ADULTÉRIO
O que Deus uniu homem nenhum
pode desunir.
Maria
Valtorta viu e ouviu o que se segue por um milagre de Deus.
Alguns Fariseus querendo
tentar Jesus perguntaram:
“
Queríamos saber se é licito ao homem repudiar, por qualquer motivo sua mulher.
Isso é uma coisa que frequentemente acontece e cada vez cria muito rumor onde
acontece. Então dirigem-se a nós para saberem se isso é lícito ou não. E nós,
conforme o caso, lhes respondemos.”
Respondeu Jesus:
E aprovais o que aconteceu em
noventa por cento dos casos. E os dez por cento que sobraram desaprovados,
pertencem á categoria dos pobres, ou dos vossos inimigos.
“Como
sabes?”, retrucaram os Fariseus.
Porque é assim que acontece em
todas as coisas humanas. E uno aquela categoria a terceira classe: aquela que,
se fosse permitido o divórcio, mais teria direito a ele, porque ela é de
verdadeiros casos penosos como uma lepra incurável, ou uma condenação por toda
a vida, ou então certas doenças cujos nomes nem convém citar.
“Então para Ti nunca é
lícito?, dizem os Fariseus.
Nem para Mim, nem para o
Altíssimo, nem para ninguém que tenha um espírito reto. Não lestes que o
Criador no começo dos dias, criou o homem e a mulher? Ele os criou macho e
fêmea. E não tinha necessidade de fazer assim porque, se tivesse querido para o
rei da Criação feito a sua imagem e semelhança, teria outro meio de procriação
que igualmente teria sido bom, ainda que fosse diferente de qualquer outro meio
natural. E Ela disse: “Assim, e por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá á
sua mulher, e os dois serão uma só carne.” Portanto Deus os une em uma só
unidade. Logo, já não são mais “dois”, que o homem não o separe porque, se
acontecesse uma coisa boa, não estaria sendo tratada com seriedade.
Os Fariseus não satisfeitos,
retrucam novamente:
“Mas
então porque Moisés disse:”Se um homem tomou uma mulher de alguma coisa feia,
ele escreverá um libelo de repúdio e lho dará em sua mão e a mandará embora de
sua casa?”
Ele disse isso por causa da
dureza do vosso coração. Para evitar com uma ordem, outras desordens muito mais
graves. Por isso ele vos permitiu repudiar as mulheres. Mas no princípio não
foi assim. Pois a mulher é mais do que o animal, o qual conforme os caprichos
do seu dono ou das livres circunstancias naturais, é submetido a este ou aquele
macho, que é uma carne sem alma e se acasalam para reproduzir. As vossas
mulheres têm uma alma como vós tendes e não é justo que vós piseis nelas, sem
delas ter compaixão. Porque se está dito na condenação: “Tu serás submetida ao
poder do marido e ele te dominará”, isso haverá de acontecer de acordo com a
justiça, e não pela prepotência que lesa os direitos da alma livre e digna de
respeito.
Vós repudiando como não vos é
lícito, ofendeis a alma de vossa companheira, á carne gêmea que com a vossa se
uniu, a um todo que é a mulher que vós desposastes, exigindo dela honestidade,
enquanto, ó perjuros, ides a ela sendo desonestos, diminuídos, as vezes até
corrompidos e continuais a ser, aproveitando-vos de cada ocasião para poderdes
feri-la e abrir um campo mais largo para a libidinagem insaciável que há em
vós. Prostituidores de vossas mulheres! Por
nenhum motivo podeis separar-vos da mulher que a vós está unida pela Lei e pela Bênção. Somente no caso em que a
graça vos toque para chegardes a compreender que a mulher não é uma coisa possuída,
mas tem uma alma e por isso tem direitos iguais aos vossos de ser reconhecida
como uma parte do homem, e não um objeto de prazer para ele e, somente no caso
em que o vosso coração seja tão duro que não saiba considerá-la em sua alta
posição de esposa, depois de ter gozado dela como de uma prostituta, somente no
caso de precisar remover o escândalo de dois que estão convivendo sem a bênção
de Deus sobre a união, é que vós podeis mandá-la embora. Porque nesse caso a
vossa não é uma união, mas fornicação, e muitas vezes sem ter a honra de
filhos, porque eles são desfeitos por algum ato contra a natureza ou
abandonados como uma vergonha.
Em nenhum outro caso. Em
nenhum outro. Porque se tendes filhos ilegítimos de vossa concubina, tendes o
dever de pôr fim a tal escândalo, casando-vos com ela, se ainda estais livres.
Eu não me refiro a casos como o do adultério consumado, com prejuízos da esposa
que não o sabe. Para ele existem as santas pedras da lapidação e as chamas do
Xeol. Mas, para quem manda embora sua própria mulher legítima, porque dela está
saciado e toma uma outra, não existe outra senão esta sentença: ele é adultero.
Também adultero é o que toma a repudiada, porque se o homem arrogou-se o
direito de separar o que Deus uniu, a união matrimonial aos olhos de Deus, e maldito é o que passa a ter uma segunda
mulher sem ter ficado viúvo. E
maldito é o que toma de novo a sua mulher e depois, tendo-a mandado embora por
repúdio e a tendo abandonado aos riscos da vida, para que consinta em novas
núpcias a fim de poder ter o seu pão, a tome de novo se ficar viúva do segundo
marido. Porque ainda que seja viúva, ela foi adultera por culpa vossa e vós
duplicaríeis o seu adultério.
Compreendestes, ó Fariseus que
me tentais?
(O Evangelho como me foi revelado, Maria Valtorta, Vol 5)
Na época de Jesus, eram os Fariseus os rebeldes e revolucionários, que
introduziram vários preceitos humanos na Lei, levando muitos ao erro e a
condenação. Hoje em dia estamos diante do mesmo dilema. Hoje são os que se
tornaram adeptos da maçonaria, os vilões da Lei, e como temos muitos dentro da
Igreja, são chamados de Maçonaria Eclesiástica.
Portanto ao invés de dizer: “Compreendestes, ó Fariseus?”, Devo dizer:
“Compreendestes Maçonaria Eclesiástica?”
A Paz de Jesus.
Antonio Carlos Calciolari.
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