. E Jesus sai atrás deles, e vai chegar á estrada que vai para a
cidade.
Algumas pessoas, entre as
quais estão uns estrangeiros, se ajuntaram ao redor dos que estão segurando a
jovenzinha que está espumando e se contorcendo, revirando os olhos. Palavrões
de todos os calibres saem dos lábios dela e, quanto mais eles vão saindo, mais
Jesus se aproxima dela, e mais cresce o debater-se dela. Com dificuldade a
estão segurando quatro homens, jovens e robustos. E, junto com os impropérios,
prorrompem gritos dizendo que ele conhece o Cristo e suplica angustiado o
espírito que a possui, pedindo para não ser expulso, e também dizendo algumas
verdades, repetidas monotonamente. “ Fora! Não me faças ver este maldito!
Vai-te embora! Fora! És a causa de nossa ruína. Eu sei quem Tu és... Tu és o
Cristo. Tu és... Não foste ungido por outro óleo, mas pelo lá de cima, o poder
do Céu te cobre e te defende. Eu te odeio. Maldito! Não me expulses. Porque nos
expulsas, e não nos queres, enquanto tens perto de Ti uma legião de demônios em
um só? Sim, que o sabes. Deixa-me aqui, pelo menos até a hora de...” A palavra
fica embargada algumas vezes, como que estrangulada, e outras vezes muda, ou se
detêm, ou se prolonga por entre gritos desumanos, como quando urra: “ Deixa-me
entrar pelo menos nele. Não me mandes lá para o abismo! Por quê nos odeias, ó
Jesus Filho de Deus? Não te basta o que já és? Porque queres mandar em nós? Nós
não queremos ser mandados. Porque vieste perseguir-nos, se nós te renegamos?
Vai-te embora. Não mandes sobre nós os fogos do Céu! Esses teus olhos! Quando
ele ficarem apagados, nós nos riremos... Ah! Não! Mas, nem mesmo assim...
Porque Tu nos vences. Sê maldito. Tu e o Pai que te mandou e Aquele que de vós
procede e é vós. Aaaah!”
Este último grito é realmente
espantoso, como o de uma criatura que está sendo degolada, e na qual vai
entrando lentamente o ferro homicida, e é causado, pelo fato de que Jesus,
depois de ter dado muitas vezes a ordem de cessar aquilo, por meio de um
comando mental, põe fim ás palavras da possessa, tocando com um dedo a fronte
da jovenzinha. E aquele grito termina com uma convulsão horrível e, com o
fragor da risada de quem sai de um pesadelo, quando o demônio a deixa,
gritando: “ Mas eu não vou para longe... Ah! Ah! Ah!, o que é acompanhado por
um estampido como o de um raio, ainda que o céu esteja completamente limpo.
Muitos fogem dali
aterrorizados. Outros se aglomeram ainda mais para observarem a jovenzinha, que
se acalmou de repente, descansando nos braços dos que as estavam segurando.
Fica assim por alguns instantes, e depois abre os olhos, sorri, vê-se entre
pessoas que não têm véu sobre o rosto, nem sobre a cabeça, e inclina seu rosto,
para escondê-lo por baixo do braço que lhe levanta o rosto. Quem está com ela
gostaria que ela agradecesse ao Mestre. Mas Ele diz: “ Deixai-a em seu pudor. A
alma dela já me agradece. Levai-a de novo para casa, para a mãe. É o seu lugar
de menina...” , e vira as costas para as pessoas, tornando a entrar no Templo,
e indo ficar onde estava antes.
(O Evangelho como me foi
Revelado – Maria Valtorta, Vol 8, pgs 309,310)
A paz de Jesus.
Antonio Carlos Calciolari.
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